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Pesquisas Eleitorais

O CONFLITO NAS FAMÍLIAS CAMPOS E ARRAES



O conflito familiar envolvendo integrantes das famílias Arraes e Campos não pode deixar de ser notícia, devido a importância do clã na história política de Pernambuco.

Desentendimento foi acirrado por conta das declarações do deputado federal João Campos (PSB), que ao criticar o tio,  Antônio,  foi intempestivo, talvez tenha exagerado na dose.

Aí até a avó, ex-deputada federal Ana Arraes, se sentiu obrigada a se posicionar, defendendo o filho Antônio Campos e “puxando as orelhas” do neto João.

O “fuá” foi abordado nos blog de Magno, outras mídias da capital e até a Revista Época, uma publicação nacional, publicou longa reportagem com detalhes do conflito, que além de João, Antônio e Ana, envolve a também deputada Marília Arraes.

Esta última, do PT de Lula, se desentendeu com Eduardo Campos lá atrás, quando quis se candidatar a deputada federal e foi impedida pelo então líder das esquerdas em Pernambuco.

Mas importante que focar nos problemas familiares das famílias Arraes e Campos, porém, é ver o histórico de Miguel, governador de Pernambuco em três oportunidades, seu neto Eduardo, governador do estado duas vezes, a trajetória de Marília e João, eleitos deputados federais, em 2018, com votações estrondosas.

Arraes foi deputado estadual e federal, prefeito do Recife e governador, com uma trajetória coerente, sempre se posicionando no campo da esquerda (apesar das alianças à direita) e defendendo as causas populares.

Foi preso, perseguido, exilado, teve sua vida vasculhada pelos militares e nunca encontraram nada em sua figura pública que desonrasse a sua conduta.

Eduardo, sob o qual surgiram algumas suspeitas ou insinuações, já depois de sua morte trágica, foi um grande governador, tanto que calou a direita e inibiu a esquerda do PT, tornando o PSB hegemônico em Pernambuco.

Fez com que Geraldo Júlio, um desconhecido, fosse prefeito do Recife e Paulo Câmara, um burocrata,  virasse governador e se tornasse uma liderança.

O errado então, nesse imbróglio, é se aproveitar da situação para destilar veneno ideológico. Querer destruir os governos socialistas à custa da memória de Eduardo Campos e Miguel Arraes.

Pessoas que não respeitam sequer os mortos. Não se trata de santificar os dois ex-governadores. Os dois tiveram pecados sim, pois na política, como em qualquer atividade, todos cometem erros.

O que não pode se admitir é o ataque irresponsável, histérico, raivoso, com mentiras, a Arraes e Eduardo.

Isso cheira a mau-caratismo. Os mortos não podem se defender.

*Fotos: Jornal Opção

Um comentário:

  1. 0s mortos carregam os vivos, como no carnaval. Vamos enterrar de vez essa herança malditana política de Pernambuco e esconjurar os fantasmas da familia campos/arraes.

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