Informações publicadas pelo jornal El País, sobre as manifestações de protesto pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, crime ocorrido no Rio de Janeiro:
Costuma-se dizer
que os brasileiros não sabem qual é a função de um vereador e muito menos em
quem votou nas últimas eleições. Nesta quinta-feira, entretanto, as multidões que se reuniram no centro do Rio de Janeiro e
de outras capitais sabiam que Marielle Franco — negra,
nascida e criada no Complexo da Maré, mãe desde os 18 anos e ativista pelos
direitos humanos — era representante do povo carioca. Foi eleita com mais
de 46.000 votos em 2016 e foi a quinta parlamentar mais votada naquele ano, sua
estreia nas urnas. O assassinato no dia anterior da vereadora do PSOL e
de seu motorista, Anderson Pedro Gomes, 39 anos, provocou uma onda de luto e
indignação coletivas nas ruas. No centro do Rio, eram milhares marchando pela
avenida Rio Branco e se apertando na Cinelândia com o objetivo de não apenas
homenagear Marielle como também dizer que queriam dar continuidade às suas
bandeiras. Entre elas, exigir o fim da intervenção federal no Estado do Rio,
o fim de uma guerra contra as drogas travada nas favelas e periferias e que
vitimiza milhares de jovens e negros todos os anos, o
fim do racismo e do machismo institucional.
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A força das ruas
tornou-se um inesperado desafio para o Governo de Michel Temer (MDB) e
sua aposta em uma inédita intervenção federal como bandeira eleitoral e
resposta para o caos na segurança pública do Rio. O presidente colocou suas
fichas em nomear como interventor federal o general Walter Souza Braga Netto,
chefe do Comando Militar do Leste e, desde o último dia 16 de fevereiro, também
chefe máximo da segurança pública fluminense, ainda que nem sequer haja um
plano oficial para a ação. Agora, essa cadeia de comando — da Polícia
Civil ao presidente — tem que responder por um dos mais emblemáticos
crimes políticos da história recente brasileira. Não que o tipo de delito não
aconteça no Estado do Rio ou em outras partes — a campanha municipal na Baixada Fluminense deixou um rastro de
sangue —, mas a ousadia de executar uma promissora líder em
pleno centro do Rio sinaliza que seus autores decidiram cruzar uma linha
vermelha para enviar uma mensagem.
Marielle Franco era,
desde 28 de fevereiro, a relatora de uma comissão da Câmara dos Vereadores
criada para fiscalizar a intervenção, com o poder de aprovar relatórios e
providências contra militares e policiais. A vereadora também denunciou quatro
dias antes a truculência da Polícia Militar no bairro de Acari, na
periférica Zona Norte do Rio. Foi com esse contexto em mente que muitos
apoiadores de Marielle acreditam que policiais são os principais suspeitos do
assassinato. As circunstâncias indicam que foi uma execução planejada, uma
hipótese com a qual a Polícia Civil já trabalha. Foram nove tiros no carro, sendo que quatro atingiram a
cabeça da vereadora. Nada foi levado após o crime. O vidro do carro era escuro,
mas os atiradores sabiam que ela estava sentada no banco de trás do lado
direito, o que levantou a suspeita da polícia de que ela fora seguida. O
interventor Braga Netto, responsável pela segurança pública do Rio, não veio a
público falar sobre o caso. Limitou-se a emitir uma nota repudiando "ações
criminosas como a que culminou na morte da vereadora Marielle Franco e de
Anderson Pedro Gomes" e dizendo que "se solidariza com as famílias e
amigos". O Governo federal tentou reagir. Temer gravou um vídeo e o
ministro da Segurança, Raul Jungmann, no Rio, prometeu em coletiva de imprensa
uma rápida investigação sobre o que aconteceu e assegurou que os culpados irão
pagar.
Sem Polícia Militar nos protestos
A comoção que inundou as redes sociais na noite de quarta-feira se
transformou numa multidão que começou a se formar ainda na parte da manhã
diante da Câmara de Vereadores, na Cinelândia, centro do Rio. Pessoas se
abraçavam e choravam. Recordações, dor, luto e silêncio — uma atmosfera
que se repetiria mais tarde na multidão que ocuparia a avenida Paulista, em São Paulo, outras
das cidades que se mobilizaram. "Eu não estou muito bem para dar
entrevista, desculpe", disse uma jovem. Pouco antes das 15h, os caixões
com os corpos de Marielle e Anderson chegaram na Assembleia para um velório
reservado apenas para familiares e amigos. Do lado de fora, a vigília
continuava. Uma hora depois, os caixões foram levados para fora do recinto sob
fortes aplausos e seguiram para o cemitério do Caju (ela) e Inhaúma (ele).
"Justiça! Justiça! Justiça!", gritavam.
A multidão começou então a se mover e a crescer. Um cortejo liderado por
mulheres negras deixou a Cinelândia e caminhou pela avenida Rio Branco
cantando: "Por Marielle, eu digo não, eu digo não à
intervenção!". O ato entrou pela rua da Assembleia e finalmente alcançou a
rua Primeiro de Março, onde fica a ALERJ. Era lá que estava marcado, às 17h, a
concentração para um ato contra o genocídio negro. "Marielle, presente!
Marielle, presente! Anderson, presente! Anderson, presente! Hoje e
sempre!", repetiam os manifestantes. A Polícia Militar, que sempre se faz
presente nas manifestações, fez-se notar pela sua completa ausência no ato do
Rio. Ao longo de todo o dia, nenhum policial foi visto no centro da cidade.
"Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar",
cantavam constantemente os manifestantes.
Uma vez na
Assembleia Legislativa, líderes partidários, políticos e sindicalistas foram se
revezando no microfone. "Mataram mais uma de nós, mataram mais uma de nós,
mataram mais uma de nós. Assim como matam nossos filhos", disse, muito
emocionada, a vereadora de Niterói Talíria Petrone, também do PSOL.
"Somos muitas Marielles vivas", concluiu. Já Jandira Feghali,
deputada federal do PCdoB, resumiu: "Marielle morreu porque sintetizava as
três opressões que tem no país: a opressão de gênero, a opressão de classe e a
opressão racial. (...) Este crime foi político. E crime político não se
responde individualmente, se responde coletivamente".
Um abatido Marcelo
Freixo, deputado estadual pelo PSOL, voltou do cemitério e recebeu um forte e
demorado abraço de Chico Buarque. Freixo dava aula de história em um cursinho
pré-vestibular quando conheceu Marielle. Ao ser eleito deputado estadual pela
primeira vez, em 2006, levou a ativista para trabalhar com ele. Foram 10 anos
lado a lado naquele mesmo edifício da ALERJ, trabalhando na Comissão de
Direitos Humanos da Casa. "Está muito difícil pra mim. Mas vou seguir. E vamos
descobrir quem fez isso, nem que seja a última coisa que eu faça na minha
vida", disse Freixo. Chico também fez um breve discurso: "Eu só quero
prestar minha homenagem à minha vereadora Marielle. Vamos iniciar a caminhada
até a Cinelândia".
SUSPEITOS - Até o momento não foi divulgada nenhuma informação sobre
os assassinos - não se sabe quantos participaram da ação. O modus operandi do
crime, no entanto, lembrou o da emboscada que matou a juíza
Patrícia Acioli em 2011, assassinada com 21 tiros por sua atuação
contra grupos de milicianos. Posteriormente descobriu-se que o crime foi
encomendado e executado por integrantes de uma milícia carioca. Como
Marielle
era critica ferrenha de abusos cometidos por policiais, em especial do 41º
Batalhão de Acari, as autoridades não descartam que sua morte tenha sido
encomendada por milicianos ou policiais militares corruptos. Além disso,
Marielle havia assumido há duas semanas a relatoria de uma comissão na Câmara
municipal criada para acompanhar os desdobramentos da intervenção federal no
Rio.
NO RIO, OS DELINQUENTES DE ESQUERDA NÃO ESTÃO NEM AÍ COM OS POLICIAIS MORTOS, MAS ADORAM SAPATEAR NO CAIXÃO DA DEFUNTA, DESDE QUE SEJA NEGRA E FAVELADA...
ResponderExcluirP.S.: - Desde que as ZISQUERDAS assumiram o poder, para desespero e insegurança nossa, todo ano há protesto realizado no Rio contra o assassinato de PMs. De lá pra cá, a coisa só piorou. A esquerda nunca protestou. Ao contrário: pede a extinção da Polícia e silencia sobre o narcotráfico...
MAIS UM IDIOTA IMBECILIZADO! - Ontem foi um sacana que se diz "pastor", Cláudio Duarte, destilar veneno nas "redes sociais"! - Hoje vêm outros quadrúpedes tentando enlamear uma MULHER assassinada estupidamente! - O Mister Fora Temer disse: "Extrema covardia". Mais um sacana, que desonra o cargo que ocupa... Que botou as Forças Armadas na insegurança do Rio de Janeiro, pra desviar a atenção do povo... Embusteiros sem-vergonha! – INFELIZMENTE é mais uma execução que ficará impune! – Marielle Franco foi executada... E o motorista morreu de graça, só porque trabalhava pra ELA !!!
ExcluirFedor de Bosta acima!
ExcluirA esquerda asquerosa fez do caixão um palanque tinha até um fora temer no meio do protesto, a ex presidente impixada Dilma Rousseff soltou mais uma das duas asneiras (A morte de marielle e parte do golpe) só mesmo um ZE para acreditar nessa turma de aproveitador mais não basta ser um ZE tem que ser um Mané.
ResponderExcluirManifestação financiada pelo tráfico de drogas e por dinheiro oriundo de corrupção petista!
ResponderExcluirTRÊS IDIOTAS SOMADOS formam a cultura dos ANALFABETOS IDIOTIZADOS !!! /.
ResponderExcluirAo defender essa corja você torna-se cúmplice destes bandidos, de todos os tipos, logo merece todo desprezo possível!
ExcluirVocê é o defensora da ex esposa do traficante Marcinho VP defensora do Comando Vermelho. Já está dizendo o tipo de merda que você é! Ou um bandido em defesa de seus iguais, ou um asno defensor cego de quem você não conhece a procedência. Os dois tipos de lixo igualmente daninhos!
ExcluirPELA PARTE QUE ME TOCA SÓ TENHO A DIZER O SEGUINTE: TEM TROGLODITA QUE QUANDO ESCREVE PARECE QUE RELINCHA AO INVÉS DE MUGIR...
ResponderExcluirP.S.: - Já estou cansado de avisá-lo, mas vou recomendar pela “ÔNZIMA” vez, olhe, picareta JOSE FERNANDES COSTA: por favor, POUPE OS GARIS!!! Se for pular do prédio, aí, onde você mora, em Recife, procure não sujar muito a rua...