Por Rodrigo Freitas
Nos dias de hoje, onde a ignorância, a falta de cultura, a preguiça mental, a má educação e a ausência de civilidade parecem ser a moda do momento para quem governa o País - e há quem chame isso de “jeito espontâneo”- torna-se fundamental, como parâmetro de exemplo, trabalhar conceitos básicos das palavras, pois, é preciso promover a reversão deste modelo perverso que aí se encontra.
Nos dias de hoje, onde a ignorância, a falta de cultura, a preguiça mental, a má educação e a ausência de civilidade parecem ser a moda do momento para quem governa o País - e há quem chame isso de “jeito espontâneo”- torna-se fundamental, como parâmetro de exemplo, trabalhar conceitos básicos das palavras, pois, é preciso promover a reversão deste modelo perverso que aí se encontra.
Neste
sentido, ser subversivo, de acordo com o dicionário Aurélio – estreitando os
conceitos para a finalidade deste texto – pode significar: como adjetivo, uma característica
daquilo que destrói; como substantivo, aquele que é revolucionário.
Assim,
percebe-se imediatamente que aquele que – nestes termos – é subversivo, tem em
sua alma uma inquietude que é incompatível com a omissão e em especial com o
silêncio eloquente que permite que barbaridades sejam cometidas em nome de
Deus, da Pátria e do governante.
O
que o Brasil enfrenta hoje não é só o maior desafio de sua existência no que
diz respeito a saúde da população e à preservação de sua vida, mas também algo
que apenas em sonhos imorais de um autoritário de botequim seria possível
imaginar que aconteceria, que é um governo que age, conscientemente – acredite,
há um plano por trás dessa loucura – e irresponsavelmente contra a saúde e a
vida daqueles que deveria proteger.
Aqueles
que ignoram essa realidade e que começaram a ler este texto, provavelmente já
nem devem ter chegado a este ponto, até porque, para alguns, pensar faz doer a
cabeça. Entretanto, no caso dos subversivos, tem-se a compreensão de que a
ciência, segundo o Aurélio, é uma forma de conhecimento
ou saber excessivo conseguido pela prática, raciocínio ou reflexão e que não pode ser negado, omitido ou simplesmente
abandonado por um achismo baseado em comentários de redes sociais, notícias
falsas ou manifestações de um governante em frente a um cercadinho, para saciar
a sanha de seguidores não subversivos.
Hoje
em dia, o ato de raciocinar, refletir e dizer coisas razoáveis, equilibradas e
sensatas, como por exemplo afirmar que o uso de uma determinada medicação, de
acordo com estudos, ainda não tem comprovação científica de sua eficácia, se
tornou um ato de subversão e logo uma ofensa a todos que promovem e apoiam este
governo e que por meio agressões e ameaças verbais e físicas tentam intimidar
qualquer pessoa que tenha o mau hábito de falar depois de pensar.
Esse
comportamento não subversivo execrável, tem como objetivo fazer com que a
sociedade em que vivemos – onde todos tem uma voz graças e especialmente as
redes sociais – se transforme em um tipo de sociedade do silêncio, uma
sociedade do não dito, do não falado, do não discutido, do que tudo que for da vontade
do governante tem que ser aceito pela força, pela truculência, pela ignorância e
pela violência.
Em
João, capítulo 8, versículo 32 tem-se a seguinte passagem: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará”. Não há nada mais direto e profundo do que esta afirmação porque a verdade
liberta o indivíduo da mentira, do engodo, da dissimulação, da perseguição, das
notícias falsas, da violência e de tudo aquilo que nunca foi e nunca será o
reflexo do amor de Deus por nós.
Num passado não muito distante aqueles que governaram o
Brasil chamaram de subversivos quem lutou por liberdade contra a repressão, sequestro, tortura e morte. Hoje, ser subversivo significa tanto continuar lutando pela
liberdade e pela democracia, contra o autoritarismo pretensioso e inescrupuloso
do governo e seus apoiadores quanto adquirir conhecimento e alimentar o fogo do
espírito com a reflexão necessária e indispensável para a tomada das melhores decisões.
O filósofo grego Sócrates ao dizer “Só sei que nada sei” alertou
para a necessidade da busca contínua do conhecimento como forma de melhorar
constantemente o ser humano e conhecimento conquistado liberta o indivíduo, sendo
a única coisa no universo que quando dividida aumenta ao invés de diminuir.
A arma do subversivo é buscar sempre conhecimento, e
conhecimento é poder. Eu sou subversivo. E você, também é?!
*Rodrigo de Freitas é advogado.
Esse professor é muito top!!
ResponderExcluirQuando Sócrates disse “Só sei que nada sei” o gênio esquerdista brasileiro, Paulo Freire interpretou e elaborou a brilhante ideia: "Já que não sei de merda nenhuma, posso criar um pandemônio para meter o bedelho tudo" e daí criou a "pedagogia do oprimido!", então nasceu a arrogância da burrice, em que quanto mais você ignora e desconhece um assunto, mais você acha que aquele assunto é desprezível. Prática observada diariamente no meio universitário brasileiro, onde só o que se ouve é: "nunca ouvi falar disso" seguido de sorrisinho irônico!
ResponderExcluir