VOTO NÃO É MERCADORIA

Esta semana enfim o prefeito Izaías Régis deve indicar o seu candidato a deputado estadual. O nome mais cotado no momento é o do vereador Zaqueu Lins (PDT), principalmente se nesta terça-feira (10) se confirmar a aliança do Partido Democrático Trabalhista com o PTB do senador Armando Monteiro.

Teremos então alguns candidatos à Assembléia Legislativa efetivamente ligados a Garanhuns. São eles: o próprio Zaqueu, o vereador Gersinho Filho (Solidariedade), o vereador Sivaldo Albino (PPS), o suplente de vereador Damásio Cardoso (PRB), o professor Jailton Melo (PSOL), Ivo Júnior (PSB),  e o ex-vereador Joacir Laurindo (PSDB). Três estão exercendo mandato legislativo no município, outro foi muito bem votado na eleição de 2012, concorrendo à Câmara e o último passou pela Casa Raimundo de Moraes, tendo sido inclusive seu presidente.

Mas é bom lembrar que a eleição é de deputado estadual e não existe “deputado de Garanhuns” e sim “deputado de Pernambuco”.

Assim é que políticos de cidades vizinhas como Romário Dias, Washington Cadete, Marcoantônio Dourado e Álvaro Porto se acham legitimados a buscar voto também entre os garanhuenses.

Os quatro vivem em municípios próximos à Suíça Pernambucana, têm amigos e aliados na cidade e têm a pretensão de representar na Assembleia Legislativa o Agreste como um todo, inclusive Garanhuns.

Para a Câmara Federal temos menos opções entre os garanhuenses, mesmo assim temos aí na luta a advogada Claudomira Andrade (PRB) e o engenheiro Paulo Camelo (PSOL). Os dois vivem mais o dia a dia da cidade e por isso podem ter maior simpatia dos seus moradores.

Mas o deputado federal Fernando Ferro, que nasceu aqui perto, em Bom Conselho, que morou na Rua XV de Novembro e estudou no Colégio do mesmo nome tem o mesmo direito de pedir o voto do eleitorado local, principalmente porque no desempenho do seu mandato ajudou em algumas conquistas importantes do município, como no caso da Unidade Acadêmica da Universidade Federal Rural de Pernambuco e do Curso de Medicina da UPE.

Jorge Corte Real, que não tem origem no Agreste Meridional, foi dos mais votados em Garanhuns em 2010. De lá para cá, procurou justificar o que recebeu do povo da cidade carreando recursos para o município. Muitas das obras em andamento na gestão de Izaías Régis estão sendo possíveis graças a recursos conseguidos pelo parlamentar.

O fato de ter nascido em Garanhuns, conhecer bem a cidade e seus problemas, viver a nossa realidade é importante, não há dúvida. Mas o fundamental mesmo, nessa história, é ter compromissos com o município, é lutar pelo seu desenvolvimento e por melhor qualidade de vida para o nosso povo.

O voto é livre, todo mundo sabe, e assim é dado o direito ao eleitor comum de votar em Gersinho, Romário, Sivaldo, Álvaro, Zaqueu, Claudiano Martins ou qualquer outro que seja do seu agrado e tenha a capacidade de representar bem a sua região e Pernambuco no Legislativo Estadual.

Talvez, nessa discussão, levantada nos últimos dias por alguns políticos locais e com repercussão no blog, questionável é o fato de um vereador ou vereadora do município, por puro interesse financeiro, deixar de apoiar um candidato que é colega de Casa para fazer campanha para um político de outro município.

Nesse caso não está prevalecendo a crença num projeto determinado, numa pessoa capacitada ou o interesse pelo município. O representante ou a representante do povo está fazendo do seu voto mercadoria, está comercializando os eleitores e cometendo um ato de desrespeito com a cidadania e com Garanhuns.

Ao eleitorado local e regional estão sendo oferecidas muitas opções para o parlamento. Cabe ao homem e a mulher decidir de acordo com a sua consciência - depois de procurar se informar pelas rádios, jornais, blogs, emissoras de TV e outros meios ao seu alcance - quem é melhor para a sua cidade.

É importante não desperdiçar o voto. Não eleger alguém que não vai fazer nada por seu município ou região.

Não pense que são todos iguais porque não são. Até os irmãos que vivem sob o mesmo teto são diferentes uns dos outros.

