Por Altamir Pinheiro
Araucária ou Pinheiro é uma frondosa
árvore com enorme caule ereto, atingindo uma altura de 40 a 60 metros,
muito conhecida como Pinheiro-do-Paraná. Em que pese a araucária ser uma
árvore símbolo de Campos do Jordão(SP) e seu ecossistema típico ser lá da
Serra da Mantiqueira, no PLANALTO DA BORBOREMA, Região de Garanhuns, ela se
adapta muito bem em razão da cidade serrana possuir uma temperatura média anual
na base dos 21 graus na escala Celsius ou centígrados. Em épocas passadas, na
Avenida Santo Antônio, existiam cerca de 4 ou 5 pés engalanando o centro da
cidade. Na verdade, as araucárias não ''SUMIRAM'' das praças de Garanhuns
por causa do clima, mas sim por ação do processo de urbanização que derrubou
todos os pinheiros naturais da cidade.
Dentre as mazelas da classe política de Garanhuns
tivemos prefeitos tão desastrados que não vale apena citá-los
aqui... Esses inimigos do meio ambiente têm uma enorme dificuldade
de implementar políticas públicas de longo prazo. Isso vale para diversas
áreas, mas a situação do MEIO AMBIENTE na cidade das flores, donde,
quando é preciso, compram-se essas mesmas flores em Gravatá ou Caruaru,
retratam uma gestão pública especialmente desastrada e incompetente e que, por
décadas, tem sido incapaz de melhorar seus indicadores paisagísticos,
florestais e ambientais. Para não ser injusto, louve-se dizer aqui, mas mesmo
tendo sido um péssimo prefeito, Bartolomeu Quidute fez uma baita arborização no
Parque dos Eucaliptos e hoje está lá para quem quiser apreciar...
Anuncia-se aos quatro cantos, que vem por aí,
a revitalização da Avenida Santo Antônio. Daí, pergunta-se: e a arborização e
arquitetura de jardins das praças e calçadas como é que vão
ficar?!?!?! Toda sua extensão terá um paisagismo repleto por
árvores de grande porte como Pinheiros, Ipês, Palmeiras e Flamboyants,
além de um mobiliário urbano composto com o que há de melhor em infraestrutura.
A propósito, o conhecido professor JADEMIR, há 5 anos, presentou a prefeitura
com 300 mudas de araucárias, trazidas de Campos do Jordão, muitas delas já
morreram ou tiveram fim sabe lá Deus como, hoje, na sementeira municipal
só tem cerca de 100 mudas e nunca foi plantado um PÉ DE PINHEIRO trazido
pelo professor!!!
A garbosa avenida, nosso cartão postal, vai
ser decorada e embelezada, mas, e os camelôs: continuarão lá?!?!?! Eis
uma pergunta que não quer calar!!! Medidas impopulares – não eleitoreiras – e
de longo prazo devem ser tomadas por gestores verdadeiramente públicos.
Gestores que não age por interesse e que pensem no legado que deixarão às
futuras gerações. Mas, para que isso ocorra, é necessário que uma mudança
cultural aparentemente em curso, AS REDES SOCIAIS, não se arrefeça, bata de
frente com esse gestor que está aí. Precisamos acabar com nossa ojeriza a questões
políticas. Em razão dele ser um ex-camelô, não nos dá o direito de aguentar ou
ter de “TULERAR” aquele mercado persa em plena avenida por ele ser
protetor em local inadequado dos seus “queridinhos” ambulantes...
Recentemente, a prefeitura de Garanhuns ergueu
uma praça – ao lado do Cine Jardim – e não plantou, sequer, um PÉ DE PAU!!!
Esses prefeitos que são verdadeiros criminosos ecológicos deveriam ter em mente
que, as praças arborizadas precisam se expandir cada vez mais, pois sua
vegetação além de proporcionar qualidade de vida das pessoas, auxiliam no
equilíbrio do clima do ambiente em seus arredores. Assim as praças, devem ser
consideradas e reconhecidas não apenas por ser aspecto de lazer e recreação,
mas também por sua identidade ecológica. Há municípios que possuem programas de
incentivo às praças arborizadas, mas além do papel do poder público, cabe
também à população colaborar com a manutenção e cuidado com o local. Quer um
exemplo de manutenção e cuidado: VISITEM O PARQUE PAU POMBO!!!
Quem se dá ao trabalho de andar a pé, ao percorrer
as ruas da Suíça Pernambucana, percebe, claramente, a notória
caracterização urbana marcada pelo fluxo intenso de veículos, sinalizações,
ruas asfaltadas, estacionamentos, prédios, gelos baianos e o escambau a quatro.
Quanto aos quintais residenciais não se veem mais um pé de figo e muito menos
nos jardins das casas um pé de pinheiro que tanto existiam em épocas remotas:
jardins e quintais estão todos cimentados... Voltando ao poder público,
sejamos francos: Investir em conservação ou nesse tal de
AMBIENTALISMO não gera votos. Pelo menos, não tanto quanto gastar
dinheiro em campanhas publicitárias ou asfaltar ruas, estradas, veredas, vias e
vielas...
Qualquer ambientalista de meia tigela sabe muito bem
que, não há dúvidas que as árvores são essenciais para a qualidade de vida. Têm
impacto na sustentabilidade econômica, social e ambiental das cidades e suas
vantagens são muitas: contribuem para o conforto visual e ambiental, ajudam a
reduzir a poluição do ar, servem de refúgio e alimento para animais, criando
ambientes mais verdes e mais agradáveis. Nesses últimos 30 anos o clima
“CALORENTO” de Garanhuns vem assustando seus moradores. A cidade corre o risco
de se transformar numa GRANDE ILHA DE CALOR. Precisamos fazer alguma coisa para
minimizar os grandes calores do verão e aumentar a umidade do
ar. Algumas cidades estão investindo em campanhas que visam incentivar o
plantio de árvores. que tal começarmos pelo plantio das mudas de araucárias
doadas pelo professor Jademir!!!
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