A presidente Dilma Roussef (PT) aproveitou
ontem a véspera do feriado do 7 de setembro para fazer um pronunciamento ao
povo brasileiro, através de cadeia nacional de rádio e televisão. A dirigente
do país falou da independência, dos novos desafios e do “grito do povo para
acelerar as mudanças". Pregou a humildade e reconheceu problemas, assinalando
também os avanços dos últimos anos. Ela fez um balanço dos cinco pactos
anunciados após as manifestações de rua e disse que a inflação está em queda. Abaixo,
na íntegra, o discurso da petista.
Queridas brasileiras e queridos brasileiros,
Há 191 anos o Brasil viveu sua
primeira grande mudança política. Deixou de ser uma colônia para se transformar
em um país independente. Hoje, nosso Grito do Ipiranga é o grito para acelerar
o ciclo de mudanças que, nos últimos anos, tem feito o Brasil avançar. O povo
quer, o Brasil pode e o governo está preparado para avançar nesta marcha.
2013 tem sido um ano de intensos
desafios políticos e econômicos aqui e no resto do mundo. Apesar da delicada
conjuntura internacional, nossa economia continua firme e superando desafios.
Acabamos de dar uma prova contundente. No segundo trimestre fomos uma das
economias que mais cresceu no mundo. Superamos os maiores países ricos, entre
eles os Estados Unidos e a Alemanha. Ultrapassamos a maioria dos emergentes e
deixamos para trás países que vinham se destacando, como o México e a Coreia do
Sul.
O melhor é que crescemos em todos
os setores, e a indústria e os investimentos mostraram franca recuperação.
Falharam mais uma vez os que apostavam em aumento do desemprego, inflação alta
e crescimento negativo. Nosso tripé de sustentação continua sendo a garantia do
emprego, a inflação contida e a retomada gradual do crescimento.
A inflação está em queda. Os
índices de julho e agosto foram baixos e a cesta básica ficou mais barata em
todas as 18 capitais pesquisadas. Vamos fechar 2013 com uma inflação, mais uma
vez, dentro da meta, o décimo ano consecutivo em que isso ocorre. O emprego
continua crescendo. Já geramos 900 mil vagas este ano e mais de 4 milhões e 500
mil desde o início do meu governo.
Estamos também tomando medidas
eficazes para conter as oscilações bruscas do dólar, que afetam a economia de
todos os países emergentes, sem exceção. Essas oscilações são decorrentes de
alterações da política monetária americana e afetam a todos. A situação ainda
exige cuidados, porém há sinais de que o pior já passou. Não vamos descuidar um
só instante. Vamos manter o equilíbrio fiscal, o estímulo ao investimento, a
ampliação do mercado interno e a garantia de nossas reservas internacionais
para estabilizar as flutuações do mercado cambial.
Meus amigos e minhas amigas,
Eu sei tanto quanto vocês que
ainda há muito a ser feito. O governo deve ter humildade e autocrítica para
admitir que existe um Brasil com problemas urgentes a vencer, e a população tem
todo o direito de se indignar com o que existe de errado e cobrar mudanças.
Mas há, igualmente, um Brasil de
grandes resultados, que não podemos deixar de enxergar e reconhecer. Não
podemos aceitar que uma capa de pessimismo cubra tudo e ofusque o mais
importante: o Brasil avançou como nunca nos últimos anos.
Infelizmente ainda somos um país com serviços públicos de baixa qualidade. Estamos aprofundando os cinco pactos para acelerar melhorias na saúde, na educação e no transporte, e para aperfeiçoar a nossa política e a nossa economia.
O Pacto da Educação já garantiu
75% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação.
Esse será um dos maiores legados do nosso governo a gerações presentes e
futuras, e vai trazer benefícios permanentes à população brasileira por um
período mínimo de 50 anos.
Já o Pacto do Transporte Público
vai significar, no curto e médio prazo, obras e projetos capazes de melhorar a
mobilidade e o transporte coletivo nas nossas maiores cidades. Isso significa
mais metrôs, monotrilhos, corredores de ônibus e VLTs.
