A deputada
estadual Priscila Krause (DEM) questionou o secretário de Planejamento e
Gestão, Márcio Stefanni, na Assembleia Legislativa, de que forma a gestão
trabalha para executar, em 2018, o nível de investimentos proposto pelo Projeto
de Lei Orçamentária (PLOA 2018) em discussão na Casa já que nos últimos anos a
execução tem sido muito aquém do previsto.
De acordo
com dados apresentados pela parlamentar, o nível de investimento público do
Poder Executivo em 2017, até setembro, soma 3,54% de toda a receita arrecada,
enquanto no início da década a proporção alcançava média de 11% (veja quadro).
Na peça
orçamentária proposta pela administração estadual, a previsão é de elevar a
parcela da receita estadual utilizada em investimentos para 6,3%, somando
investimentos (R$ 1,69 bilhão) e inversões financeiras (R$ 445 milhões) – total
de R$ 2,142 bilhões em detrimento de uma receita total estimada em R$ 33,96
bilhões.
“Na peça
em vigência, de 2017, nós votamos uma previsão de investimentos que alcançaria
7,8% da receita, mas na verdade temos até setembro o menor nível de
investimento do governo de Pernambuco desde 2008, um índice de 3,54%. Isso se
expressa na queda da produtividade do nosso Estado e, mais importante, no
atraso de obras e ações que verdadeiramente mudam a vida das pessoas”, explicou
Priscila.
A deputada
também comparou a situação de Pernambuco a outros estados vizinhos, com
potenciais econômicos similares, mas que tem liderado o nível de investimentos
público no Brasil, como é o caso de Ceará e da Bahia.
O ano em
que Pernambuco alcançou o maior nível de investimentos perante sua receita foi
2013, quando o índice alcançou 13,22%. Desde 2015, no entanto, quando o
governador Paulo Câmara (PSB) assumiu o Palácio das Princesas, o nível de
investimentos caiu de 10,86% (2014) para 4,68% (2015) e 4,51% (2016). Em
resposta, o secretário Stefanni afirmou que Pernambuco é um dos estados
brasileiros que mais investe com recursos próprios, lembrando que estados
vizinhos receberam, em 2015, valores de operações de crédito liberados pelo
governo federal, fato que não ocorreu com Pernambuco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário