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A JUSTIÇA A SERVIÇO DOS PODEROSOS

No romance “Tocaia Grande”, comentado neste blog dias atrás, o escritor Jorge Amado finaliza a história fazendo uma crítica pesada ao sistema judicial brasileiro.

A justiça, no livro do célebre escritor baiano, está a serviço dos poderosos, de quem tem dinheiro e jagunços para fazer o "serviço sujo".

Quando a Lei chega é para acabar com a cidade, assassinar as putas, os negros, os trabalhadores do campo, que viviam numa sociedade livre, sem patrões ou padres para ameaçá-los dos castigos de Deus.

O romance de Jorge Amado tem pouco mais de 30 anos.

Mas outro escritor brasileiro, Graça Aranha (foto), em 1902 lançou um pequeno romance,  “Canaã”, em que traça um quadro nada simpático da justiça brasileira.

Curioso,  no caso Graça Aranha, natural do Maranhão, é que ele se formou em Direito pela Faculdade do Recife e foi juiz no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.

Significa que criticou o que viu por dentro: Uma justiça "preguiçosa, corrupta e a serviço dos maiorais".

O que vemos hoje no Brasil, portanto, não é novidade. Juízes e desembargadores não são necessariamente confiáveis ou honestos.

Existem magistrados decentes, é lógico, não se pode generalizar.

Mas o sistema está corrompido e muitos que exercem o poder da toga servem não aos interesses da maioria da população e sim aos abastados, a classe privilegiada.

Se antes a crítica ao Poder Judiciário ficava restrita a um ou outro escritor de renome ou um jornalista ousado, agora, com a força da internet, dos blogs,  sites e redes sociais,  a postura omissa ou desleal dos que fazem o terceiro poder está sendo escancarada.

Gilmar Mendes ou mesmo a presidente Carmen Lúcia bem podiam inspirar um novo “Tocaia Grande”, com lugar reservado no livro também para personagens moldados nos Renan, nos Temer, nos Aécio, nos Vieira Lima (um irmão de Geddel, deputado e golpista de primeira hora, foi preso hoje pela Polícia Federal).

Um comentário:

  1. Os juízes honestos que conheço não conseguiram chegar a desembargador. Pois a politicagem nos tribunais de Justiça é muito grande. Uns se aposentaram como juízes de primeira instância. - Outros continuam trabalhando como juízes, aguardando o tempo de se aposentarem. - Enquanto isso, os que têm apadrinhamentos na política suja, vão longe! - De simples desembargadores podem chegar ao STJ ou ao STF. - Em Palmeira dos Índios, conheci um juiz que vivia jogando cartas numa barraca famosa, frequentada pelos figurões da terra. Era um boteco numa esquina ao ar livre, num dos pontos mais movimentados da cidade. Aquele juiz comeu bola pesada, de um picareta que ficou rico agiotando e negociando, inclusive, com maconha. O tal picareta passou uma noite na cadeia pública (preso), por furtar postes que a CEAL havia deixado às margens da rodovia Palmeira / Maceió. Ele encheu um caminhão de postes e levou para uma das suas fazendas. - Passou uma noite na cadeia, recebendo visita de gente graúda. No outro dia foi posto em liberdade. - O tal juiz jogador mandou soltá-lo. O processo entrou por uma perna de pinto e saiu por uma de pato. - Resumo: o tal juiz comprou algumas fazendas; foi promovido a desembargador; e foi pra Maceió. Até que se aposentou “só de boa”. - ISSO É SÓ UM DOS TANTOS E TANTOS CASOS QUE MACULAM o Judiciário brasileiro. – Nome do tal juiz: Pedro Ferrari (gaúcho) /.

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