Toda
essa polêmica em torno das biografias não autorizadas começou oito anos atrás,
quando Roberto Carlos conseguiu tirar de circulação o livro do jornalista e
historiador Paulo César Araújo.
“Roberto
Carlos em Detalhes”, um relato minucioso da vida do rei, desde a Jovem Guarda
até meados da década passada, estava entre os livros mais vendidos do país
quando saiu do mercado.
Antes
da proibição, consegui o meu exemplar na Banca Avenida aqui em Garanhuns mesmo.
A biografia do artista é uma preciosidade e não tem nada demais. É que Roberto é
cheio de frescura mesmo e implicou com alguns detalhes.
O escritor fala sobre
o acidente da infância e a perna mecânica do cantor, as primeiras namoradas e
as três mulheres do rei: Nice, Miriam Rios e Maria Rita. Duas delas morreram de
câncer e Paulo César conta essas histórias tristes também.
O
historiador revela também alguns casos extraconjugais de Roberto e inclui na
lista a cantora Maysa e a atriz Sônia Braga.
Mas
o foco mesmo é a música, como foram feitas as principais canções do cantor e
compositor, quem foram as musas que inspiraram canções como “Quero que vá tudo
pra o inferno”, “Namoradinha de um amigo meu” e “Como é Grande o meu amor por
você”.
Roberto Carlos foi estreito
ao proibir o livro, mas até se entende a sua atitude. Afinal ele sempre foi
alienado politicamente, nunca se posicionou na época da ditadura militar e
apoiou a censura a um filme no Governo Sarney, por ferir suas crenças
religiosas.
Estranho é Caetano Veloso,
Gilberto Gil e Chico Buarque, que lutaram pelas liberdades democráticas e foram
vítimas da censura estarem na mesma trincheira de Roberto, defendendo a censura
prévia a biografias não autorizadas. Se bem que o Chico já fez um mea culpa e
até admitiu que perdeu nesta briga.
Voltando a Roberto, o cantor
é estranho mesmo e tem horror a que falem de sua vida pessoal. Neste final de
semana um colunista da Veja revela que o cantor recusou uma proposta de R$ 10
milhões (isso mesmo: dez milhões de reais) da TV Globo para autorizar uma minissérie
sobre a sua vida.
É lógico
que toda pessoa tem direito de preservar sua vida pessoal. Mas figuras públicas
como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e Roberto Carlos não precisam
exagerar. E os brasileiros que acompanham esses artistas há 40 ou 50 anos também
têm o direito de saber alguma coisas (ou mesmo detalhes) de suas vidas. (Na foto o jornalista e historiador Paulo César Araújo, que mesmo sendo fã do "rei" foi censurado por ele).
ROBERTO NÃO FICOU TÃO ALIENADO QUANTO PARECE, LEMBRO QUE O MESMO HOMENAGEOU CAETANO VELOSO QUANDO FOI EXILADO, COM DEBAIXO DOS CARACOIS DOS SEUS CABELOS. QUANTO A CHICO , PORQUE EMUDECEU E PERDEU A INSPIRAÇÃO DEPOIS DA DITADURA MILITAR? ELE GOSTA MESMO É DE FIDEL CASTRO E SUA ILHA, DEVERIA IR MORAR LÁ.
ResponderExcluir"É lógico que toda pessoa tem direito de preservar sua vida pessoal".
ResponderExcluirSe é lógico, então porque querer forçar a barra.Roberto Carlos não é político e nem vai ser,não que dar satisfação a ninguém.
PAULO CAMELO, COMENTA:
ResponderExcluirCaro conterrâneo Roberto Almeida,
Muitas pessoas pensam que ser "FOFOQUEIRO" é atribuição das mulheres ou dos nordestinos.
Mas, observamos que não existe regra geral, uma vez que os "FOFOQUEIROS" se encontram no nosso convívio, sejam homens ou mulheres.
Contar a história de Roberto Carlos como cantor e compositor, é uma coisa, falar dos amores e do dinheiro de Roberto Carlos, é outra coisa.
Falar e explicar porquê Roberto Carlos deixou de cantar "Quero que vá tudo pro inferno", está no contexto da história do Rei. Donde se conclui que algumas jornalistas querem ter o direito de falar dos amores de Roberto Carlos, denegrindo sua imagem.
Há uma campanha silenciosa no Brasil de tornar fora de moda os principais cantores e compositores brasileiros, a exemplo de Vinicius de Morais e o próprio Dominguinhos.
O que a mídia quer é tornar como "celebridade" cantores de baixo nível, os quais são péssimos compositores, de melodia frágil, os quais esculhambam com as mulheres e os pobres.
Alguns Prefeitos costumam contratar os "enlatados musicais" para anestesiar a população jovem, pobre e despolitizada.
TENHO DITO