“Ne me quite pas”
(Não me deixes mais) foi eleita várias vezes “a mais bela canção de todos os
tempos”. Pode até ser exagero, pois diante do incontável número de músicas bonitas
ou lindas compostas no Brasil, na França, na Inglaterra, nos Estados Unidos, em
Portugal, na Argentina e em outros países, pode até ter algumas dezenas que
superem a criação francesa de Jacques Brel.
Mas que “Ne me
quite pas” é uma música lindíssima, muito acima da média, disso aí não se tem a
menor dúvida.
Segundo o site A
Mente é Maravilhosa, a canção Trata da história do
próprio cantor e compositor Jacques Brel, “de quando ele foi deixado por sua
noiva Zizou, e se sentiu humilhado”.
Foi gravada em 1959 por Warner Chappell, em seu álbum La Valse à
mille temps. Desde então muitas versões foram gravadas, sendo mais conhecidas as
de Charles Aznavour, Nina Simone, Frank
Sinatra, Júlio Iglesias e Madonna.
A Edith Piaf, uma das maiores cantoras francesas de todos os
tempos também é atribuída uma versão de “Ne me quitte pas”. Existem até vídeos
na internet, com a imagem da artista e uma voz atribuída a ela interpretando a canção
de Brel.
Mas tudo indica que é montagem e sites e veículos da imprensa
escrita sérios asseguram que Edith nunca gravou a famosa música do seu
conterrâneo.
A música também foi gravada em vários idiomas, inclusive no
Brasil, onde foi feita mais de uma versão.
O já citado site A Mente é Maravilhosa (que incluiu Piaf entre
as intérpretes da música), traz ainda as seguintes informações:
“O que está escondido por trás da
triste e, ao mesmo tempo, bela letra desta canção? Uma história dramática, sem dúvida. Jacques
Brel conquistou o público com seu drama no palco, já que ele era elegante e sedutor, fazia
mulheres suspirarem com este idioma tão sensual que é o francês.
“Durante seu tempo como um artista em clubes, ele conheceu uma
mulher chamada Suzanne Gabriello, inteligente, sensual e uma atriz cômica.
Caíram de amores um pelo outro, e não hesitaram em iniciar um romance. No
entanto, ao mesmo tempo, esse sentimento se traduziu em ódio, por várias
razões. A “noiva” de Brel era morena e tinha uma bela risada. Ele se entregou
completamente a ela durante cinco anos, mas foram cinco anos cheios de
mal-entendidos, intrigas e muito mais. É um tipo moderno de amor proibido,
estranho e apaixonado de Paris. A história entre Brel e Zizou é muito melodramática”.
No Brasil o cearense
Raimundo Fagner fez uma rica versão da canção francesa e interpretou a música
com rara felicidade. Na verdade arrasou, como fez quando musicou o poema
Fanatismo, de Florbela Espanca.
Outros cantores
brasileiros gravaram “Ne me quitte pas” no original e fizeram bonito,
principalmente Maysa, Alcione e (parece mentira) Roberta Miranda.
Maria Gadu, apesar
de ser uma excelente cantora, não foi tão feliz na sua interpretação da canção
de Jacques Brel. Ela dá um tom dançante ao drama, puxando para o tango
argentino, que sinceramente não me agradou.
Aguinaldo Timóteo e
Altemar Dutra também gravaram uma versão da música (Se eu partir), atendendo um
público mais específico ou menos exigente.
Uma canção gravada
por tantos artistas importantes na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil só
podia mesmo ser excepcional e ter uma grande história por trás.
É o caso de “Ne me
quitte pas”.
De brinde para o
leitor, que pode por instantes esquecer as agruras da política e da difícil
situação financeira do país, disponibilizamos a música francesa em dois vídeos
do YouTube. No primeiro na voz de Maysa, no original, no segundo a versão feita
por Fagner/Fausto Nilo. É só clicar nos links abaixo.
1º)https://www.youtube.com/watch?v=pQCun8kl6oM (vídeo de Maysa
na TV Cultura, reproduzido no programa
Fantástico)
2º) https://www.youtube.com/watch?v=QZ-MhCJJ4XM (no vídeo a voz
de Fagner é “coberta” por belas imagens).
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