Por Cloves Teodorico
A Secretaria de Agricultura e
Abastecimento (SEAA), utilizando dados sobre os índices pluviométricos da
Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), divulgou uma avaliação sobre a
redução das chuvas no mês de junho. A análise mostra que a diminuição é de
56,5%, quando comparado os últimos 10 anos – enquanto a média do mês é de
158mm, choveu apenas 68,6mm.
Em maio deste ano, as chuvas já
haviam ficado 32,5% abaixo da média do referido mês, apontam os números. De
acordo com pesquisas de campo da SEAA, a redução do volume de chuvas provocou
quebra de safra de feijão e milho no município de Garanhuns.
Os resultados indicam ainda que para
os produtores rurais que plantaram feijão, em meados de maio, a quebra de
colheita será superior a 50%. Os agricultores que plantaram no início do mês de
junho devem ter perda de 25% a 30%. No caso do milho plantado na segunda
quinzena do mês de maio, a perda ficará em torno dos 70%; a indicação é que
seja aproveitada apenas a palha para ração animal – aqueles que plantaram no
início de junho devem ter redução de 40%.
O produtor João Jerônimo, do Sítio
Lajeiro, plantou, no dia 15 de maio, dois hectares, sendo um de milho e outro
de feijão. “Com a falta de chuva, não vou colher quase nada. Vários pés de
feijão morreram e os que sobreviveram estão sofrendo agora por causa do frio. O
milho não vou colher nada. Uma tristeza mesmo para todos nós”, diz.
“É importante ressaltar que a redução
da produção de milho e de feijão pode ser ainda maior, caso o regime de chuvas
permaneça abaixo da média ou ocorra alguns dias de veranico, que são dias
seguidos sem chover”, explica o secretário municipal de Agricultura e
Abastecimento, Epaminondas Borges.
Nenhum comentário:
Postar um comentário