AS REDES SOCIAIS E A LIBERDADE DO VOTO

Que rede social, principalmente Facebook e WhatsApp, é usada como fonte de informação e de expressão de muita gente, isso não é novidade. Serve às vezes até de consultório sentimental, onde as pessoas expõem suas vidas, mandam indiretas para algum(a) rival, marcam encontros amorosos, eventos, destilam seus ódios e até usam como palanque político. Em ano de eleição, como o atual, o que mais tem nas redes são postagens e mais postagens alardeando as qualidades do seu candidato e desqualificando o adversário.

O curioso de alguns posts políticos é que muitas vezes colocam aliados locais, patrões e empregados, em lados opostos, quando funcionários públicos de cargos comissionados fazem campanha contra seus patrões. Por exemplo, se um prefeito pede voto pra Paulo Câmara, vai ficar satisfeito com um cargo em comissão de sua gestão usando a internet para fazer críticas ao atual governador de Pernambuco? Claro que não! Se permitir tal atitude vai deixar transparecer que não tem o comando do seu grupo.

Sobre esse tipo de situação, um político da região revelou ao blog que “ou está com ele e seus candidatos ou está contra, que não existe meio termo”. E completou:

Eu vou estar andando, pedindo votos para Lula, e um cargo de confiança usando o Facebook ou o zap esculhambando com ele? Não permito! Funcionários de carreira façam o que quiser, votem em quem quiser, mas, quem é do grupo, que está lá num emprego de cargo de confiança, colocado por mim, tem que seguir meu comando. Ou é isso, ou está fora.

A nossa fonte disse ainda que em breve fará uma reunião com todos seus aliados políticos; lideranças, vereadores e cargos de confiança, e que pedirá votos para os seus candidatos, esperando que todos sigam suas orientações, afinal, segundo ela (a fonte), “exercer liderança é tomar esse tipo de decisão”. Imaginando que a maioria dos políticos age assim, cabe aos CCs seguirem seus líderes ou lhe serem falsos.