Garanhuns lembra hoje do assassinato, 57 anos atrás, do
bispo Dom Expedito Lopes pelo padre Hosana. Um fato que teve repercussão em
todo o Brasil e no exterior. O atual bispo da Diocese, Dom Fernando Guimarães,
vai dar uma entrevista, nesta manhã, para falar sobre esse triste episódio da
história do município e deve adiantar informações sobre o processo de canonização
de Dom Expedito, vítima do destempero e da loucura do sacerdote. Abaixo
transcrevemos e importante texto e material de pesquisa do companheiro Anchieta
Barros, publicado em seu blog:
O ASSASSINATO DO BISPO DE GARANHUNS
Noite em Garanhuns.
Céu cobalto envolve a cidade de ponta a ponta, demarcando longíquos horizontes.
Entre colinas enegrecidas pela escuridão, ventos assobiam lúgubres, enquanto o
Angelus ainda repercute desfeito em ondas. Ruas friorentas se encolhem, dobram
esquinas abruptas, derrapando entre muros e paredes aconchegantes. Envolvidos
em capotes, transeuntes descem e sobem ladeiras.
Pouco depois das 18
horas, João Raimundo da Silva, empregado do palácio, dirigiu-se ao Colégio Santa
Sofia, buscar a ceia de Dom Expedito, preparada pelas freiras.
Na sala de
jantar, a mesa comprida. Sentado à cabeceira o Bispo deu graças ao Pai, ao
Filho e ao Espírito Santo. Terminada a refeição, apagou a lâmpada da sala. No
1º andar, o gabinete de trabalho e o dormitório. Enquanto subia, seu João
recolheu a louça e levou-a para a cozinha. De repente, a campainha. Largou o
serviço e saiu para atender, quando viu Dom Expedito dirigir-se à porta.
Voltou à cozinha a fim
de continuar seu trabalho.
Porta de postigo. Dom
Expedito correu o ferrolho. À sua frente, Padre Hosana empunhava um revólver.
Acionou o gatilho três vezes.
Décimos de segundos
intermediaram o silêncio absoluto da explosão. O Bispo curvou-se, mão no peito,
espanto no olhar. Recuou um pouco, afastando-se da porta. Do lado de fora, batina
negra desceu rápido os poucos degraus a separá-lo da rua, dobrou a esquina e se
perdeu na noite, engolido pelas sombras.
Na cozinha, o
empregado João Raimundo ouvira os tiros, três detonações seguidas, quase sem
intervalo. Não atinou se os disparos partiam da rua ou do terraço do palácio.
Atravessando a penumbra da sala de jantar, a figura de Dom Expedito caminhava
ao seu encontro. Chegando à copa, chamou-o:
- Seu João, estou
morrendo, Padre Hosana me matou.
Pediu-lhe fosse chamar
Monsenhor Callou.
O palácio episcopal
mergulhou em silêncio. Dom Expedito retrocedeu nos próprios passos, dirigiu-se
à capela, junto à porta de entrada. Vergou os joelhos frente ao
altar, olhos no Cristo vivo, pão consubstanciado no sacrário. Que se disseram
nesses instantes de comunhão perfeita, o Bispo e Deus? "Fiz o que
mandaste, faz, Tu, agora o que prometeste".
E o Cristo, braços
abertos na cruz: "Em verdade te digo: logo estarás comigo no
paraíso". Teria o Bispo se sentido só e abandonado como o Filho do Homem
no Monte das Oliveiras? Teria pedido, como o cristo, "Senhor, afasta de
mim este cálice?"
Genuflexo, o príncipe
da Igreja rezava. As mãos postas em oração se contorciam, no esforço em superar
a matéria, visão aterradora do aniquilamento físico. Nenhum sentimento de ódio
deveria arranhar-lhe a alma; nenhuma ligação terrena, turvar-lhe a espiritualidade.
Não se poderia afastar do preceito máximo de amor e perdão. Pediu aceitação
plena dos desígnios dos céus. Pediu pela sua ovelha desgarrada, pela sua
diocese. Para si, apenas o martírio, larga porta da casa do Senhor.
Faltavam-lhe as forças
do altar, em toda a largura do estrato, deitou-se, cabeça virada para o lado do
evangelho.
Monsenhor José de
Anchieta Callou, vigário daparóquia de Santo Antônio, jantava em
sua residência, nas proximidades do palácio, quando porta a dentro, esbaforido,
o empregado do palácio de chofre lhe disse:
- Padre Hosana matou o
Senhor Bispo.
