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SILÊNCIO E OMISSÃO NA UNIVERSIDADE FEDERAL

Em novo artigo enviado ao blog, o professor Michel Zaidan lamenta o silêncio, a omissão e o corporativismo de dirigentes e colegas da Universidade Federal de Pernambuco, a começa pelo reitor, Anísio Brasileiro, que é garanhuense como ele (Zaidan). O Cientista Político denuncia a perseguição de alunos e a presença da polícia no campus da UFPE com a anuência dos dirigentes da instituição de ensino superior.

Leia o artigo de Michel:

O grupo de amigos, apoiadores, colegas e alunos responsável pelas iniciativas de apoio e solidariedade a minha pessoa, em razão do processo do governador Paulo Henrique Saraiva Câmara, fez uma pequena reunião de balanço sobre a mobilização, dentro e fora da UFPE, que resultou na audiência pública, ampliada, do dia 11 de novembro, no Fórum Joana Bezerra. Como era de se esperar, a avaliação do movimento foi muito positiva, transformando um simples pedido de interpelação judicial num fato político amplamente divulgado nas redes sociais e na imprensa. Foi quase um consenso o reconhecimento de que o “flashmob”, convocado pelo # “SOMOSTODOSZAIDAN”, teve uma influência decisiva sobre o comportamento dos atores, na realização da audiência e seus resultados, a ponto de levar o Juiz, Francisco Galindo, a se dirigir à audiência pública explicando passo-a-passo o que se passava no recinto. As imagens dessa bonita mobilização foram postadas nas redes sociais e estão disponíveis para serem vistas, bem como vídeos sobre a fala do magistrado e outros participantes.

O principal ponto de discussão foi o silêncio e a omissão dos dirigentes da UFPE, apesar dos pedidos da comissão que foi à Reitoria da UFPE (existe imagens dessa comissão e de depoimentos de seus integrantes) solicitar um posicionamento da instituição em relação à defesa da liberdade de expressão. 

A despeito das promessas e da encenação, nenhum pronunciamento foi feito ou publicado pelos responsáveis pela administração universitária. Idêntico silêncio foi o adotado pelo sindicato dos docentes (ADUFEPE), pela diretoria do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e pelo meu departamento.


Essa triste constatação me levou a crer que os métodos empregados pelo reitor e seus colaboradores (e serventuários) na última eleição – o clientelismo, o fisiologismo, o troca-a-troca de cargos, núcleos de pesquisas, nomeações por voto, terminaria por minar moralmente a comunidade acadêmica, quando fosse necessário obter dela uma manifestação pública contra o arbítrio e a violência cometida contra os cidadãos e cidadãos. Mas o que esperar de professores, coordenadores, diretores e pró-reitores sempre dispostos a apoiar a entrada da polícia (federal e militar) no Campus Universitário, para perseguir os alunos ou a privatização da gestão universitária? 

Para usar a expressão do filósofo alemão Frederico Nietzsche: os filisteus só cuidam de sua carreira, dos êxitos e sucessos profissionais, do “curriculum Lattes” (o que não morde) e de mais nada. São corporativistas. Preocupam-se acima de tudo em galgar a hierarquia acadêmica, através de pequenos e grandes acordos. O resto pode vir abaixo. Estudantes se jogam do alto dos institutos, o lixo se acumula na porta dos centros, alunos são perseguidos por professores, outros são assaltados e estuprados, e o reitor só se preocupa com a instalação de câmeras, com a presença da polícia, com a criminalização do movimento estudantil, de passar a perna na Comissão de Direitos Humanos, da UFPE, em nomear os amigos e aliados para cargos de direção e de órgãos suplementares da UFPE e em exigir fidelidade absoluta ao Chefe de seus auxiliares imediatos.

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