Cheguei, ontem, de Brasília.
Já era tarde. Lá deixei o imbróglio no Senado. Que coisa feia! Alguns dos
senadores, no aeroporto, já de volta aos seus Estados.
Em casa, depois de um bom repouso,
ligo a televisão e vejo uma reportagem linda sobre os parlamentos sueco e
brasileiro. Que beleza! Ah! Se o nosso parlamento fosse pelo menos parecido com
o parlamento sueco!
Meu voto. Minha preferência,
de pronto, aflora. Até porque já vem de longe. De muito longe! De repente, um
sonho me ocorre.
Eu, parlamentar, andando de
metrô, levando minha comida para meu gabinete. Na hora, aquecendo-a, lavando
minha louça, e com dois ou três assessores. Não mais! O bastante! E só! Além de
meus vencimentos, claro! Bem menores que os vencimentos de um parlamentar de
meu país real. Estes, mais de quinze vezes maiores que os vencimentos de um
professor. Aqueles, um pouco mais que duas vezes. E sem outras rubricas
imorais. Lá, sem mais nada, além do salário e uma habitação funcional de pouco
mais de 15m². Mas paga pelo parlamentar.
Na série de reportagens da
jornalista Ezandra Ribeiro sobre a posse do Deputado Federal Fernando Rodolfo,
disse, convicto que, “Garanhuns e região
estiveram com olhares voltados às notícias sobre a nossa conquista, até pelo
tempo decorrido para que viesse acontecer: exatos sete mandatos, longos 28
anos.”
Na hora da posse. Na hora do “EU PROMETO”, os garanhuenses presentes
foram tomados de grande emoção. Quem sabe, também diante do aproximar dos 140
anos da cidade. Disse à jornalista: “Eu,
e todos, quase chorando de alegria. Queríamos ser testemunhas desse momento
histórico, pensando na gente da nossa cidade que deixa para trás, e enterra
esses anos todos de vergonha e humilhação, sofridos. Momento que se revestia de
grande simbolismo, por certo.”
Agora, é Garanhuns correr
atrás do tempo perdido, porque, com voz e vez... Voz que silenciara já há tanto
tempo. “A voz parou na minha garganta”, disse Virgílio em sua Eneida. Vez
que se exclui com a voz paralisada. Mas, com estas, voz e vez, temos voto no
Colegiado da Casa para “brigar”, junto às esferas federais, pelos anseios de
seus filhos.
Sempre dissemos que nunca
perdemos a esperança. Perseveramos e persistimos. Sempre acreditando no
discernir e na disposição de luta da nossa gente. Como Cervantes, parecia
dizermos “Até a morte, tudo é vida.” A cada eleição desse longo período,
Garanhuns sinalizava o seu desconforto, e votava em nomes da cidade. Nomes que
temos de aplaudir porque transpuseram a chamada “barreira do ridículo”, como diziam
alguns.
Agora, deu certo. Fernando
soube ampliar e será a nossa voz, com coragem e destemor, para alcançarmos
nossos sonhos, e um deles, o maior, é a nossa BR 423 que, estou convencido,
será o pavimento da grandeza de nossa economia. E esta, por sua vez, a nossa
maior empresa.
Mas, um dia... Quem sabe? Os
exemplos da Suécia pairem por nosso país. Devemos continuar sonhando. No que
pese acordado e sem sonho, acreditar difícil porque este o nosso país.
* Empresário. Acadêmico.
Figura Pública.
Nosso "Parlamento" não existe comparação em nada parecido no mundo, só o da Itália que se assemelha. Este "parlamento" é regido pela "Lei de Gerson" que só pensam exclusivamente neles. Houve eleições, o que mudou foi apenas os personagens mas o enredo é o mesmo. Não pensem que entrou um parlamentar que vai lhe representar, entrou foi mais um parasita para desfrutar dos R$ 12 Bilhões de reais só para este ano. Não se pode comparar nem de brincadeira o "Nosso Parlamento" com o da Suécia é até uma ofensa a honra dos Parlamentares Suecos. Creio que eles ficariam ofendidos com esta comparação. Já mais o Brasil chegara nem no lixo do parlamento Sueco.
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