Paulo Francis estava sob a enorme pressão resultante
de um processo judicial ardilosamente proposto contra ele nos Estados Unidos
por suposta calúnia
contra a Petrobras.
Pouco antes, no Programa de TV a cabo do qual
participava, o Manhattan Connection, transmitido pela GNT, à época, Paulo
Francis sugeriu a
privatização da Petrobras e chamou atenção para o fato de que seus diretores
desviavam dinheiro para contas na Suíça, e era preciso investigar. Contudo,
Francis não tinha provas. Jornalistas geralmente não as têm. Suas fontes são,
em geral, secretas. Elas dizem o que sabem, vivem e veem, e por temerem por
suas vidas preferem ficar no anonimato. Nesses casos estamos diante das
chamadas “provas diabólicas”: excessivamente difíceis de serem
produzidas. A credibilidade de
Francis e a solidez do Programa deveriam ser suficientes para dar sustentação à denúncia e justificar a
investigação no Brasil. O que não ocorreu, e tivemos que esperar até muito
recentemente para que os mandos e desmandos da Petrobras começassem
a ser investigados.
Após a denúncia de Paulo Francis, os sete diretores
da Petrobras, liderados pelo então Presidente, Joel Rennó, decidiram cobrar
reparação judicial
pelo suposto dano moral resultante da calúnia que alegaram ter sofrido e, para
tanto, buscaram o Poder Judiciário dos Estados Unidos, conhecido pela receptividade
desse tipo de ação e por fixar indenizações milionárias. Os diretores da
estatal fizeram o que em Direito se chama de “forum shopping”, isto é, recorrer
ao judiciário de um país cuja legislação é mais favorável e as decisões dos
tribunais mais palatáveis ao caso que se pretende ver julgado.
E assim foi. A Justiça americana mandou Paulo
Francis indenizar os diretores em 100 milhões de dólares, mais custas e honorários.
Muitos brasileiros ilustres, em vão, bateram na
porta do Presidente Joel Rennó para que desistisse de cobrar de Francis – que
não tinha os meios
necessários. Francis, em seu calvário melancólico pós-sentença, começou por transferir
sua dor moral para uma simples bursite e desta migrou, definitivamente, para
uma bomba no seu coração. Lá se foi a figura agridoce mais extraordinária de
todos os tempos e um “gentleman” como não se viu mais.
E como seguir agora sabendo que era tudo verdade? E, o pior: a roubalheira era muito maior e que não tão poucos por tanto tempo roubaram tudo que podiam.
Paulo Francis merece ter sua memória recomposta. Sem lhe fazer justiça estamos fadados e nos igualar aos seus algozes. É o mínimo que podemos fazer por ele. Para tanto, é preciso que seus herdeiros e sucessores voltem ao Poder Judiciário americano com uma ação de recuperação da imagem e erro judicial – frente às provas de que dispomos agora. É preciso responsabilizar a Justiça americana da morte de Francis, haja vista que nenhuma sentença pode ser proferida sabendo-se que o condenado não teria os meios de pagar – e que seu cumprimento o levaria à ruína. É preciso que a Justiça americana reconheça que foi usada como “forum shopping” por litigantes de má-fé que deveriam ter ingressado com a ação na Justiça da cidade do Rio de Janeiro, sede da Rede Globo de Televisão, responsável pelo programa “Manhattan Connection”, e local onde os diretores da Petrobras viram e sentiram os efeitos e prejuízos (se houve) do que foi dito por Francis.
A Rede Globo também pode tomar essa iniciativa,
afinal de contas o Programa era e é dela.
Errou a Justiça americana. Deixou-se usar à época.
Mas os tempos mudaram lá e cá. Não há que se preocupar com a prescrição.
Esta não atinge a nova demanda nos EUA por justiça a
Francis. Fatos novos apareceram e com eles um mar de lama e provas. Sem
falar que crimes contra os direitos humanos não prescrevem e aqueles do colarinho branco abrem um corredor
direto para a prisão nos Estados Unidos.
Entretanto, até que isso aconteça, fica a sugestão
de buscarmos consolo em uma discreta risada (mesmo sem ninguém ver) em
homenagem a
Paulo Francis, pois ele tinha razão.
