Bolsonaro preferiu um discurso curto
A posse de Jair Bolsonaro na
presidência da República, que aconteceu agora à tarde, foi bem prestigiada
pelos eleitores, que se aglomeraram em torno do Congresso Nacional e da Praça
dos Três Poderes, em Brasília.
Os populares deixaram claro
que ainda estão de “lua de mel” com o presidente empossado, que se elegeu com o
discurso de combate a corrupção e de fazer mudanças estruturais no Brasil.
No Congresso, após ser
empossado, Bolsonaro fez um discurso curto, de apenas 10 minutos, quando voltou
a abordar temas da campanha política, criticando o que chama de viés ideológico
e a ideologia e gênero.
O presidente disse que seu
governo foi montado sem obedecer ao “toma lá dá cá” tradicional e garantiu que
o combate à corrupção é pra valer.
Ele fez um apelo aos
deputados e senadores para trabalharem junto com o governo, consciente da
importância da Câmara dos Deputados e do Senado para ter êxito em sua missão de
administrar o país. Um "pacto nacional" para enfrentar as dificuldades chegou a ser defendido pelo novo presidente.
Eunício Oliveira, presidente
do senado, fez um discurso mais demorado do que Jair Bolsonaro e claramente
passou um recado de que o chefe do Poder Executivo precisa do Legislativo para
aprovar seus projetos e conseguir cumprir o programa de governo.
Tanto o presidente da
República quanto o do senado defenderam o diálogo como forma de fortalecer os
poderes e a própria democracia.
PROBLEMAS – Embora tudo
parecesse bem na posse, muitos jornalistas do Brasil e do exterior reclamaram
do tratamento dado à imprensa que estava na capital federal para cobrir a
posse.
Mônica Bergamo, conhecida
profissional do jornal Folha de São Paulo, registrou que foram muitas as
restrições impostas aos repórteres.
Muitos foram confinados em “cercados”,
sem lugar para sentar nem água para beber.
Seguranças alertavam o tempo
todo que os jornalistas não podiam circular livremente por todas as
dependências do Congresso e do Palácio do Planalto e que seguranças estavam
autorizados a atirar se as ordens fossem desobedecidas.
Segundo Mônica e outros
jornalistas, em nenhuma posse anterior,
desde a redemocratização, se limitou tanto o trabalho da imprensa.
Miriam Leitão, da TV Globo,
confessou que mesmo nos governos militares se teve mais liberdade para
trabalhar. Ela começou a cobrir Brasília quando foi empossado o general João
Batista Figueiredo, garantindo que naquela época foi mais tranquilo de que
hoje.
Por falar em Globo,
simpatizantes de Bolsonaro hostilizaram a emissora de Roberto Marinho. Quando
um repórter da emissora fazia uma entrevista na Praça dos Três Poderes,
eleitores do líder do PSL passaram a gritar os nomes da Record, SBT e
Bandeirantes.
Para completar, bradaram os
nomes do WhatsApp e Facebook, redes sociais muito utilizadas – com sucesso – na
campanha de Bolsonaro.
Além do presidente Jair
Bolsonaro e do vice-presidente, Hamilton Mourão, foram empossados hoje 81
senadores e 513 deputados federais.
Depois de 30 anos. Garanhuns volta a ter um representante na Câmara Federal: eleito pelo PHS com mais de 52 mil
votos, o jornalista Fernando Rodolfo está entre os congressistas e vai
representar o Agreste e Pernambuco em Brasília.
Deputado Federal Fernando Rodolfo
*Fotos: 1) Portal UOL; 2) Câmara Federal
Imprensa tradicional tem mais é que se arrombar. Vão logo procurando cursos do Pronatec que essas profissões vão desaparecer em breve!
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