Enquanto seu João saía
em busca do Dr. Godofredo, residente na vizinhança, Monsenhor Callou dirigiu-se
ao palácio. Lá dentro, silêncio absoluto.
Procurou descobrir onde
estava o Bispo e ouviu um "ruído cavernoso de respiração difícil"
vindo do lado da capela.
Chamou-o. E ele:
- Padre Hosana me
matou; perdôo esse pobre sacerdote.
O bispo poucos antes de morrer
Pediu-lhe desse a
absolvição. Monsenhor Callou ajoelhou-se, rezando e pedindo em voz alta,
para que ele também ouvisse, a conservação de sua vida, se assim fosse do
agrado de Deus. Apoiou a cabeça de Dom Expedito numa almofada encontrada ao pé
do altar.
Na Avenida Santo
Antônio o agricultor José Câmara terminara a ceia e, na calçada, espiava o
sereno. Descendo a avenida, o soldado José Pedro corria em direção ao palácio.
Pensando tratar-se de assalto, acompanhou-o. No portão, Carmita, filha de dona
Júlia Brasileiro, muito nervosa, deu-lhe a notícia.
Encontraram Monsenhor
Callou no corredor que dá para a capela, ao pé da escada, acesso ao
1º andar, atarantado, como se procurasse alguma coisa. José Câmara perguntou o
que tinha havido. O Monsenhor nada respondeu.
Na capela,
achegaram-se ao Bispo. Com voz muito clara lhes disse o
prelado:
- Foi Padre Hosana;
deu três tiros e nenhuma palavra.
Monsenhor Callou se
aproximou e os dois começaram a afastar as roupas do Bispo. Primeiro a faixa,
rasgada a mando do próprio Dom Expedito. Aberta a batina e a camisa, de umferimento a
bala no peito direito escorria sangue a lhe empapar a roupa. Havia também
sangue no braço esquerdo.
Dr. Pompeu Luna chegou
em seguida. Indagou do Bispo quantos tiros haviam sidos disparados.
- Foram três, mas me
parece que somente um me atingiu.
O médico examinou os
ferimentos e constatou três perfurações: duas toráxicas e uma no braço
esquerdo. A pressão arterialconvergente de dez por nove e meio
indicava muita gravidade, notando-se já sinais de choque. Necessário remoção
imediata do ferido para o hospital.
Monsenhor Callou
mandou recado ao Sr. Aloísio Souto Pinto, proprietário de uma camioneta e
residente nas imediações do palácio, para ajudá-lo no transporte do Bispo ao hospital.
Voltou à capela.
Nenhum lamento nem gemido. O sofrimento visível apenas em contrações faciais.
Abaixou-se. O Bispo pediu-lhe a extrema-unção. José Câmara retirou-se.
O vigário da paróquia
de Santo Antônio iniciou o rito do derradeiro sacramento dado
aos fiéis. Paramentou-se. Tomou dos óleos bentos. "Per istan sanctam
hunctionem indulgeant tibi dominus quidquid per visum deliquisti", e ungiu
olhos, nariz, ouvidos, boca, mãos e pés do prelado, repetindo
o pedido para que o Senhor o perdoasse dos pecados cometidos também per
orfatum, per auditum, pergustum, per tactum e per gressum.
Após a bênção
apostólica, colocaram o ferido em uma cama e o transportaram ao hospital na
carroceria da camioneta.
Pouco depois das 19
horas, Dom Expedito deu entrada no Hospital Dom Moura. De acordo com o
alto de lesão corporal, apresentando "dois ferimentos penetrantes no tórax
produzidos por projéteis de arma de fogo, localizados na região peitoral
direita, sendo um no segundo espaço intercostal a dois centímetros do externo e
o outro no quarto espaço intercostal a um centímetro do externo. Ambos os
projéteis transfixaram o pulmão direito, alojando-se o primeiro na região
subescapular e o segundo na região axilar. E ainda um ferimento transfixante do
braço esquerdo à altura do terço médio, com lesão óssea".
"O estado geral
inspirava cuidados". Logo chegou ao hospital, o ferido recebeu
norpadrenalina em soro glicosado, oxigênio e transfusão de sangue.
