Depois
de ter responsabilizado o governador Paulo Câmara por fatos desagradáveis que
aconteceram durante o evento, o prefeito Izaías Régis foi chamado diretamente
pelo Secretário de Cultura do Estado, Marcelino Granja, de “irresponsável”.
Segundo
Marcelino, o prefeito da cidade espalhou uma campanha de ódio, preconceitos e
intolerância nas redes sociais, fazendo proselitismo político de oposição ao
Governo Estadual. “Como falou também numa entrevista de rádio, nesta segunda,
quando deixou cair a máscara ao falar abertamente de eleição”, salientou o
Secretário de Cultura.
Em
nome da Fundarpe e da Secretaria, Marcelino Granja pediu desculpas aos cristãos
e a todos que se sentiram ofendidos "pelas atitudes isoladas de alguns
artistas".
-
O que prevaleceu no FIG foram as mais de 500 apresentações, que fizeram do
Festival um grande espaço de confraternização, transcorrido em paz,
tranquilidade e segurança, com as ruas, praças, parques, restaurantes, hotéis,
teatros, Catedral, Circo, pavilhões e polos de apresentações artísticas lotados
durante 10 dias - pontuou Marcelino Granja.
REPERCUSSÃO
FORA DO PAÍS - Como se não bastasse a repercussão estadual dos fatos
acontecidos em Garanhuns, durante o último FIG, a polêmica terminou chegando à
Escócia, país do Reino Unido que faz fronteira com a Inglaterra.
A
escritora Jo Clifford, autora do texto o “Evangelho Segundo Jesus, Rainha do
Céu”, adaptado no Brasil e encenado como espetáculo teatral, no último FIG,
depois de muita polêmica, críticas e disputa judicial, atacou os que censuraram
a peça e se solidarizou com a atriz Renata Carvalho.
Numa
mensagem enviada aos artistas pernambucanos, a escritora escocesa revelou estar
feliz porque os que integram a companhia de teatro da capital escaparam em
segurança, do clima que se instalou em Garanhuns, com a apresentação da peça.
Jo
Clifford se disse satisfeita pela adaptação brasileira do seu texto, mas
confessou também ter ficado com raiva pelo modo como os artistas de teatro
foram tratados em Garanhuns. “A maneira como elas foram tratadas por este
festival e esta cidade é uma desgraça total”, esbravejou a escritora.
Ela
questionou como é que um festival com o slogan “Um Viva à Liberdade”, convida
um artistas para integrar a grade de programação e no último minuto retira o convite
abruptamente, porque supostamente a peça a ser encenada oferende a igreja
cristã. “É assim que se celebra a liberdade no Brasil”?, questionou
Na
mensagem da escritora escocesa, ela criticou o uso da força policial para
impedir a exibição do espetáculo teatral, acusou o prefeito do município de
transmitir e celebrar ódio e preconceito, criticou juízes, que a seu ver não
respeitam nem a Constituição do país e disse que as autoridades locais cobriram
a cidade de “ignomínia e vergonha”.
Clifford
não poupou nem mesmo os líderes religiosos católicos e evangélicos, que a seu
ver distorcem os ensinamentos de Jesus. “Vocês se intitulam seguidores de
Cristo, mas vocês são os piores inimigos dele”, acusou.
A
escocesa agradeceu aos artistas e o público de Garanhuns que levantaram fundos
para permitir que a peça fosse apresentada, apesar da censura. “Obrigada por
assistir às duas performances. Obrigada por ficar até o final da segunda
apresentação e dar a essas corajosas artistas de teatro as boas-vindas, o apoio
e a proteção que o festival tão vergonhosamente não conseguiu dar a elas. Vocês
representam o melhor da sua cidade”, comentou.
*A escritora Jo Clifford. Sua peça já causou polêmica,
anos atrás, também na Escócia
Benfeito, prefeito, Izaías!! Benfeito, religiosos farisaicos!! ( Sejam todos ditos católicos; sejam ditos evangélicos; sejam os raios que os partam!! ) - E que vão todos esses censores – bedéis – para os quintos profundos dos infernos!! - Se é que existe inferno... 2. Por essas e outras, prefiro ser ateu ou agnóstico!! /.
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