*Artigo de Maristela Basso, Professora de Direito Internacional da Faculdade de Direito
da Universidade de São Paulo (Lago São Francisco).
Paulo Francis sempre foi arrogante, odiavam os nordeste os a quem chamava de cangaceiros e vagabundos. Era capinha da Globo e dizia o que a direção da emissora não tinha coragem de dizer. Beneficiado na ditadura militar, há suspeitas quem tenha entregado colegas pra o regime e a tortura. Tomara que apodreça no inferno pois suas acusações na época eram infundadas e maldosas.
ResponderExcluirElogio a esse medíocre jornalista é um escárnio ao país e principalmente ao Nordeste.
O que é pior é que os caluniadores de Paulo Francis estão por aí, alguns até no Congresso Nacional acusando o PT,PMDB e o PP de hoje. Quando aqueles que leem sobre política e acompanham noticiários isentos, sabem que a roubalheira na Petrobrás, e em outras empresas, como Itaipú talvez, a antiga Vale do Rio Doce, hoje apenas Vale, não mais do setor público, vem de longas datas. É preciso ser muito estúpido em acreditar que a roubalheira no Brasil aconteceu apenas nesses últimos anos governados pelo PT. Me lembro que meu pai falava da Construção de Brasília na década de cinquenta. Quando passava um avião, dizia-se "lá vai ele" era com o Presidente Juscelino Kubitschek, não estou aqui afirmando nada contra o Presidente Juscelino, querido por todos os Brasileiros, e que todos bradavam 50 anos em 5. Recentemente foi descoberto um rombo de quase um bi nos trens e metrôs de São Paulo, super faturados e propinas milionárias. O Senador perdedor enfurecido, vem com declarações mentirosas e sórdidas, expressando palavras obscenas e rude contra o povo brasileiro que votou em Dilma, este senhor que, entre os piores talvez seja o pior. Recentemente foi descoberto no Governo do caluniador, falcatruas que chegam perto de 900 milhões, o aeroporto de titio, propagandas do seu Governo feitas por empresas dele próprio e de sua irmã. Quando se tem calo, não se pisa no pé de ninguem. No governo do príncipe FHC, enquanto passeava de helicóptero, ou tomava banho na piscina, segundo ele são essas duas coisas que mais lhe dão saudades, o Brasil era assaltado com as privatizações e o aumento na calada da noite do dólar de 1 real para dois, muitos enriqueceram, e estou falando de bilhões de reais. Portanto que a família de Paulo Francis procure o reparo à honra de seu nome e que esses 100 milhões de dólares sejam pagos pelos profanadores.
ResponderExcluirÉ oportuno lembrar que Joel Rennó teve um dos mais longos "reinados" na Petrobras. - Foram dois anos no governo de Itamar Franco. E mais quatro anos no primeiro mandato do tucano Fernando Henrique Cardoso. - Como vemos, a "roubalheira" na Petrobras vem de muito longe. - NÃO foi inventada pelos governos petistas, não!! /.
ResponderExcluirOs tucanos e os petralhas são duas quadrilhas agora mi processe cabras safados, sou moraes moro em garanhuns e desafio esses defensores desses partidos bandido a mi desafiarem é do jeito que voces quizerem no tiro na faca etc. se aparecer alguem eu dou meu endereço e marco encontro, quem defende esses bandidos são iguais a eles e ponto final. Moraes garanhuns pe.
ResponderExcluirAGORA VAI, AGORA BOTO FÉ ............
ResponderExcluirAgora sim acredito que toda essa podridão do Petrolão, não dará em Pizza.
Se fosse para esperar alguma punição e aplicação da lei por parte da nossa justiça, com certeza seria mais uma pizza das grandes. Mas como os investidores americanos que foram também enganados e roubados por esses bandidos da quadrilha do PT, que assaltaram a estatal, agora vai, agora acredito sim que sejam emfim punidos e pagarão caro por seus crimes.
O LADO RUIM DESSA HISTÓRIA, É QUE DEPOIS DESSAS AÇÕES, A PETROBRAS CORRE SÉRIO RISCO DE IR PRO RALO DEVIDO AS INDENIZAÇÕES MILIONÁRIAS QUE TERÁ QUE PAGAR.....
Agora a cobra vai fumar...................