O
deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) entrou com ação popular com tutela de
urgência no Ministério Público Federal (MPF) contra o presidente da Fundação
Cultural Palmares, Sergio Camargo. Os deputados Bira do Pindaré, Benedita da
Silva (PT-RJ) e Áurea Carolina (PSOL-MG) subscreveram a ação.
Os
parlamentares pedem que as publicações depreciativas contra Zumbi dos Palmares
sejam retiradas dos canais de comunicação oficiais da instituição, sob pena de
multa estipulada pelo órgão, alegando abuso de poder e desvio de finalidade.
“As publicações ostentam o escopo de desqualificar a figura que dá nome à
instituição constituída para promover e preservar valores históricos e
culturais da influência negra no Brasil”, diz a ação.
“Não se
faz necessário empreender esforços desmedidos para vislumbrar que todo esse
protótipo profanador do patrimônio histórico brasileiro foi soerguido para fins
de prestigiar unicamente a ideologia que ascendeu ao poder nas eleições 2018,
que tem como modus operandi a difusão de fake news, de conteúdo desinformativo
e nenhum apreço aos dados históricos e científicos”, diz.
No último dia 13 de maio, Camargo usou o site oficial e as redes sociais da Fundação Palmares para lançar uma campanha revisionista e desqualificar Zumbi dos Palmares, figura que dá nome à instituição, criada justamente para promover e preservar valores históricos e culturais da influência negra no país.
Diversos
movimentos denunciam o 13 de maio a falsa abolição. Afinal, a data é só parte
do um processo político de luta, na qual vários arranjos, negociações,
protestos e mortes aconteceram para chegar a abolição, e não por benevolência
da monarquia. O movimento negro considera o 20 de novembro - dia de Zumbi dos
Palmares e da Consciência Negra - como a data simbólica.
*Foto: Carta Capital

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