Esteja certo que um deles pode representar bem o município, a região e o Estado na Assembleia. Exerça sua cidadania com responsabilidade, sem se deixar levar pelos que estão querendo lucrar em cima do seu voto. Escolha o melhor e ajude Garanhuns e o Agreste Meridional a se desenvolver ainda mais.

É preciso lembrar sempre que o voto mais que um dever é um direito. Tanto faz o do rico quanto o do pobre, tem o mesmo valor. O voto é uma conquista dos regimes democráticos e jamais pode ser transformado em simples mercadoria.

14 comentários:

  1. Federal, Fernando Ferro. Estadual, Zaqueu Lins. Com esta dupla, eu vou.

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  2. Lembro-me da eleição passada que uns fanáticos eleitores votaram no LEONARDO DIAS filho do pai quer se eleger as custas do nosso VOTO e ele não veio nem agradecer... foram uns 6 mil votos,sabe porque e não veio agradecer porque ele comprou os vereadores que apoiou e os nós ficamos a ver navio... e sempre assim!!! ele passa de vez enquanto aqui na NO SEU CARRO IMPORTADO

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  3. De 2 em 2 anos somos chamados a votar para prefeitos, vereadores, presidentes, governadores,deputados estaduais e federais e senadores.

    As expressões "voto não é uma mercadoria" e " voto não tem preço, tem consequência" tem sido exaustivamente usadas pelas Igrejas e pela Justiça Eleitoral, especialmente, pelos juízes e promotores.

    Mas a coisa foi piorando e com a chegada dos homens que vieram da esquerda FHC e LULA as coisas pioraram.

    Em Pernambuco se repetiu nos últimos 16 anos com JARBAS E EDUARDO. E nos municípios médios e pequenos aí que as mercadorias tem sido vendidas a preços banais.

    Uma ex-vereadora chegou para mim e disse que teria perdido a eleição porque não era mais aquela mocinha.Que nada, ela perdeu porque não teve mais a mala preta para comprar os eleitores.Nada mudou e tudo está como antes e até pior.

    Quem assistiu o fantástico de domingo, 08 de junho de 2014, ouvir e viu como os esquemas são feitos pelos deputados federais e estaduais para ganharem as eleições...

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  4. Infelizmente em Garanhuns o voto passa ser mercadoria nesta época, basta ver os candidatos que tiveram voto aqui nas ultimas eleições. todos foram comprados, principalmente este que o comentarista citou acima que teve 6.000 votos, não se deu nem o trabalho de agradecer. Também o que se compra e paga, não tem mesmo o que agradecer. É uma pena uma cidade tão boa de se morar, de um povo culto, onde tem os melhores Colégios de Pernambuco, hoje com varias Faculdade, ainda tem gente que se passa para isto. Estou falando do que compra e do que vende. Faço minha as palavras de um anônimo: "Voto não tem preço, tem consequência"!

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  5. Roberto,
    Na Constituinte de 1988, participei de uma Comissão Nacional de Dirigentes Sindicais, fazendo LOB no Congresso Constituinte, onde apresentamos muitas propostas a ser votada, entre elas, o voto Distrital, para coibir exatamente este tipo de compras e vendas de atos, mas os Parlamentares, não deram ouvido. Ainda hoje estou convencido que enquanto o Congresso Nacional não criar o voto Distrital, o poder econômico continua manipulando as eleições neste Pais.
    Sales/Garanhuns

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  6. Quem fala de Romário é porque tem inveja e sabe que o homem é bom de voto.

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    1. Esse senhor quer dizer: " ... que o homem é bom de bolso".

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    2. Até hoje somente vi dois homens serem bons de votos no pais, Dr. Enéas e Tiririca. Ambos tiveram mais de um milhão de votos.

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  7. Senhor Marcos,

    Na conjuntura atual, com dinheiro no bolso, qualquer um é bom de voto, não precisa ser necessariamente Romário. Basta ver, que nas ultimas eleições todos candidatos escrito no TRE-PE, tiveram votos aqui. Por tanto o mérito é de"João da cruz" e não de Romário!

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  8. Voto em Zaqueu por ser quem é, homem de bem e humilde! Esse voto não vedo a ninguém.
    Marilia - Brasilia

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  9. Garanhuns e Pernambuco precisam de cara nova na política, de compromisso com o povo e sua história: meu voto é do Prof. Jaílton Melo.

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  10. aqui o voto tem preço

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  11. Concordo com o anônimo 11:30: Fernando Ferro e Zaqueu para, Federal e Estadual, respectivamente. Fora com os compradores de votos.

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