O Pacto pela Estabilidade Fiscal
está mobilizando nossos esforços para manter equilibradas as contas públicas e
a inflação sob controle. Isso é fundamental para que o Brasil cresça e continue
gerando empregos.
O Pacto da Reforma Política e
Combate à Corrupção acaba de dar um bom passo com a proposta de decreto
legislativo para a realização do plebiscito. Queremos mais transparência, mais
ética, honestidade e mais democracia. Isso passa, necessariamente, pela reforma
das práticas políticas em todos os níveis. Só assim poderemos acabar com o
desmando e combater, sem tréguas, a corrupção como queremos e como o Brasil
necessita.
Minhas amigas e meus amigos,
O Pacto da Saúde irá produzir
resultados rápidos e efetivos. O Mais Médicos está se tornando realidade, e
tenho certeza de que, a cada dia, vocês vão sentir os benefícios e entender
melhor o grande significado deste programa. Especialmente você que mora na
periferia das grandes cidades, nos pequenos municípios e nas zonas mais remotas
do país, porque você conhece bem o sofrimento de chegar a um posto de saúde e
não encontrar médico, ou ter que viajar centenas de quilômetros em busca de
socorro.
O Brasil tem feito e precisa
fazer mais investimentos em hospitais e equipamentos, porém a falta de médicos
é a queixa mais forte da população pobre. Muita morte pode ser evitada, muita
dor, diminuída, e muita fila, reduzida nos hospitais, apenas com a presença
atenta e dedicada de um médico em um posto de saúde.
A vinda de médicos estrangeiros,
que estão ocupando apenas as vagas que não interessam e não são preenchidas por
brasileiros, não é uma decisão contra os médicos nacionais. É uma decisão a
favor da saúde.
O Brasil deve muito a seus
médicos, o Brasil deve muito à sua Medicina, mas o país ainda tem uma grande
dívida com a saúde pública e essa dívida tem que ser resgatada o mais rápido
possível.
Queridas brasileiras, queridos
brasileiros,
Esse é um momento que exige
coragem e decisão em todos os sentidos. A coragem é irmã da liberdade e mãe de
todas as mudanças. Esse é um momento de fazer o governo chegar cada vez mais
perto do povo, e do povo participar cada vez mais das decisões de governo. Mais
que nunca, o Brasil está aprendendo que o que importa não é termos problemas. O
importante é termos as soluções, e mais soluções estão a caminho.
Ainda este mês, vamos fazer novos
leilões de portos, aeroportos, ferrovias e rodovias. Esses leilões vão injetar
bilhões e bilhões na economia, gerando centenas de milhares de empregos.
Vamos também leiloar, em outubro,
um imenso campo de petróleo do pré-sal, o Campo de Libra. Para vocês terem uma
ideia, ao longo dos últimos cem anos de exploração do petróleo no Brasil,
acumulamos, de reservas, 15 bilhões de barris equivalentes de petróleo. Vejam
vocês, só o Campo de Libra tem um potencial de reserva entre 8 a 12 bilhões de barris
equivalentes de petróleo. Para sua exploração será exigida grande mobilização
de recursos, como, por exemplo, a construção de 15 a 17 plataformas. Assim,
vamos estimular toda a cadeia produtiva e gerar milhares e milhares de
empregos.
Além disso, os royalties das
áreas já em exploração e daquelas descobertas neste e em outros campos vão
gerar recursos gigantescos para a educação. Mais creches, alfabetização na
idade certa, escolas em tempo integral, ensino médio profissionalizante, mais
vagas em universidades, mais pesquisa e inovação, e professores mais preparados
e bem remunerados, tudo isso requer mais investimentos e recursos.
Devemos transformar a riqueza
finita do petróleo em uma conquista perene da nossa sociedade. A educação é a
grande estrada da transformação, a rota mais ampla e segura para o Brasil
seguir avançando e assegurando oportunidades para todos, o verdadeiro caminho
da independência.
