Do professor Michel Zaidan:
Este é o título (A Condição Humana) de uma das
mais famosas obras do escritor francês, André Maulraux, ex-ministro da Cultura da França, que trata do massacre de
militantes comunistas na Indochina provocado pela traição de Chiam Ka Check,
líder da China nacionalista. O título dessa obra quer definir a essência da condição humana: a
solidão. Tratando dos militantes que foram dizimados pelas tropas de Formosa,
dizia o escritor que, apesar da causa que os unia, os bravos militantes morriam...sozinhos.
A triste constatação é a
mesma feita por Aldous Huxley, quando afirmou que os cristãos entravam de mãos
dadas na arena romana, mas morriam sozinhos. Essas considerações vieram à baila
a propósito dos processos movidos pelos políticos de Pernambuco contra seus
críticos. E aqui a principal lembrança é a dos processos do ex-governador, hoje
deputado federal, que apareceu beijando o filho nas redes sociais. Este
rancoroso político moveu dois processos e uma interpelação judicial contra mim.
Um em cada mandato.
Durante esse tormentoso
período, vinha recebendo o apoio moral de um famoso advogado, participante
assíduo de comissões federais, ora do Congresso ora do poder Executivo. Qual
não foi a minha surpresa diante da reação desse operador do Direito, quando
ingenuamente recorri à sua rica banca de advocacia: disse ele que jamais
advogaria contra os amigos e que, ademais, não via nada de errado ou reprovável
no programa de privatização do governo estadual. Que procurasse, portanto,
outros advogados. Foi quando me dei conta de que estava sozinho. De que não
adianta esperar nada desses amigos de ocasião para me defender do autoritarismo
do mandatário de Pernambuco. Ainda bem, que o então Presidente da OAB assumiu o
patrocínio da causa e suspendeu a ação.
Agora é diferente. O atual responsável pela
administração do estado é um técnico desconhecido, parente em quinto grau do governador
falecido e recrutado por ele do Tribunal de Contas do Estado. Não se trata de um político, banhado pela
aura de bom administrador e popularidade, mas de um auditor que não audita, não
controla, não fiscaliza sequer as contas da gestão em que deteve o cargo de
Secretário da Fazenda. Não consegue explicar a situação falimentar das contas
públicas do Estado, nem o rombo de 8 bilhões de reais herdados de seu
benfeitor. É um gestor que responde às críticas e cobranças de seus de seus
concidadãos e concidadãs com processos, sem ao menos indicar a razão, o motivo
dessas interpelações.
Dessa vez, não estou
sozinho. Há um intenso e participativo movimento (Flashmob) de amigos, pessoas,
advogados, professores, gente de boa vontade que promete encher os corredores
do Fórum Joana Bezerra, no dia 11 de novembro. A Câmara Municipal do Recife se
comunicou, avisando de uma moção de desagravo contra o governador. Gabinete de
deputados, da Assembleia, também. Agora,
a situação mudou. Não sou eu o culpado pelo descalabro administrativo do Estado
de Pernambuco. Não me beneficiei com isso, nem politicamente, nem
economicamente. Como dizia o filósofo, quem aceita o cargo, aceita também os
encargos. Pesados encargos estes, de explicar aos eleitores o sentido da imensa
fraude política e eleitoral em que resultou essa malfada campanha eleitoral
coordenada pelos mortos-vivos para oprimir, assustar, perseguir os que teimam
em viver honestamente e com liberdade em seu lugar.
Notei que o professor Michel Zaidan melhorou a escrita, de ontem pra cá. - Mas, Zaidan quer ser uma das vítimas de Chiang Kai-shek (o nome do ex-ditador chinês é escrito assim). - 2. Por outro ângulo: de comum com os massacrados pelo ex-líder chinês, Chiang Kai-shek, Michel Zaidan só tem a condição humana! Como nós todos temos. - 3. Não precisamos saber chinês, mas é bom sabermos os nomes dos personagens que citamos. - Assim também, André Malraux (André Georges Malraux) não tem aquele "u" lá de cima. - E outra: os mortos vivos não têm hífen. - São mortos vivos! - E só! /.
ResponderExcluirMuito pior do que Chiang Kai-shek foi Mao Tsé Tung. Era um assassino e pedófilo, certamente o pior tirano de todos os tempos, sobretudo no sangrento século XX. Matou cerca de 75 milhões de almas. De tiros ou de fome. Já Marlaux, foi um empedernido stalinista, outro dos maiores tiranos e assassinos do século XX.
ResponderExcluirMas processar o professor é sacanagem. E estes caras são medíocres mesmo e querem fundar uma oligarquia familiar no estado, ou seja, coisa da República Velha. Eduardo Campos começou nos braços do avô Arraes, que se dizia progressista. Duas lástimas! Que devem sim ser desmistificadas.
Neste caso estou com você velho Michel. Abaixo a oligarquização do estado. Pernambuco nunca se prestou a isso. Por essas e outras nem votei para governador. Um nos braços do petismo, outro no arraesismo. A que ponto chegamos?
Perguntar não ofende: - Pergunto ao senhor Rafael Brasil em quem ele votaria, hoje, pra governador de Pernambuco! - Seria Mendonça Filho? Armando Monteiro? Jarbas Vasconcelos? - Todos os aqui citados, sempre se mostraram pior do que o ex-governador Miguel Arraes de Alencar! - Na política de Pernambuco NÃO conheço nenhum que tenha a coerência e a serenidade que teve o doutor Miguel Arraes de Alencar. – 2. Roberto Magalhães é maluco. – Marco Maciel, puxa-saco de militares e submisso a qualquer poder. – Joaquim Francisco também sempre beijou as botas dos milicos! – Miguel Arraes foi altivo diante dos milicos de 1º de abril de 1964. - E continuou altivo e coerente em toda a sua vida! - Morreu sendo homem digno, reconhecido até pelos próprios adversários! - Quem tiver argumentos que me conteste! - É ISSO! /.
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