Dever-se-ia proceder a
intervenção cirúrgica para retirar os projéteis e debelar a hemorragia. Mas não
suportaria o paciente nem cinco minutos de anestesia. Dr. Luiz Andrade, da
equipe cirúrgica, ainda tentou junto ao Monsenhor Adelmar Valença, diretor do
Colégio Diocesano, autorização para operá-lo, dizendo que o Bispo morreria de
qualquer forma. Respondeu Monsenhor Adelmar não ter autoridade na diocese, e
não lhe assistia permitir ou negar autorização para a cirurgia.
No Recife, o prefeito
de Garanhuns, Francisco Figueira, pelas 22 horas tomou conhecimento do fato,
através de um rádio amador, com pedido de envio de socorro
urgente. Reuniu equipe médica composta de cirurgião, anestesista e auxiliares.
Aos primeiros minutos da madrugada do dia 2, foi informado, pelo fonofólio da
Rede Ferroviária, os socorros não mais serem necessários. Desde às 23 horas
haviam sido suspensas as transfusões. O paciente não mais as suportava.
A notícia logo se
espalhou por ruas e praças, becos e vielas. Tomou ônibus lentos no resfolegar
de íngremes ladeiras, desceu atropelando o caminhar ligeiro de pedestres
friorentos, passeou à boca-pequena, transpôs paredes-meias de casas conjugadas.
Revestiu-se de espanto, dor, tristeza. O povo acorrera às ruas. Em frente ao
Hospital, ora chorava, ora rezava pelo seu mártir. Pedia pelo seu pastor
agonizante. Dom Francisco Expedito Lopes ali estava num catre
de hospital. Não gemia, não se queixava. "Nenhum pedido de conforto e de
alívio, nem mesmo para os lábios ressequidos pela sede".
Lúcido, alguns
intervalos de sonolência, até o fim permaneceu rezando, meditando, em diálogo
com Deus. Balbuciava salmos, textos bíblicos, palavras de perdão. "Meu
Deus, aceitai o sacrifício da minha vida pela conversão daquele pobre
sacerdote". Quando a dor se fez mais forte: "Estou sofrendo muitas
dores; é bom que doa mesmo, para que aquele pobre padre não ofenda mais Nosso
Senhor".
Quatro horas antes de
seu falecimento os padres, em volta, iniciaram as orações dos agonizantes. Não
lhe restava mais esperança de recuperação. "Nenhum sinal de medo, nenhum
gesto de pavor diante da morte, deixou transparecer". Ao Padre Godói,
vigário de Correntes, chegando ao hospital às presas, vindo de sua paróquia:
"Padre Pedro, adeus". O vigário fez um esgar de dor e começou a
chorar. "Sine effusione sanguinis non est remisio", balbuciou Dom
Expedito. A salvação através do martírio, do sangue derramado.
Ainda repetiu em latim
São Paulo na Segunda Carta a Timóteo: "Combati o bom combate,
terminei minha carreira, guardei a fé, no mais espero a coroa da vida que me
dará o Justo Juiz".
Passava da meia-noite
quando Padre Tarcísio e Padre Carlos Fraga chegaram ao palácio episcopal. Iam
em busca dos paramentos do bispo, em face da expectativa de um breve desenlace.
O jornalista Ulisses Peixoto Filho se mantinha ainda frente ao local do crime.
Acompanhou os
sacerdotes ao interior da casa. Enquanto se dirigiam aos aposentos do Bispo.
Ulisses passou a esquadrinhar o espaço caminhando pelo ferido. Na sala de
jantar, por baixo da mesa, na faixa de passagem entre a porta de entrada e a
copa, encontrou uma bala de chumbo de revólver calibre 32, ligeiramente
achatada, apresentando vestígios de sangue. Guardou-a no bolso.
Os momentos finais de
Dom Expedito descreveu-os Monsenhor Adelmar da Mota Valença em "O
Monitor", de 28 de julho daquele ano: "Onze padres o cercaram no seu
leito de morte. Deram-lhe em conjunto a absolvição que ele pedira. Aquele
quarto de hospital, naquelas horas inesquecíveis, se assemelhava ao Cenáculo,
na noite da quinta-feira santa, depois que Judas saíra. Jesus
cercado de onze apóstolos.
Onze padres debruçados
sobre Dom Expedito, a sentirem a influência imperecível daquela santidade
heróica, daquele heroísmo santo.
