Do cientista político Adriano Oliveira, no
Blog de Inaldo Sampaio:
As eleições para as presidências da Câmara
dos Deputados e da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (ALEPE)
chamaram intensamente a atenção da mídia e, por consequência, de parte da
opinião pública. Ambas as disputas tinham atores relevantes concorrendo à
presidência.
Eduardo Cunha (PMDB) e Guilherme Uchôa (PDT)
não precisaram do tradicional apoio do chefe do Poder Executivo para conquistar
a preferência dos parlamentares. Cunha construiu o seu favoritismo para a
eleição da presidência da Câmara através da instalação de laços de proximidade
com os parlamentares, em particular, os denominados do baixo clero. Eduardo
Cunha representa uma árvore que proporciona “sombra” aos deputados diante das
necessidades da vida parlamentar.
Guilherme Uchôa também é uma árvore que
proporciona “sombra” aos parlamentares perante os desafios do cotidiano. Mas
além da “sombra”, Uchôa é árduo defensor das demandas dos parlamentares,
independente de qual sigla o deputado pertença. Além disto, Guilherme Uchôa é
um escudo para qualquer questionamento feito por parte da imprensa ao Palácio
Joaquim Nabuco ou a qualquer parlamentar.
Era previsível o sucesso eleitoral de Eduardo
Cunha e Guilherme Uchôa. Porém, Dilma Rousseff, presidente da República, e os
seus estrategistas, optaram por enfrentar Eduardo Cunha e escolheram Arlindo
Chinaglia (PT) como o seu concorrente. Segundo a imprensa, a presidente e os
pensadores do governo agiram intensamente para derrotar Cunha. Portanto, o
sucesso eleitoral de Eduardo Cunha representou a derrota de Dilma Rousseff.
Em Pernambuco, Paulo Câmara, governador, não
se pronunciou publicamente quanto à sua preferência na disputa pela presidência
da ALEPE. O seu partido, o PSB, optou, publicamente, pela neutralidade e não
lançou candidato à presidência da ALEPE. Diante deste quadro, parlamentares do
PSB votaram majoritariamente em Guilherme Uchôa. Em razão de Câmara não ter
declarado apoio publicamente a nenhum competidor e nem o PSB ter ofertado
candidato, o sucesso eleitoral de Uchôa não representa a derrota de Paulo
Câmara.
Entretanto, considero que o sucesso eleitoral
de Diogo Moraes (PSB) na disputa pela primeira-secretaria da ALEPE sugere
desavenças no PSB. Os estrategistas dos PSB expuseram, desnecessariamente, as
fissuras do partido ao decidirem apresentar candidato para a
primeira-secretaria.
Dilma Rousseff, como presidente, tinha,
teoricamente, a obrigação de lançar candidato à presidência da Câmara. E assim
fez e perdeu. Paulo Câmara, diante do cargo, também tinha teórica obrigação.
Porém, optou por não enfrentar publicamente o poder de um aliado histórico do
PSB e uma grande árvore que oferta sombra a todos.
*Adriano Oliveira é professor e cientista político.
"Uma grande árvore que oferta sombra a todos". O Sr. Eduardo Cunha defende o baixo clero sim.UM DEPUTADO FEDERAL TEM QUE GANHAR IGUAL A UM JUIZ DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. R$ 35.900,00.Que coisa,hein!
ResponderExcluirEnquanto que o TRABALHADOR ASSALARIADO tem que se contentar com uma salário mínimo de R$ 788,00.Profundamente lamentável. Que absurdo.Parabéns, PMDB.
Os dois homens que falaram VERDADES: Dr.Jarbas de Andrade Vasconcelos e PE e Dr. Pedro Simon do RS.
Não pense Eduardo Cunha que vai conseguir meter os pés pelas mãos nas nossas conquista, os espaços do povo serão ocupados, as praças e ruas, para defendermos os nossos interesses.
ResponderExcluirA única saída para impedir um Golpe à paraguaia que esta a caminho. O povo precisa se dar conta do que esta em jogo! Se ficar de braços cruzados os 55 milhões de votos serão caçados. MOBILIZAÇAO JÁ.
ResponderExcluirTemos de enfrentar a elite nas ruas e na internet.
ResponderExcluirSe Eduardo Cunha é derrota para o PT, estamos mal mesmo, hein
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