Raul Seixas viveu a melhor
fase de sua carreira quando teve como parceiro Paulo Coelho, hoje o escritor
que mais vende livros no Brasil.
Juntos, Raul e Paulo fizeram
músicas que viraram “cult”, ouvidas e cantadas por pessoas de diferentes
gerações. É o caso de Gita, Tente Outra
Vez, Metamorfose Ambulante, S.O.S, Trem
das Sete, Água Viva e Medo da Chuva.
Raul sempre teve um lado
místico, esotérico, e mesmo depois que acabou a parceria com Paulo continuou
por esse caminho.
No disco de 1983, Raulzito lançou o LP que
traz o sucesso “O Carimbador Maluco”, com pelo menos mais duas preciosidades: Coração Noturno
e O Segredo da Luz. A primeira já foi tema de uma postagem do blog. A segunda,
em parceria com a sua mulher na época, Kika Seixas e Cláudio Roberto, é uma música pouco
conhecida, mas muito bonita. Mística, quase religiosa, tão inspirada que os
autores e o cantor parecem ter conseguido uma conexão com Deus.
Confira “O Segredo da Luz”
clicando no link
Roberto Carlos iniciou sua
carreira musical, na verdade, aos 9 anos de idade, quando se apresentou num
programa da rádio de sua terra natal, Cachoeiro do Itapemirim (ES). Ganhou
balas doces por ter se saído bem.
Depois, quando ficou rapaz, o
cantor foi morar no Rio de Janeiro, conheceu Carlos Imperial, Erasmo Carlos,
Tim Maia e outros artistas que tentavam se dar bem vivendo exclusivamente de
música.
Roberto “ralou” um bocado
antes de chegar ao estrondoso sucesso de “Quero que vá tudo pra o inferno”, de
1966.
Sem saber que rumo seguir, o
cantor lançou dois compactos simples no final da década de 50, gravando canções
onde era nítida a influência do baiano João Gilberto, o homem da Bossa Nova.
Em 1961, com o apoio de
Carlos Imperial, compositor, produtor e empresário, Roberto Carlos conseguiu
gravar seu primeiro LP, intitulado “Louco Por Você”.
Neste álbum, RC mantém
ainda a influência de João Gilberto, mas mescla algumas canções na linha da
Bossa Nova, com sambas, boleros e twist, um estilo musical já próximo do rock e
do iê-iê-iê.
“Louco por Você” vendeu
apenas 500 cópias e até hoje é proibido por Roberto de ser relançado, embora
ele tenha trabalhos piores na carreira.
Um dos destaques do LP é a
canção Solo Per Te, uma versão feita por Renato Corte Real.
Pouca gente já ouviu essa
música cantada por Roberto, um bolero bem legal, que como outras canções do
disco de 1961, mereciam uma releitura anos depois, quando o artista já estava
maduro.
Acesse o vídeo do youtube e
confira essa raridade musical. Na imagem aparece a capa do primeiro LP. O rapaz
da foto não é Roberto Carlos.
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