O Governo Federal divulgou um anúncio
na televisão, no mês de setembro, dando ênfase às ações que desenvolve em
Pernambuco.
A peça publicitária mostrava melhorias na
BR-101, casas populares em cidades do interior e as ações em Garanhuns, na área
de Educação. Como se sabe, foi com Lula e Dilma que a cidade ganhou a
Universidade Federal Rural e o Instituto Técnico Federal.
Essa política deve continuar e se
acentuar nos próximos meses, pois a presidenta Dilma Roussef (PT) não vai
deixar o governador Eduardo Campos querer se apropriar dos muitos investimentos
feitos pela União em Pernambuco.
Dentro desta estratégia se inserem também
algumas visitas da petista a Pernambuco. Já está agendada uma visita ao município
de Afogados da Ingazeira, no Sertão, e segundo revelou o prefeito Izaías Régis
(PTB), numa entrevista na Rádio Marano – na estreia do programa de Carlos Eugênio
e Marcelo Jorge – Garanhuns também pode receber Dilma até o final do ano.
Aqui tem a já citada UFRPE, a Escola Técnica
Federal, a UPA, a FAMEG, que luta para ser reaberta e a BR-243 que está perto de
ser duplicada. A dirigente do país pode faturar em cima de tudo isso, pois em
todas essas obras tem dinheiro federal. Até mesmo no SAMU, embora hoje o município
banque quase toda a manutenção do serviço.
É lógico também que para a visita de
Dilma se confirmar, o PT de Lula e o PTB de Armando Monteiro já devem ter
acertados os ponteiros com relação a eleição presidencial.
Tudo indica que petistas e petebistas
estarão juntos no próximo ano e o adversário será o PSB. É provável inclusive
que Armando Monteiro seja candidato a governador tendo o PT na vice e ainda é
possível que o deputado João Paulo dispute o senado fazendo parte desta
aliança.
Daqui pra frente não tem boquinha. Eduardo
virou oposição e já criticou até o Mais Médicos, um programa do Governo Federal
que venceu até o corporativismo dos profissionais da área de saúde, à frente os
Conselhos Regionais de Medicina.
O governador e sua provável vice,
Marina Silva, foram aliados do PT durante 10 anos. Estiveram inclusive no
ministério de Lula, mas agora tanto se acham em condições de criticar a gestão,
quanto querem convencer o eleitorado de que podem fazer mais do que os
petistas, estes "contaminados pelo vírus da corrupção" e outros males.
Na campanha de 2014 vamos assistir
cenas inimagináveis até um ano atrás e não se espantem se Eduardo e Aécio
afinarem o discurso em cima de Dilma, ficando tão próximos que podem estar
juntos num eventual segundo turno.
Será uma disputa interessante com
candidatos que procurarão se mostrar progressistas, próximos do ideal da
esquerda, deixando pouco espaço para a direita, que ficará a reboque de Eduardo
ou de Aécio.
Mesmo com todo o poder do Governo
Federal e liderando as pesquisas até o momento, Dilma não pode ser considerada franca
favorita. Terá adversários de peso pela frente, políticos altamente
profissionais e acredito que somente a partir de meados do próximo ano será
possível prever quem será o vencedor da disputa para presidente da República.
Quando acabar a Copa – quem sabe com o
Brasil campeão – começa a disputa pelo voto. Aí o bicho vai pegar.
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