Por Wando Pontes
Lamentavelmente chega ao fim uma era de estabilidade de profissionais médicos nas Unidades Básicas de Saúde
da Família, nos pequenos municípios do interior.
Com a saída dos profissionais
cubanos do Programa Mais Médicos, do Governo Federal, ressurge o fantasma do
leilão de médicos de PSF.
As prefeituras de menor porte
financeiro contratavam, já com enormes dificuldades, um médico brasileiro para
prestar seus serviços em uma determinada comunidade, e, em pouco tempo, já
ficava sem o profissional, dado a escassez de médicos, logo, outro município de maior arrecadação monetária, fazia nova e irrecusável proposta financeira,
as vezes o dobro do valor que o profissional de saúde recebia, e, assim, se
dava o desafio dos gestores públicos para manter os postos de saúde com suas
equipes completas.
Este tempo de leilões de
médicos no Brasil, só teve fim, quando o governo brasileiro fez uma parceria
com o governo de Cuba, a exemplo de dezenas de outros países. Através do
Programa Federal, o Brasil recebeu milhares de médicos cubanos que ajudaram a
melhorar muito, o Programa de Saúde da Família.
O prefeito de caetés, Armando
Duarte, ratifica esta visão sobre a importância dos médicos cubanos para os
municípios brasileiros e para as comunidades mais carentes.
“Eu na qualidade de prefeito
e cidadão caeteense, estou muitíssimo preocupado com a saída dos médicos
cubanos do Brasil.
Como cidadão me entristece
saber que estes profissionais estrangeiros que, além de exercer tão bem suas
funções nas regiões de mais difícil acesso, fortalecia a saúde preventiva e a
presença do médico no meio da população.
Como gestor, me preocupa a
falta de médicos disponíveis e dispostos a assumir um PSF nos pequenos
municípios do interior.
Eu lembro que no começo do
meu primeiro mandato, a gente contratava um médico e, logo, outro município
oferecia uma proposta melhor, e a gente novamente tinha que correr para
encontrar outo profissional para a vaga em aberto, e isso demorava, porque é
muito difícil encontrar médico para PSF.
Eu digo que os médicos
cubanos realizaram um grande trabalho em Caetés, trouxeram suas experiências na
medicina preventiva e no relacionamento com as comunidades carentes. Eu
agradeço aos médicos cubanos que tanto fizeram pelo nosso povo, eles vão nos
fazer muita falta”.
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