O DEM, filho do PFL, neto do PDS e bisneto da Arena, partido que deu sustentação à ditadura militar, é o partido que mais se fortalece no futuro Governo Bolsonaro.
Embora não tenha mais a força do passado nas urnas, o DEM de Mendoncinha, Agripino Maia, Antônio Carlos Magalhães e Marco Maciel volta ao poder pela primeira vez desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso.
O Ministério do presidente eleito está sendo formado por políticos investigados pela justiça, personagens do meio militar e representantes do DEM, tudo de acordo com a velha política.
Abaixo um artigo publicado hoje, no Jornal do Brasil, pela jornalista Tereza Cruvinel:
“O nome
atual é Democratas, apelido DEM, mas o partido que se torna agora sócio
majoritário de Bolsonaro no poder – noves fora o PSL, por enquanto um
ajuntamento – foi o velho PFL, a dissidência do PDS, partido da ditadura, que
caiu fora quando o regime perdeu os dentes, juntando-se ao PMDB para eleger
Tancredo. Faz todo sentido o reencontro num governo que, chefiado por um civil
eleito, tem forte prevalência militar”, analisa a jornalista Tereza
Cruvinel.
Contudo,
diz a jornalista, “Faz pouco sentido é um presidente que, para alcançar o
quórum qualificado precisará do apoio de dez a doze partidos, levando-se em
conta o tamanho médio das futuras bancadas, favorecer tanto o DEM e não tentar
formar uma coalizão, em sinal de que banirá o toma lá, dá cá”.
Para
ela, “Assim, o velho PFL, depois de um longo inverno na oposição, volta ao
poder pela primeira vez depois do fim do governo FHC. Curioso também é
que, por ora, Bolsonaro não se interessou pelo demista que lhe pode ser mais
útil, o deputado Rodrigo Maia com sua candidatura a presidente da
Câmara. Mas ele pode entrar na disputa lá na frente e apoiar Maia, e se
ele for eleito, o retorno do DEM ainda será mais triunfal”.
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