Do Professor Carlos Janduy:
Para
os admiradores do ator, escritor, comediante, dramaturgo e diretor, que
enxergaram nele um gênio, um sentimento profundo de pesar... Pois é, pois, pois
é... Para quem não pôde ver isso, apenas uma notícia de falecimento... Isso,
isso, isso...
Sem
querer, querendo, talvez, Roberto Goméz Bolaños conquistou a América Latina com
seus personagens. Tinha que ser o Chaves, mesmo!
O
codinome Chesperito, forma diminutiva e castelhanizada da palavra inglesa
Shakespeare, foi dada, pelo diretor de cinema Agustín Delgado, que o considerava
um pequeno Willian Shakespeare, capaz de escrever histórias tão prolíficas e
versáteis quanto o autor inglês. Exagero de Agustín? Claro que não!
Acertadamente uma justa homenagem. Sigam-me os bons, que concordarem com ele e
comigo.
Já
notaram que os atores dos seus seriados atuaram todos por igual? Genialidade
conseguida por Roberto.
Seu
programa ganhou o título de Número 1 da televisão humorística. Suas séries lhe
trouxeram grande prestígio, garantindo-lhe reconhecimento como um dos
escritores comediantes mais respeitados do mundo.
A
primeira vez que assisti a uma de suas séries, o Chapolin Colorado, foi ao lado
dos meus filhos Carol e Lucas. Hoje, mais de duas décadas depois, eu continuo
me divertindo... Costumo dizer, sem me importar com o balançado de cabeça de
algumas pessoas, que as séries de Bolaños, é mais do que um entretenimento, é
um relaxante muscular... e até mental. Vai ver, eu conto sempre com minha
astúcia, ou melhor, com a astúcia dele... Sabe, eu sempre me aproveitei da sua
nobreza.
Já
ouvi alguém fazer o seguinte comentário: “o seriado Chaves é politicamente
incorreto...” e começou a citar algumas coisas que são apresentadas no
programa; aí eu pensei cá com meus botões: o que não é politicamente correto
quando as virtudes superam o olhar apenas crítico? Bom, esse comentário não
mudou nada, pra mim, em relação ao seriado. E se ninguém tem paciência com ele,
que o compreenda primeiro, antes de criticá-lo. (Por que será que ele faz
sucesso em mais de 90 países?)
Já
ouvi também dizerem: “como é que se assiste uma leseira dessa!” Ah, Chaves, se
soubessem de tuas verdadeiras intenções!
Dos
depoimentos apresentados durante a homenagem que a emissora de Silvio Santos
fez a Roberto Bolaños, no SBT Brasil, as falas do renomado publicitário
Washington Olivetto e grande jornalista Hermano Henning representaram o que eu
gostaria de expressar. Disse o primeiro: Roberto Bolaños é um daqueles exemplos
de profissional de comunicação completo, com uma enorme capacidade de escrever,
dirigir, interpretar, compor canções, enfim, um homem com a capacidade de atuar
e dominar toda a comunicação, e mais do que isso, com uma enorme capacidade de
ter uma linguagem extremamente humana, capaz de atingir, particularmente, as
camadas mais humildes da população, e não de uma determinada população, mas de
todas as populações”. Já Henning fez o seguinte comentário: “...Ele criou uma
identidade conosco muito sensível, muito efetiva... inclusive fazendo com que a
própria história do SBT tenha um pouquinho de Chaves.”
Sua
esposa Florinda Meza foi feliz, quando se referiu ao marido, dizendo, “...vou
parecer muito pouco original, mas uma boa mensagem seria usar as frases do
Roberto, que além de ser um bom escritor, é um grande filósofo: “a vida é muito
difícil, viver não é fácil, e conviver é ainda mais difícil”. Então faça como o
Chompiras (um dos seus personagens): “levem a vida pelo lado amável... levem a
vida pelo lado amável” e façam igual ao Chapolin Colorado: “sigam-me os bons”.
É preciso ser bom... senão, não me sigam (risos da atriz).
Certamente,
todos nós fãs, “o seguimos... seguimos e o amamos... há muitos anos...”
Diz
o trecho da letra de uma música cantada por Talia, quando da homenagem feita
pela América Latina, a Bolaños, em 2012: “...Grato por ser amigo que sempre me
espera no mesmo lugar.” E eu digo, obrigado, Roberto Bolaños por existir para
sempre! “As pessoas queridas não morrem, ficam encantadas”, frase de Guimarães
Rosa, que tão bem foi utilizada por Joseval Peixoto, no encerramento do Jornal.
Carol,
Lucas, Jéssica, não sei se continuam, como eu, assistindo insistentemente ou
quando podem, aos episódios do Chaves, mas, se deixarem, Pietra vai entrar para
o meu clube particular de fã incondicional de Roberto Bolaños e todos os seus
personagens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário