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Posso avaliar a intensidade
da frustração que lhe corrói a alma e embota o raciocínio. Deve ser mesmo duro
perder uma eleição quando se tem ao seu lado a cobertura parcial, pusilânime e,
como no caso da Veja às vésperas das eleições, criminosa do monopólio midiático
brasileiro. O trabalho dos pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, o chamado "Manchetômetro", é a prova cabal do linchamento
midiático a que foi submetida a presidenta Dilma e do céu de brigadeiro que foi
oferecido ao senhor pela mídia mais velhaca do planeta.
O mercado financeiro, os rentistas, aquela turma que "não dá prego em barra de sabão", também cerrou fileiras junto ao senhor. E cerrou para valer. Especularam sem pudor, fizeram a bolsa e o dólar subir e descer ao sabor das pesquisas, repetindo o terrorismo do qual Lula foi vítima em 2002. Boa parte dos grandes capitalistas brasileiros também o apoiaram. Tudo isso temperado por um sentimento antipetista, xenófobo, intolerante, preconceituoso e obscurantista jamais visto neste país. Nesse cenário, é até compreensível que o senhor acalentasse o sonho de ser o próximo presidente da República.
No entanto, como para seu partido o povo não conta, o senhor desprezou as inúmeras realizações dos governos de Lula e Dilma, as 40 milhões de pessoas que deixaram a miséria e a pobreza absolutas, o recorde na criação de empregos, a defesa dos salários, a política de valorização permanente do salário mínimo, o Minha Casa, Minha Vida, o Ciência sem Fronteiras, o Prouni, o Pronatec, as obras de infraestrutura, as mais de um milhão de cisternas construídas no Nordeste, o enfrentamento da crise econômica internacional preservando as conquistas do povo, a política externa soberana.
Sua dor hoje talvez fosse menor se seus marqueteiros e estrategistas tivessem lhe alertado para o fato de que os movimentos social e sindical estavam com Dilma e que a juventude das jornadas de junho voltara às ruas para apoiar a presidenta, temerosa do retrocesso brutal para o país que uma eventual vitória do senhor representaria. O setor de inteligência da campanha tucana tinha a obrigação de prever que sua concorrente usaria com competência o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, na prática o único período em que o monopólio da mídia é quebrado no Brasil, para mostrar suas realizações e dinamitar sua fama de bom gestor público.
Como, provavelmente, nada disso aconteceu, o senhor caiu do cavalo no dia 26 de outubro. Vamos combinar que o tombo foi feio mesmo. Mas custava adotar um comportamento minimamente democrático e republicano depois da derrota ? Além de se revelar um péssimo perdedor, o senhor a cada dia dá mais razão aos que acham que sua negativa em aceitar a derrota é sintoma de uma estranha patologia política, em que a derrota sobe à cabeça.
Devemos admitir, porém, que o senhor conseguiu uma proeza : deixar para trás, no quesito obscurantismo, o seu correligionário José Serra, também derrotado em 2010. Muitos chegaram a pensar que o Brasil não veria tão cedo um candidato lançar mão de táticas e estratégias tão baixas como Serra. Ledo engano. Quatro anos depois, a falta de compostura política exibida pelo senhor e o ódio que dispensa a quem cometeu o crime imperdoável de superá-lo em número de votos, acabou empurrando até o senador eleito por São Paulo para o time dos que pretendem fazer oposição republicana ao governo.
Já se passaram 36 dias da sua derrota. E nesse período o senhor não fez outra coisa a não ser dar vazão a um ressentimento doentio, apontando o dedo acusador para quem lhe venceu. Um dia pede ao TSE a recontagem de votos, no outro acusa o governo de crime de responsabilidade por não cumprimento de meta fiscal e defende o impeachment de Dilma, o que faz também ao explorar a Operação Lava Jato. Na mesma linha golpista, pede a reprovação das contas da presidenta e, infâmia das infâmias, acusa o PT de ser uma organização criminosa.
Além de faltar com o respeito com os mais de 54 milhões de eleitores que votaram na candidata do PT e caluniar os mais de um milhão de filiados ao partido, seus militantes, dirigentes, vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e a presidenta Dilma, esse tipo de ataque só aumenta a convicção de que o senhor é um caso perdido para a nobre causa da convivência democrática. Espero que o PT, conforme anunciou Rui Falcão, presidente do partido, vá as últimas consequência no processo criminal que pretende mover. Vamos ver se nos tribunais o senhor mantém a arrogância e falta de civilidade costumeiras.
Da minha parte, fico a pensar na sua suprema cara de pau, em como seu udenismo moralista não resiste a mais banal confrontação com a realidade. Sua trajetória como político, sua passagem pelo governo de Minas e os fatos que vieram à tona na campanha eleitoral, nas redes sociais, e até na imprensa que lhe protege, deixam claro que o senhor, dono de um gigantesco telhado de vidro, não tem a mínima autoridade moral para dar lição de ética em quem quer que seja. Nessa toada, porém, a história lhe fará justiça, reservando-lhe a galeria destinada aos políticos demagogos, pequenos e mesquinhos. Que assim seja.
Cordialmente,
Bepe Damasco
O mercado financeiro, os rentistas, aquela turma que "não dá prego em barra de sabão", também cerrou fileiras junto ao senhor. E cerrou para valer. Especularam sem pudor, fizeram a bolsa e o dólar subir e descer ao sabor das pesquisas, repetindo o terrorismo do qual Lula foi vítima em 2002. Boa parte dos grandes capitalistas brasileiros também o apoiaram. Tudo isso temperado por um sentimento antipetista, xenófobo, intolerante, preconceituoso e obscurantista jamais visto neste país. Nesse cenário, é até compreensível que o senhor acalentasse o sonho de ser o próximo presidente da República.
No entanto, como para seu partido o povo não conta, o senhor desprezou as inúmeras realizações dos governos de Lula e Dilma, as 40 milhões de pessoas que deixaram a miséria e a pobreza absolutas, o recorde na criação de empregos, a defesa dos salários, a política de valorização permanente do salário mínimo, o Minha Casa, Minha Vida, o Ciência sem Fronteiras, o Prouni, o Pronatec, as obras de infraestrutura, as mais de um milhão de cisternas construídas no Nordeste, o enfrentamento da crise econômica internacional preservando as conquistas do povo, a política externa soberana.
Sua dor hoje talvez fosse menor se seus marqueteiros e estrategistas tivessem lhe alertado para o fato de que os movimentos social e sindical estavam com Dilma e que a juventude das jornadas de junho voltara às ruas para apoiar a presidenta, temerosa do retrocesso brutal para o país que uma eventual vitória do senhor representaria. O setor de inteligência da campanha tucana tinha a obrigação de prever que sua concorrente usaria com competência o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, na prática o único período em que o monopólio da mídia é quebrado no Brasil, para mostrar suas realizações e dinamitar sua fama de bom gestor público.
Como, provavelmente, nada disso aconteceu, o senhor caiu do cavalo no dia 26 de outubro. Vamos combinar que o tombo foi feio mesmo. Mas custava adotar um comportamento minimamente democrático e republicano depois da derrota ? Além de se revelar um péssimo perdedor, o senhor a cada dia dá mais razão aos que acham que sua negativa em aceitar a derrota é sintoma de uma estranha patologia política, em que a derrota sobe à cabeça.
Devemos admitir, porém, que o senhor conseguiu uma proeza : deixar para trás, no quesito obscurantismo, o seu correligionário José Serra, também derrotado em 2010. Muitos chegaram a pensar que o Brasil não veria tão cedo um candidato lançar mão de táticas e estratégias tão baixas como Serra. Ledo engano. Quatro anos depois, a falta de compostura política exibida pelo senhor e o ódio que dispensa a quem cometeu o crime imperdoável de superá-lo em número de votos, acabou empurrando até o senador eleito por São Paulo para o time dos que pretendem fazer oposição republicana ao governo.
Já se passaram 36 dias da sua derrota. E nesse período o senhor não fez outra coisa a não ser dar vazão a um ressentimento doentio, apontando o dedo acusador para quem lhe venceu. Um dia pede ao TSE a recontagem de votos, no outro acusa o governo de crime de responsabilidade por não cumprimento de meta fiscal e defende o impeachment de Dilma, o que faz também ao explorar a Operação Lava Jato. Na mesma linha golpista, pede a reprovação das contas da presidenta e, infâmia das infâmias, acusa o PT de ser uma organização criminosa.
Além de faltar com o respeito com os mais de 54 milhões de eleitores que votaram na candidata do PT e caluniar os mais de um milhão de filiados ao partido, seus militantes, dirigentes, vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e a presidenta Dilma, esse tipo de ataque só aumenta a convicção de que o senhor é um caso perdido para a nobre causa da convivência democrática. Espero que o PT, conforme anunciou Rui Falcão, presidente do partido, vá as últimas consequência no processo criminal que pretende mover. Vamos ver se nos tribunais o senhor mantém a arrogância e falta de civilidade costumeiras.
Da minha parte, fico a pensar na sua suprema cara de pau, em como seu udenismo moralista não resiste a mais banal confrontação com a realidade. Sua trajetória como político, sua passagem pelo governo de Minas e os fatos que vieram à tona na campanha eleitoral, nas redes sociais, e até na imprensa que lhe protege, deixam claro que o senhor, dono de um gigantesco telhado de vidro, não tem a mínima autoridade moral para dar lição de ética em quem quer que seja. Nessa toada, porém, a história lhe fará justiça, reservando-lhe a galeria destinada aos políticos demagogos, pequenos e mesquinhos. Que assim seja.
Cordialmente,
Bepe Damasco
Gostei demais da cronica,cara bepe,voce fala exatamente o que a maioria dos brasileiros que tem conciencia,queriam falar,obrigado pela explanaçao.vamos pra frente.
ResponderExcluirBravo Aécio, bravo! essa foi “a derrota mais festejada” que nós já vimos. há um novo clima em suas fileiras e que, graças à combatividade na luta e na defesa do passado, o “nosso povo” foi às ruas e às redes sociais. Vamos em frente gente, ela vai cair, é uma questão de tempo!
ResponderExcluirO que complica a situação para Dilma Rousseff, e principalmente para o país, é precisamente Dilma Rousseff. Sua inclinação para a 'gerência', sua paixão por frases que não acabam e por pensamentos que não começam escondem o fato essencial: seu despreparo para o cargo.
ResponderExcluirNINGUÉM imaginava que apareceria outro embusteiro, capaz de superar a arrogância desmedida do Zé Serra. – Porém, apareceu o Aécio do Pó. - Mas, felizmente, esse Aébrio, NUNCA mais será candidato a presidente da República do Brasil. - E, por óbvio, de nenhum outro país. - Fora, traste odiento!! - De parabéns quem escreveu o artigo. - E o Roberto, aqui, que o publicou, citando a fonte, claro. - Aplausos, também, para quem comentou às 15h10! /.
ResponderExcluirBepe Damasco: primeiro, parabéns. Depois, eu pensava a cada dia, comprava revistas sérias e lia e agora leio ainda mais o que, contudo, precisaria de um livro, embora não tão grande, para expressar caluniadores como o perdedor das eleições presidenciais. Bepe, com que simplicidade você (me desculpe a liberdade) em poucas palavras, discerniu com tanta competência e clareza o que eu demoraria uma semana pesquisando para escrever muito menos o que você, com sua lucidez e competência, escreveu para todos nós.
ResponderExcluirEU LI O TEXTO TODO REFLETINDO BEM CADA PALAVRA PRONUNCIADA. MAS QUEM JOGOU O AÉCIO NEVES A FALAR E ESCREVER TANTAS COISAS CONTRA O GOVERNO FORAM OS ERROS DO PT GOVERNO E SEUS ALIADOS.
ResponderExcluirNA OPOSIÇÃO O PT CRITIVA TUDO ISTO E MAIS ALGUMA COISA.O POVO EM GERAL TEM MEMÓRIA SIM. ATRIBUIR A CRISE INTERNACIONAL OS PROBLEMAS FINANCEIROS COM UM PIB PEQUENO DE 0,8% PROJEÇÃO FEITA PELO PRÓPRIO GOVERNO PARA 2015 NÃO AS OPOSIÇÕES E MUITO MENOS O AÉCIO NEVES.
A CRISE, QUERIDO, FOI GERADA PELOS 34 DEPUTADOS FEDERAIS DO PT E SEUS ALIADOS E QUE AS OPOSIÇÕES APENAS SE JUNTARAM EM 2010 E DERAM UM AUMENTO NUNCA VISTO NO REGIME MILITAR E NA DITADURA QUE, SIMPLESMENTE, CADA UM DELES CUSTOU A NAÇÃO BRASILEIRA R$ 10.000,00 (DEZ MIL REAIS DE AUMENTO).
QUEM PAGA TODOS OS SERVIDORES MUNICIPAIS,ESTADUAIS E FEDEREAIS É O GOVERNO FEDERAL COM O REPASSE DO FPM E FPE.
AS CONTAS PÚBLICAS EXPLODIRAM E ESTORARAM A META PRIMÁRIA DO GOVERNO. FORAM ANUALMENTE PARA MAIS DE 8 BILHÕES DE REAIS.
A LEI DE RESPONSABILIDADE QUE O PT VOTOU CONTRA NA ERA DE FHC FOI AGORA PARA O BELELEU. TOMOU DORIU.O CPMF QUE O PT VOTOU CONTRA NA ERA DO MAIOR MÉDICO CARDIOLOGISTA DR. ADIB JATENE FOI DERROTADA PELO PT.
TANTO FHC COMO LULA DURANTE 16 ANOS NÃO INVESTIRAM O DINHEIRO ARRECADADO NA SAÚDE PÚBLICA . SENÃO O SISTEMA HOJE NÃO TERIA FALIDO EM TODO O BRASIL.
QUEM É OPOSIÇÃO TEM QUE FAZER ESSE PAPEL MESMO. GOSTE OU NÃO GOSTE. SE HOJE O AÉCIO NEVES FOSSE PEDIR ARREGO A DILMA E O PT , OS OPOSICIONISTAS CHAMAR-LH-IA DE COVARDE.
ESSA OPOSIÇÃO QUE NÓS ACHAMOS DESNESSÁRIA O QUE NÃO É, QUEM ENSINOU FOI O PT . TUDO O QUE FALA HOJE E SE ACUSA O PT JÁ PRATICOU E ENSINOU A TODOS NÓS.
QUERIDO, EM JANEIRO DE 2015 O BRASIL VIVERÁ O MESMO FILME DE 2011. AGUARDE UM MOMENTO QUE, BREVEMENTE, OS NOSSOS DEPUTADOS FEDERAIS E DO PT E SEUS ALIADOS QUE SÃO MAIORIA IRÃO MAIS UMA VEZ APROVAR O AUMENTOS DE TODOS OS POLÍTICOS DO BRASIL QUE DEVERÁ SER EM TORNO NO MÍNIMO DE 34,34%. MAS O SALÁRIO MÍNIMO SUBIRÁ APENAS R$ 56,00 (CINQUENTA E SEIS REAIS) QUANDO TUDO,MAS TUDO MESMO JÁ SUBIU E SUBIRÁ MAIS UMA VEZ.
A QUESTÃO DA PETROBRAS COM A OPERAÇÃO LAVA JATO É APENAS UMA PONTE DO INCEBERG QUE FOI MAIS UMA VEZ ALIMENTADO PELO TESOUREIRO DO PT . ELES EM NADA APRENDERAM COM OS ERROS DO PC FARIAS E DO DELÚBIO SOARES, SIMPLESMENTE, PRATICARAM AS MESMAS COISAS.
OS PROBLEMAS DO BRASIL SÃO MUITOS, O POVO CANSA. A REELEIÇÃO DO PODER EXECUTIVO FOI E CONTINUA UMA DERROTA PARA OS ELEITOS, POIS OS SEUS PROBLEMAS RECAEM NO COLO DE QUEM SE REELEIGEU. O RESTO É RESTO!