NO TEMPO DO PT A COISA ERA MELHOR

Por Roberto Almeida

Em João Pessoa, capital da Paraíba, até pouco tempo atrás não se viam pessoas nos semáforos, vendendo bugigangas, pedindo dinheiro ou limpando os vidros dos automóveis para ganhar uns trocados.

Mesma realidade se aplica as outras capitais do Nordeste, do Sul e Sudeste maravilha e mesmo aqui, na nossa pacata Garanhuns.

Há mais desemprego, a renda de quem trabalha está caindo, os combustíveis e o preço nos supermercados estão novamente em alta.

Uma pesquisa realizada no Brasil e divulgada de ontem para hoje, revela que todos estão comprando menos, em todas as classes sociais.

É que o dinheiro encurtou.

Setor mais atingido, segundo a tal consultoria, é a classe C.

Consumidores estão comprando menos açúcar, economizando no arroz, tem gente deixando de adquirir feijão e até o papel higiênico, que já foi baratinho está vindo em menor quantidade no carrinho do supermercado.

A situação piorou nos últimos três meses e meio, justamente no governo de Jair Messias Bolsonaro, o honesto.

Uma verdade que muitos teimam em não aceitar – parece heresia! – é que as coisas nos tempos do PT eram melhor.

No Brasil de Dilma e Lula, que está preso e qualquer escroque ou agiota enche a boca para chamar ele de ladrão, o salário mínimo cresceu acima da inflação, os direitos trabalhistas foram respeitados, o patrimônio nacional não foi entregue de qualquer jeito aos estrangeiros, pobres da cidade e do campo passaram a cursar universidade, milhões deixaram uma vida miserável e passaram a fazer três refeições por dia.

Com o Bolsa Família, que nunca foi apenas uma esmola, como pensam aecistas e bolsonaristas (que é mais ou menos a mesma coisa), o dinheiro circulou na periferia das grandes cidades e em municípios de pequeno e médio porte em padarias, farmácias, mercadinhos, lojinhas de vender roupa, nas feiras, em todo lugar.

Milhões de reais fortaleceram a economia, através desse programa social, em cidades como Garanhuns, Bom Conselho, Lajedo, Caetés, Capoeiras, São João, Angelim, Canhotinho, Caruaru, Recife e todo o Brasil.

O Governo do PT que roubava (o que ninguém conseguiu ainda foi encontrar a riqueza de Lula ou Dilma, o produto do furto) criou universidades e institutos técnicos em todas as regiões do país e levou médicos a lugares esquecidos que nunca tinham visto esse pessoal que usa roupa branca.

Ruas se encheram de carros, aeroportos misturaram gente de todas as classes sociais e trabalhadores do campo passaram a receber crédito como nunca se viu.

Remédios de graça, farmácia popular, Minha Casa/Minha Vida, Luz Para Todos, todos programas contemplando as pessoas mais necessitadas das políticas públicas.

As coisas iam bem sim. Os pobres sentiam que a vida melhorava.

Quem não estava satisfeito com a situação eram políticos assistencialistas, empresários que só pensam em si, babacas da classe média que não aceitam empregadas domésticas com direitos e a presença de negros e ou pobres nos shopping centers.

Então, quando o Aécio perdeu a eleição de 2014 - quando acharam que estava no papo - a minoria insatisfeita resolveu destruir Dilma, Lula e o PT, os demônios que ameaçavam privilégios de 500 anos.

Juntou-se o Aecinho com outras lideranças (?) do seu partido, o putrefato PMDB, DEM e outros partidos fisiológicos, para derrubar a presidenta eleita e atender os seus interesses.

Com apoio da TV Globo e toda mídia oportunista e desonesta criaram o caos, instigaram a classe média a ocupar as ruas, arrebanharam setores do judiciário e tiram do poder uma mulher honesta para substituí-la por um ladrão bem vestido e falante.

“Basta tirar o PT que vai melhorar”. Era o que diziam. Veio o infeliz do Temer e sua gangue e só piorou.

Veio, depois, a eleição. Deram um jeito de Lula não concorrer, prenderam o petista sem provas convincentes, o candidato que parecia piada levou uma facada estranha, demonizaram (outra vez) o Partido dos Trabalhadores e elegeram um fake para afastar de vez os demônios.

Hoje temos um governo que é vergonha mundial, um presidente que a cada dois dias (às vezes a cada dia) mete os pés pelas mãos e cria problemas internos e externos, ainda recebendo uma ajudinha dos filhos para criar trapalhadas.

Como se fosse pouco o ministério tem um bando de doidos, sem sentimento de povo, que não conhece o Brasil e descobre-se que a maior estrela da equipe, aquele que foi juiz, nem falar português sabe e de caçador implacável de corruptos virou um boneco mudo, indiferente ao que acontece ao seu redor.

O governo do honesto está tão desgastado com pouco mais de três meses, que metade da população prefere o homem que está preso, aquele que qualquer sonegador de imposto adora chamar de ladrão.

Outros, ainda com medo dos demônios do Partido dos Trabalhadores, sonham com Mourão, que tem mais juízo e patente maior que a do capitão.

Tem muita gente calada, envergonhada, outros não querem dar o braço a torcer, porque pensam que política é como futebol. Quando a gente gosta de um time não vira a casaca de jeito nenhum.

No fundo, todos sabem – até a Globo – que no tempo do PT a coisa era melhor.