Viva o Sete de Setembro! Viva o
Brasil! Viva o povo brasileiro!
Obrigada e boa noite.
Prega mudanças que ninguém pediu.
ResponderExcluirNinguém pediu a ela pra trazer médicos cubanos, ninguém pediu a ela pra fazer plebiscito pra coisa que não precisa de plebiscito, o que todo mundo pediu foi que ela não usasse o governo para interferir no julgamento do mensalão, e o que foi que ela fez? Um BARROSO no SUPREMO!!!
Quem pediu os médicos foi O povo dos rincões, Desassistidos pelos mercenários brasileiros, e vc é tão idiota que desconhece o papel da presidência.Mas, deve ser um psdbicha recalcado, que vai levar outra lapada em 2014.
ResponderExcluirEu não vou discutir com gente que escreve como uma dançarina do bonde das poderosas. Não vou me depreciar a esse ponto!!!
ResponderExcluirFALAM, FALAM E FALAM....SEM NENHUMA PROPRIEDADE. QUEM SABE DA REALIDADE PRÁTICA E CONCRETA DA MEDICINA EM NOSSO PAÍS, SÃO OS PRÓRPIOS MÉDICOS.
ResponderExcluirCONVIVEM COM UMA SITUAÇÃO DE LASTIMÁVEL DESCASO, COM A FALTA DE ESTRUTURA DA SAÚDE PÚBLICA, HÁ MUITOS E MUITOS ANOS. NÃO HÁ CONDIÇÕES DE UM MÉDICO TRABALHAR EM POSTOS DE SAÚDE, HOSPITAIS E SIMILARES; SEM REMÉDIOS, APARELHOS, EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO, UTENSÍLIOS CIRÚRGICOS E TODO O APARATO NECESSÁRIO.
FALAM TANTO EM HUMANIDADE E NINGUÉM VÊ O LADO HUMANO DOS NOSSOS MÉDICOS. O LADO DO DIA A DIA DA VIDA REAL.
UM RECÉM-FORMADO, UM NOVATO CHEIO DE VONTADE, IDEALISMOS E GÁS PARA TRABALHAR, VAI LÁ PRAS FRONTEIRAS BRASILEIRAS, NOS RECANTOS MAIS REMOTOS E DIFÍCEIS; DEPARA-SE COM A FALTA DE ESTRUTURA E CONDIÇÕES. VAI EXERCER A PROFISSÃO COMO? O SALÁRIO PODE SER ATÉ ATRAENTE, MAS NÃO É TUDO.
O PROBLEMA ESTÁ NUM SISTEMA DE SAÚDE PRECÁRIO, FALIDO, QUE NÃO OFERECE CONDIÇÕES AOS NOSSOS PROFISSIONAIS.
ESTÃO ACHANDO QUE OS CUBANOS NÃO VÃO PRECISAR DE REMÉDIOS, CURATIVOS, EQUIPAMENTOS VÁRIOS E TUDO O MAIS PARA FUNCIONAR
SABEM PORQUE, MESMO ALGUNS LUGARES OFERECENDO ALTOS SALÁRIOS, NINGUÉM QUER? É PORQUE COMEÇAM A PAGAR DIRETO NO INÍCIO E DEPOIS PASSAM TRÊS, QUATRO MESES PARA QUE SE POSSA RECEBER UM. ISTO ACONTECE EM VÁRIOS LUGARES DE VÁRIAS PARTES DO PAÍS. AQUI NO D. MOURA ACONTECE ISTO.
OS NOSSO MÉDICOS PRECISAM: COMER, VESTIR, CALÇAR. ALIMENTAR E EDUCAR FILHOS, TER MORADA, PAGAR LUZ, ÁGUA, TELEFONE.....
90% DA CLASSE MÉDICA NÃO É MERCENÁRIA, É SIM, NECESSITADA DE RESPEITO E CONDIÇÕES DE TRABALHO PARA EXERCERAM A PROFISSÃO COM DIGNIDADE.