Martelaram Martelotte! Não tem notícia que
anime mais repórter esportivo do que queda de treinador de futebol. Fazem
bolsas de apostas no ar e iniciam a contagem regressiva para o baque,
paralelamente à fritura do dito-cujo pelas próprias diretorias incompetentes
que jogam no comandante da equipe a sua própria incompetência. Parecem mais um
monte de formigas de asas em noite de chuva. Como elas, se tiverem refletores
acesos, então, é uma festa só! Mas a grande notícia poderia ser os esquemas das
contratações de pernas de pau a peso de ouro. Cabe aos repórteres buscá-la.
Na noite do último sábado não foi
diferente. O repórter chega excitado para a entrevista do agora ex-treinador.
Inicia com uma pompa danada, voz empostada, elogios ensaiados e questiona o
“professor” sobre sua desdita.
A responsabilidade primeira é da diretoria,
especialista em burrices (desculpem-me os jumentos de verdade). Quem não se
lembra que já trouxeram jogador com 105 quilos concentrados em metro e meio de
altura, porque não levaram uma balança para pesar o rapaz lá fora mesmo?
Atenção, senhores, podem iniciar suas
apostas no nome do próximo contratado para ser derrubado daqui a mais dois ou
três meses. Porque a diretoria só pensa em levantar torres de concreto e fazer
do Sport Club do Recife mais um centro empresarial de lucro fácil e aos
peladeiros contratados falta qualidade, ou até mesmo caráter.
Adianta derrubar treinador e deixar no time
chutadores de bola como Pereira, que pode ter sido bom no passado, não hoje;
Camilo; Ânderson Pedra; Patric Silva; Renan Teixeira ou Felipe Azevedo, este
último o exemplo mais fiel de um artilheiro virgem, sem gols? E as panelinhas?
Receita, só existe uma. Contrate-se um
jogador de nível, craque, para cada setor do campo, um na zaga, outro na meia e
o terceiro no ataque (Pelo amor de Deus, que saiba fazer gol) para se juntarem
ao talento de Marcos Aurélio, além de ressuscitar algum futebol que ainda
exista em Lucas Lima e em Richeli.
Se todos esses pernas de pau tiveram tantas
chances para alimentarem o clichê da chamada sequência de jogo decantada pelos
cronistas, por que não dar oportunidades a Sandrinho, Éric Junior, Baloteli,
Naldinho e tantos outros meninos que tem futuro pela frente e, principalmente,
alma pela equipe que defendem. Insistem nos chutadores em fim de carreira e só
botam os mais novos no final dos jogos, com o time já morto em campo.
A culpa não é de Marcelo Martelotte, vem lá
de cima dos dirigentes empresários chamados de doutores que entram no futebol
apenas por “sacrifício”, de tão bonzinhos que são. E haja sacrifício! (Texto de Ruy Sarinho, jornalista e torcedor do Sport Clube do Recife).
Meu caro Sarinho: Você foi direto na ferida. Seria salutar que os nosso coleguinhas da imprensa esportiva investigar essas contratações milionárias e os clubes pagando,isso nos três ditos grandes clubes de Pernambuco, pra não falar do Central. A informação que tenho de Caruaru é que o pau tá comendo do por lá, com a renovação de contrato das lojinhas do clube a preços irrisórios e prazos longos. É muita sujeira por debaixo do tapete. Que tal, levantá-los e efetuar uma faxina geral?
ResponderExcluirUm abraço
José Tôrres