Absorvidos pela
sublimidade daquele espetáculo inapagável, eles rezavam mais com o coração que
com os lábios. Compenetrados, como se estivessem num Pontifical solene. E era
realmente uma grande missa! A cama era o altar; a vítima, o bispo querido, que
se oferecia a Deus. "Ofereço o sacrifício de minha vida, pela Diocese,
pelo Clero e pelos seminaristas" diz ele, em plena lucidez, quinze minutos
antes de morrer".
Voz em sussurro, um
sacerdote se aproximou e ligeiramente curvado, ouvidos próximos aos lábios do
Bispo, percebeu, nítida e clara, a última prece do mesmo. "Dai-me Senhor
forças para comparecer ante Vós". E em derradeiro esforço: "Pronto,
Senhor, estou preparado. Agora posso morrer". No relógio do Monsenhor
Adelmar da Mota Valença, mantido entre suas mãos desde a meia-noite, eram duas
horas e quinze minutos do dia 2 de julho de 1957.
Cantavam-se as matinas
da festa da Visitação de Nossa Senhora.
Na escrivaninha de
madeira escura, nos aposentos de Dom Expedito, o testamento manuscrito, não se
sabe em que momento de incerteza.
'Em nome do Padre, do
Filho e do Espírito Santo, declaro que, tendo nascido pobre,
vivi sempre pobremente, esperando morrer ainda mais pobre, de coisa alguma
disponho para legar. Tudo quanto se encontra sob meu nome pertence à Diocese,
com exceção de alguns pequenos objetos cujo destino será indicado abaixo e dos
meus livros que deverão constituir a biblioteca do Seminário de Nossa Senhora
Medianeira, de Oeiras.
Aceitando desde já,
com o mais completo e absoluto espírito de filial submissão, a morte que Nosso
senhor me houver designado, ofereço minha vida pela glória de Deus e salvação
das almas.
1 - A minha cruz
peitoral que me foi oferecida pela paróquia de Sant'Ana, Licânia, bem como o
anel oferecido pelo Seminário de Sobral, deverão ser restituídos aos mesmos
como lembranças do seu 1º Bispo.
2 - A cruz peitoral do
diário, o anel e o báculo deverão ser entregues ao Museu Diocesano de Oeiras,
juntamente com as mitras que me foram oferecidas pela prefeitura daquela
cidade.
3 - Ao Papai e aos
meus irmãos sejam entregues a imagem de Nossa Senhora de Fátima, o meu relógio
de bolso, os meus terços e o crucifixo.
4 - O dinheiro
existente no cofre corresponde aos diversos saldos constantes do livro de
c/corrente e o restante pertence à Obra das Vocações Sacerdotais.
5 - Na esperança de
vir a morrer sem dinheiro, sem dívidas e sem pecados nada mais tenho a pedir
senão que rezem muito para que Nosso Senhor nos conceda santos sacerdotes.
Dom Francisco Expedito
Lopes, nasceu em 8 de julho de 1914, no Sítio Jerusalém, Vila de Meruoca, no
município de Sobral-CE, de família pobre, o pai era pedreiro e teve na
infância, forte educação cristã. Assim despertou-lhe o desejo de ser padre. Dom
José Tupinambá de Frota, Bispo de Sobral, em vista de "seus predicados de
inteligência viva e de piedade bem pronunciados", recebeu-o no seminário,
sem ônus para a família. Após o curso preparatório, foi enviado ao seminário de
Fortaleza para cursar Filosofia. Três anos depois, iniciou o curso teológico.
Já no primeiro ano "revelou salientemente sua rara inteligência o que lhe
valeu ter sido enviado a Roma para continuar seus estudos". Na
Universidade Gregoriana, onde chegou em 1936, além dos estudos teológicos,
especializou-se em Direito Canônico.
Em 30 de outubro de
1938, o filho de Edésio e Noemi Lopes recebia, em Roma, a unção sacerdotal. De
volta à diocese de Sobral, exerceu durante dez anos o cargo de secretário do
bispado e professor do seminário. É dessa época o depoimento do Padre Marques: Expedito
era a alma do Seminário. Quem tivesse qualquer problema ou aperto, ia ao
Expedito. Era lealdade em pessoa; não tinha quem tivesse queixa dele. Franco,
leal, caritativo, era só ele".
Criada a diocese de
Oeiras, no Piauí, foi o Padre Expedito escolhido pelo Papa Pio XII para seu
primeiro diocesano. No dia 12 de dezembro de 1948, na Catedral de Sobral, receberá
as insígnias pontificais. O Bispo sagrante, após ungir-lhe a cabeça com o Santo
Crisma e entregar-lhe o livro do Evangelho, colocara o anel em seu dedo anular
da mão direita, dizendo: "Recebe este anel, símbolo da fé".
Impusera-lhe a mitra e finalmente passara a suas mãos o báculo, símbolo do
serviço pastoral. Terminada a cerimônia Eucarística, concelebrada por Bispos e
Presbíteros, últimos acortes do Te Deum ainda suspenso na nave da igreja, o
novo Bispo pronunciou as invocações da bênção, e traçando o sinal da cruz sobre
o povo, abençoou-o "in nómine Patris et Fílü et Spíritus Sanct".
Responderam "amém".
Expedito Bispo,
"administrador da graça do sacerdócio supremo". Escreve Frei Romeo
Peréa no livro Dom Expedito - Bispo e Mártir: "Um novo Bispo significa
mais um centro de civilização cristã, ao mesmo tempo que um novo foco de
verdadeiro progresso humano".
No dia 24 de agosto de
1954 é transferido para a diocese de Garanhuns, tomou posse em 11 de fevereiro
de 1955.
O jornal A Resistência
descreveu "a chegada do novo titular da diocese, S. Excia. Dom Francisco
Expedito Lopes, precisamente às 16 horas, acompanhado dos Exmos. Bispos Dom
Paulo Hipólito e Dom Raimundo.
Às 16h30 recebeu das
mãos do Dr. Celso Galvão, chefe do Poder Executivo Municipal, a chave simbólica
do município, debaixo de grande salva de palmas. Às 17 horas foi sua chegada ao
palácio episcopal".
Prefeito, juiz,
promotor, delegado, coletor estadual, comitiva de padres, monsenhores, vigários
de todas as paróquias assistiram ao Dr. Mário de Souza Matos saudar o Bispo em
nome da cidade.
Perfilados frente ao
palácio, representações dos Colégios Diocesano e Santa Sofia. Sob a regência do
maestro Luiz Figueiredo, a tradicional Banda de Música 2 de Março.
Dom Expedito Lopes
"fez uma belíssima oração agradecendo a toda Garanhuns a maneira tão
carinhosa com que era recebido em seu seio" e às 19h30, das mãos de
Monsenhor José Anchieta Callou, Vigário capitular da diocese, recebeu o
compromisso de posse no cargo de chefe supremo da diocese". No dia
seguinte, às 8 horas, na Catedral de Santo Antônio, missa pontifical marcava o
início do breve episcopado de Francisco Expedito Lopes.
Instaurare omnia in
Christo. No brazão do novo Bispo, a inscrição convida à restauração em Cristo.
Cristianizar tudo, o lema do diocesano recém-chegado. O bispo Dom Fernando Guimarães e Monsenhor Francisco de Assis Pereira em
(Fonte da Pesquisa:
Livros " A Bala e a Mitra" de Ana Maria César e Monsenhor Adelmar da
Mota Valença Vida e Obra - Centenário de Nascimento 1908-2008 das Irmãs Cândida
Araújo Corrêa e Maria Mirtes de Araújo Corrêa).
Dom Fernando Guimarães e Mons. Francisco de Assis
em frente à porta onde Dom Expedito foi assassinado
Sr Roberto! antes de tudo quero parabeniza-lo pela matéria.No entardecer de 02/07/de 1957,numa tarde bastante fria para nós aqui no sul, meu tio chegou apressadamente dizendo que tinha ouvido pela Radio TUPI do RIO uma noticia muito triste: O Bispo de Garanhuns havia sido assassinado por um padre. Na inocência dom meus 4 anos, ainda tenho as imagens de todo mundo chorando inconformado com o ocorrido e olha que nós estávamos na região de Presidente Prudente, estado de São Paulo a quase 3 mil quilômetros de distancia do fato. Acontece que toda a minha família é de correntes e Garanhuns dai a perplexidade. Mas não foi por sermos descendente de nordestinos não,já na semana seguinte as revistas Cruzeiro e Manchete da época veio com reportagens de capa, narrando em pormenores na versão dos redatores o que realmente havia acontecido.É por isto que o parabenizo da mesma forma pela narração rica em detalhes deste fato, embora escabroso mais passível de ocorrer entre os humanos! Grande abraço!
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