MARÍLIA ARRAES E OS GOLPISTAS DO PT

Desde 2016 que o Partido dos Trabalhadores denuncia e reclama do golpe parlamentar-midiático que tirou Dilma Rousseff da presidência da República.

Eleita com 55 milhões de votos, ela foi afastada do cargo sem ter cometido nenhum crime.

Não tinha muito “jogo de cintura”, como os que são considerados bons políticos, não aceitou barganhas, o jogo sujo do Congresso,  praticado desde que foi proclamada a República, mas que hoje parece ser pior do que no passado.

O discurso do PT de que foi golpe é comprovado por juristas, pela imprensa séria nacional e internacional.

Da jogada infame para destituir Dilma, participaram direitistas, ruralistas, tucanos disfarçados de democratas e todo penduricalho de pequenas legendas que servem apenas para negociatas no balcão de negócios da política brasileira.

E até os socialistas de Pernambuco e de outras unidades da federação foram coniventes com o golpe.

De socialistas só têm o nome, são carreiristas, oportunistas, sem nada do que marcou a trajetória de Pelópidas da Silveira e Miguel Arraes.

Dois líderes do PT de Pernambuco, Humberto Costa e João Paulo (hoje filiado ao PC do B), estiveram na linha de frente denunciando o golpe e na campanha à prefeitura do Recife, em 2016, usaram e abusaram da acusação contra Paulo Câmara e Geraldo Júlio.

O discurso não foi levado a sério e Geraldo foi reeleito prefeito da capital no primeiro turno.

Passados dois anos, o ex-prefeito João Paulo saiu do partido em que militou a vida toda e Humberto assumiu a liderança de um golpe partidário para abortar uma candidatura que crescia a olhos vistos no gosto dos pernambucanos, assustando as velhas lideranças petistas e o próprio governador do Estado, esse temendo perder a eleição para uma “menina” de pouco mais de 30 anos.

O PT sempre foi um partido complicado, mesmo antes de chegar ao poder e governar o Brasil por 12 anos.

Quando comandou os destinos do país repetiu velhas práticas políticas, se aliou a banda podre do PMDB e outras legendas e terminou apunhalado pelas velhas e novas raposas que sempre representaram os próprios interesses, sem muita preocupação com as agruras do povo.

De agora por diante, o Partido dos Trabalhadores perdeu a moral para falar em golpe.

Dilma foi vítima de um golpe organizado pela Globo, com aval de tucanos, emedebistas e toda canalha que faz da política uma atividade criminosa ou pelo menos de uma gente muito esperta.

Marília Arraes, que renovou a esperança dos pernambucanos e de pessoas conscientes de todo Brasil numa prática popular e decente, foi golpeada pelo próprio partido ao qual se filiou dois anos atrás, quando o eleitorado dava as costas a essa agremiação partidária que parecia fadada a extinção.

O Partido dos Trabalhadores perdeu a oportunidade de se reencontrar com suas origens, de oxigenar seus quadros, de oferecer exemplos da boa política e de eleger uma governadora no Estado que hoje é governado por tecnocratas e famílias.

Humberto Costa, o símbolo maior em Pernambuco da traição, do oportunismo, do cinismo e de quem joga pelos seus próprios interesses, passou a ser persona non grata entre os petistas autênticos, idealistas e todos que sonham com a política sem jogadas rasteiras e golpes sujos.

O senador, que segundo seus antigos eleitores e admiradores usou Marília como moeda de troca, para fazer uma negociata com Paulo Câmara, agora é atacado em público e nas redes sociais.

Dificilmente terá condições de entrar num restaurante no Recife, poderá sofrer constrangimentos em aeroportos e outros lugares,  porque perdeu o respeito da população.

Passou de acusador a acusado. É agora um golpista, tanto quanto foi Eduardo Cunha, Aécio Neves e Paulo Câmara.

É um cadáver político para ser execrado em praça pública e,  se depender os órfãos da candidatura de Marília Arraes,  não se elegerá nem para vereador de Manari, com todo respeito à cidade sertaneja.

Só irá sobreviver politicamente se Paulo Câmara usar a máquina para comprar para ele um mandato de deputado federal.

Para o senado é mais difícil ter um mandato conquistado pela força do dinheiro.

Melhor votar no PSOL, no estabanado, mas corajoso e coerente Silvio Costa, do que reconduzir esse Humberto.

Ele é senador, jornalista e psiquiatra. Mas para milhões de Pernambucano que acreditaram num projeto e queriam votar em Marília Arraes para governadora não passa de um golpista, um traidor, e para isso não tem perdão.

Salve o sobrenome Arraes e toda simbologia que ele carrega!