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Pesquisas Eleitorais

PRÉDIO DA ANTIGA FÁBRICA PARAGUASSU É DEMOLIDO


Igor Cardoso, que integra o Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns, é escritor e funcionário do Ministério Público de Pernambuco, registrou hoje a demolição do centenário prédio da antiga fábrica de arados Paraguassu, que nos últimos anos serviu como depósito do Pérola, nas proximidades do centro cultural.
“Incomensurável perda para o patrimônio histórico e paisagístico de Garanhuns, em especial para a memória da industrialização regional e para a própria paisagem do velho "Alto da Estação" - cujo cenário compunha, em perfeita harmonia, com a antiga estação ferroviária, atual Centro Cultural, e com a Praça Mestre Dominguinhos”, escreveu Igor.
Ele lembra que a fábrica foi inaugurada  como usina algodoeira da firma José T. de Moura & Cia, na década de 1920, sendo posteriormente adquirido pela firma Manoel Pedro da Cunha & Cia - época em que assumiu a designação de Usina São Pedro. Então o imóvel apenas passou a sediar a Paraguassu,  em outubro de 1950.
De acordo com o pesquisador garanhuense, a fábrica, iniciou suas atividades anos em 1947, em uma modesta oficina situada à Rua Dantas Barreto, pelo espírito empreendedor e pioneiro de Abelardo de Souza Melo - auxiliado pelo engenheiro Ruber van der Linden. Precursora. “A Paraguassu não tardaria a se destacar no mercado de implementos agrícolas, sobretudo de arados para cereais e cana”, frisou.
“Nas novas e definitivas instalações da Rua Cel. Antônio Victor, nº. 25, a indústria - cujos utilíssimos produtos, em sua maioria, eram adquiridos pelo próprio Governo do Estado - rapidamente alcançou a liderança do mercado nordestino. Arrojado, o capitalista Abelardo logo fez aquisição de modernas e bem-aparelhadas máquinas de importação estrangeira, empregando, para tanto, milhões de cruzeiros. Em seus três mil metros quadrados de área construída, a Paraguassu chegou a produzir centenas de arados por mês "com o melhor ferro do país, recebido de Volta Redonda", anotou ainda Igor Cardoso.  
A Paraguassu não resistiu ao prematuro falecimento de seu fundador, aos 51 anos de idade, ocorrido em 1966. Apesar do interesse demonstrado pelos familiares, bem como por empreendedores de Garanhuns e do Recife, a fábrica encerraria definitivamente suas atividades em agosto de 1978 - silenciando de vez a famosa sirene que, por quase três décadas, guiara operários e transeuntes em seus afazeres rotineiros”, concluiu o escritor.

*Fotos: Facebook de Igor Cardoso.

3 comentários:

  1. Um galpão velho, caindo aos pedaços já virou patrimônio histórico. Pelo amor de Deus... Tanta coisa ruim acontecendo e esse povo preocupado com essa velharia? O que tem de mais em uma fábrica de Arados que mereça ter um galpão velho onde funcionou eternizado?

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  2. Será que queriam torrar alguns milhões em obras superfaturadas de restauração?

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  3. PAULO CAMELO: Caro conterrâneo Igor, Findo o mandato do prefeito Izaías, em dezembro de 2020, completará 44 anos, quase meio século, que nós somos governado por Prefeitos da Legião Estrangeira. O último Prefeito natural de Garanhuns, chama-se Amílcar da Mota Valença. Hoje definimos como membros da Legião Estrangeira todos os políticos, independente de Certidão de Nascimento, que trabalham contra os interesses patrimoniais e ambiental do município, e sociais dos nossos conterrâneos. Dê uma espiada no currículo dos pré-candidatos a Prefeito e você verá que somente o Dr. Pedro Veloso foi escolhido no habitar Garanhuense. Por outro lado os demais foram escolhidos por políticos alheios ao nosso convívio. Convém relembrar o "Castelinho", dentre outros.

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