No ultimo dia 23/06/2020,
ocorreu em Garanhuns/PE um ato ilegal, violento e arbitrário, praticado pela
Prefeitura Municipal de Garanhuns, com a derrubada de Mata Nativa originária,
localizada na área do Sitio Flamengo, bem como a destruição de plantações da
Agricultura Familiar, Dona Socorro (Maria do Socorro Lima).
Importa destacar que o referido local é objeto de uma ação judicial que está ainda em curso na Vara da Fazenda Municipal de Garanhuns/PE. Ainda assim, a Prefeitura Municipal de Garanhuns, agindo ilegalmente, adentrou nas referidas terras, passando máquinas a fim de “limpar o local” que encontra-se “prometido” para doação a uma empresa privada, PL016/2020 – Tramitando na Câmara Municipal dos Vereadores de Garanhuns/PE.
A ação gerou uma mobilização
territorial de vários movimentos e organizações, eis que Dona Socorro,
agricultora familiar, responsável pelo SitioFlamingo, tem sido uma
personalidade importante comprometida com a Agroecologia e sempre colocando sua
produção de alimentos nas Feiras Agroecológicas organizadas pelo Núcleo de
Agroecologia – AGROFAMILIAR (UFAPE/UFRPE) e pela Rede REAGRO, no município de
Garanhuns/PE.
Seus alimentos comercializados são cultivados de forma agroecológica, sem agrotóxicos e produzidos de forma sustentável, buscando equilíbrio e conservação do meio ambiente.
Sua propriedade vem servindo como referência em Agroecologia na região e, ao longo dos anos, tem recebido visitas de estudantes, professores, pesquisadores, técnicos e organizações que vêm conhecer e aprender com sua experiência. É um exemplo que torna realidade esse modelo bem sucedido que combina ocupação do solo, prática de agricultura sustentável no Semiárido, conservação ambiental e produção de alimentos saudáveis. Nada justifica o ato arbitrário de invasão e destruição ocorrido nessa área. O referido ato vem em desacordo com a política de proteção ambiental vigente, eis que foram derrubadas árvores ameaçadas de extinção
Tendo tudo isso em vista, a Rede Agreste de Agroecologia de Pernambuco – REAGRO expediu nota1 de apoio à Dona Socorre e repúdio à Prefeitura Municipal. A Nota conta com a assinatura de 75 (setenta e cinco) organizações que se mobilizam em torno dessa causa e exigem respeito à Dona Socorro e reparo aos danos morais e físico ambientais cometidos.
Advogado Dommici Mororó, que acompanha o caso, disse que por haver ainda discussão na justiça se a prefeitura tem direito ou não sobre a terra, o município agiu de forma ilegal.
*Foto e mais informações:https://racismoambiental.net.br/2020/07/09/prefeitura-de-garanhuns-destroi-cerca-e-invade-terras-de-camponesa-agroecologica/
PAULO CAMELO: É uma ação danosa contra o meio ambiente e a produção agroecológica. Caro conterrâneo, Na hora de votar não vote no anti-prefeito
ResponderExcluirInfelizmente, temos que ver atitudes estranhas assim, quando a impunidade chega na cidade,temos que mudar Garanhuns e fazer o melhor, respeitando as leis e o povo de nossa cidade. Absurdo.
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