Algumas pessoas mudam o mundo.
É o caso de Ruth Bader Ginsburg,
aclamada ainda em vida como ícone, heroína, pop star ou mesmo super heroína
americana.
De aparência franzina, reservada,
Ruth fez a faculdade de direito na década de 50 do século passado.
Pouquíssimas mulheres ousavam
trilhar o caminho dela, naquela época.
Foi discriminada por professores e
pelos próprios colegas, mas logo se destacou na universidade e chamou a atenção
do mundo jurídico.
Ruth se tornou um ídolo da
sociedade americana principalmente pela sua luta pela igualdade de gênero.
Tão logo começou a advogar,
sofrendo preconceitos no início de sua atividade, iniciou a luta para que as
mulheres tivessem os mesmos direitos que os homens.
Na sua caminhada, sempre teve o
apoio do marido, Martin Ginsburg, que conheceu na faculdade e com quem viveu um
casamento feliz de mais de 50 anos. Ele se foi primeiro, em 2010.
Num país conservador, como os
Estados Unidos, alguns consideravam Ruth Bader comunista, um verdadeiro
demônio.
Ela, no entanto, não tinha nada de
esquerdista, era apenas uma mulher liberal, progressista, talvez a frente do
seu tempo, que não concordava com a pretensa superioridade masculina.
Em 1993, com mais de 60 anos, a
juíza foi indicada pelo então presidente Bill Clinton para a Suprema Corte
americana.
Só havia uma mulher no mais alto
órgão do Poder Judiciário do país. Ela foi a segunda. E novamente se destacou,
como fez na universidade e atuando como advogada.
Como dissemos acima, Ruth Bader
recebeu tratamento de artista pop em seu país: seu nome foi estampado em
camisas, canecas, bonés e outros objetos de uso pessoal.
Ela morreu na segunda quinzena de
setembro passado, aos 87 anos, tendo sido sepultada com toda pompa. Até
mesmo o presidente Trump, apesar de não ser bem visto pela juíza, que expressou
suas discordâncias com ele quando se lançou candidato quatro anos atrás,
compareceu às cerimônias fúnebres.
A vida da magistrada, que mudou a
vida de muitas mulheres americanas, impulsionando mudanças em todo
planeta, terminou rendendo um filme, um ótimo documentário, disponível no
Brasil na plataforma Globoplay.
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