As escolas de samba,
no Rio e em São Paulo, afrontaram o conservadorismo em vigor.
São Clemente e
Mangueira politizaram o sambódromo com críticas e ironias ao presidente, além
de um samba enredo e adereços ligando Cristo aos pobres, aos negros, à
periferia.
A campeã paulista,
Águia de Ouro, em seu primeiro título em 44 anos, ousou louvar o conhecimento,
num tempo em que os mandatários do país reclamam dos “livros com muitas
palavras”.
Para completar, a
escola de São Paulo homenageou o educador pernambucano Paulo Freire, tão
atacado, embora já falecido, pelos atuais governantes.
Carnaval foi um
alento, furou a blindagem das emissoras de TV aos aspirantes a ditador e
mostrou que nem tudo está perdido.
Como bem pregou
Charles Chaplin no filme em que ele satirizou Hitler: “Os ditadores morrem...”.
Fascistas um dia
passarão. Ninguém pode segurar o sentimento das ruas.
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