Eu tenho a sorte (privilégio
rs) de ter a figura paterna presente, mesmo com uma dificuldade ou outra, e
assim poder observar seu jeito silencioso de quem tem toda paciência com os
filhos, sabe que fases ruins passam, tira de si mesmo para que não falte a
família.
Saúde e educação são
prioridades fortíssimas, cresci tendo isso, hoje posso ver que nem todas as
famílias podem ou querem que os filhos tenham sequer o básico.
Meu pai é um homem admirável
não somente por cumprir a obrigação que todo patriarca deveria, mas por fazer
além do possível com compreensão, amor e sutileza.
Eu não entendia muito bem
algumas coisas no início, a verdade é essa, como por exemplo porque ele não
estava todos os dias da semana na minha casa, ou porque não era dele também,
mas crescer é entender alguns porquês, e como eles envolvem dificuldades além
do nosso controle.
E meu pai nunca tentou me
controlar, por mais que eu tenha sido uma jovem rebelde, ele disse que aquilo
iria passar, me ouviu reclamar da minha mãe, nem ficou surpreso com minhas
escolhas mal pensadas (e as bem pensadas também).
A ideia de que iria passar
perpetua até hoje, realmente, muita coisa passou. Meu pai, o senhor jornalista
Roberto Almeida, cheio de amigos, filhos e netos, admira a natureza, os
animais, boa música, filmes, livros, como quem sabe apreciar a vida.
Nunca esteve do lado errado
politicamente falando, o que também tornou fácil pra mim saber onde estar e
porquê. Ele nunca deixou que faltasse amor, mesmo quando eu nem entendia o que
era isso, nem como esse sentimento se manifestava até nas pequenas coisas, como
descer do carro pra tirar foto com um ipê.
Feliz dia dos pais!!!
Vitória Almeida
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