Sofrendo com o desabastecimento de água, a população de Canhotinho
fechou, neste domingo (15.01) as rodovias que dão acesso à cidade em protesto
contra a morosidade do Governo do Estado em construir a adutora que solucionará
o problema. Na sua página no Facebook o prefeito Felipe Porto (PSD) relatou o
ocorrido.
"Há um ano o governador Paulo Câmara prometeu uma adutora ligando a
barragem de Pau Ferro, localizada em Vila Nova, com a barragem de Bulandeira,
que abastece Canhotinho. Porém até agora, mesmo com o Ministro (das Cidades)
Bruno Araujo (PSDB) tendo destinado uma verba de mais de R$ 4 milhões para o
estado realizar essa obra, ainda não vimos uma gota de água".
Diante da mobilização, Felipe procurou os manifestantes para informar
que a direção da Compesa garantira à prefeitura que, ainda nesta semana, o
edital para a licitação da obra será publicado. O protesto acabou suspenso, mas
pode ser chegar até o Recife. "Se o Governo não cumprir mais esse prazo o
povo irá as ruas novamente, e não somente em Canhotinho, mas também no Recife,
na frente do Palácio do Campo das Princesas, inclusive com o suporte do
município para ajudar no transporte de quem quer fazer a sua voz ser
ouvida", garantiu o gestor.
O anúncio da liberação dos recursos para a adutora foi feito em outubro
do ano passado pelo ministro ao deputado estadual Álvaro Porto (PSD),
representante do Agreste Meridional na Assembleia Legislativa. Naquele mesmo
mês, Álvaro se reuniu com o presidente da Compesa, Roberto Tavares para tratar
do assunto.
O prefeito Felipe Porto informou que diante da estiagem a prefeitura vem
disponibilizando três caminhões-pipa diariamente para abastecer as casas.
"Mesmo com a crise que atinge as prefeituras de pequeno porte, alguma
coisa tinha que ser feita para minimizar o sofrimento da população",
destacou. "Mas, cansada de esperar, e sem água há vários dias, a população
decidiu protestar", completou.
Ainda segundo o prefeito, a insatisfação dos moradores também se deve ao
fato de a Compesa continuar a cobrar dos usuários, mesmo sem abastecer as
residências.
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