Uns nasceram para ser médicos, outros
com a vocação de advogar, planejar prédios, como engenheiros ou arquitetos. Outros, sem precisar de curso superior, são geniais na rima e na métrica, caso
dos repentistas e poetas populares.
Há pedreiros, padeiros, eletricistas,
mecânicos de automóveis, enfermeiras, exímias costureiras e cozinheiras,
mulheres que superam os homens como pediatras, ginecologistas ou psicólogas.
Outros têm o dom de escrever, como Jorge Amado, que fazia da prosa poesia, quando narrava os fatos da sua Bahia,
cantava o mar, inventava mulheres tão bonitas e fogosas que pareciam de
verdade. Essas, que não são santas ou hipócritas, são as melhores.
Escrever é bom. Só não supera o ato
de fazer amor, a melhor coisa do mundo, segundo disse uma vez Roberto Carlos,
que nasceu para cantar. Este foi o seu dom.
“É
preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”, defendeu Renato Russo,
numa de suas mais belas canções, intitulada “Pais e Filhos”.
Nasceu
para compor, só ou em parceria com outros poetas inspirados.
Quem
faz amor traz filhos ao mundo e através deles se eterniza
Escrever
também é uma maneira de ficar, de nunca morrer.
Caso
de Jorge, já citado, de Machado, que se foi há muito mais tempo e os dois estão
aí, bem vivos na sua literatura de personagens tão bem construídos que parecem
de carne e osso: Quincas Borba, Capitu, Gabriela, Tieta...
Neste
espaço tratamos mais de política, que é de mais gosto dos leitores.
Aristóteles
sabia das coisas e por isso definiu o homem como “um animal político”.
A
política está presente em tudo, assim como o amor. E talvez por isso cabe
escrever, escrever, escrever. E diversificar os assuntos, para que o ato de
escrever se torne tão prazeroso como fazer amor.
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