GARANHUNS RESPIRA ARTE E CULTURA

Sempre atento ao que acontece em Garanhuns nas áreas da literatura, música, teatro e artes em geral, o professor e poeta Carlos Janduy brinda os leitores do blog com o seguinte texto:

Garanhuns: “ad altiora tendere” nas artes e na cultura sempre

Garanhuns sempre teve destaques nas áreas educacional, literária, artística e cultural. Nomes como Monsenhor Adelmar, Dona Almira Valença, Luís Jardim, Ronaldo White, José João de Carvalho, Arthur Maia, Alfredo Leite Cavalcanti, Gonçalves Dias, Dom Gerardo Wanderley, Ivonita Guerra, José Maria Costa, Marcos Freitas, Gerson Lima, Edmilson Vieira, Luzinette Laporte, Augusto Calheiros, Dominguinhos, Novelli, Waldir Mansur, Waldeck, entre tantos outros (evidentemente não menos importantes), são orgulhos da Terra de Simôa.

Atualmente, apesar das dificuldades, temos visto produções de livros, discos e peças teatrais. Sabemos que existem mecanismos para realização de projetos, através de instituições particulares e governamentais, mas nem todos têm a oportunidade de concretizar seus trabalhos ou sonhos, digamos assim.

Para muitos dos nossos “guerreiros”, não há obstáculos que impeçam produzir arte e cultura que elevem o nome de Garanhuns.

Na literatura, por exemplo, veio à mente agora João Marques, Gonzaga de Garanhuns, Roberto Almeida, Cláudio Lima, Antonio Vilela, Aderbal Pincho, Carlos Guedes, Mário Rodrigues, Helder Hérik, Dedé Seixas, Valdir Marino, Paulo Gervais, Nivaldo Tenório e Maviael Medeiros, estes dois últimos, com lançamentos mais recentes; respectivamente, Dia de Febre na Cabeça (Contos) e O Botão da Rosa (Romance).

Em dezembro de 2012, Nivaldo lançou seu segundo livro e, claro, pela qualidade incontestável do seu trabalho, foi muito bem recebido pela crítica especializada. Raimundo Carrero, por exemplo, fez excelente comentário sobre o autor e sua nova obra, dizendo, inclusive, que Nivaldo é um escritor de âmbito nacional.

Concordo plenamente com Carrero. Como é talentoso o Nivaldo. Escreve muito bem, escreve de verdade. Tem intimidade com a arte de escrever contos. Espero que possamos, em breve, ter a alegria de uma nova publicação. Torço por isso.

Neste último dia 4 de abril, Maviael Medeiros lançou, no Salão de Eventos do SESC Garanhuns, uma fina flor de trabalho. A ocasião foi prestigiada por um expressivo número de pessoas que lá estiveram, para celebrar com o autor a sua obra, que contou com majestosa apresentação do Prof. Paulo Gervais. (Deste sou fã incondicional. Está sempre presente nos meus trabalhos, me orientando, com aquela sapiência, paciência e serenidade que lhe são tão peculiares).

Além do Prof. Maviael, também se pronunciaram seu colega acadêmico Manoel Hélio e o Pe. José Émerson.  A solenidade foi conduzida pela Profª Marcilene Pereira, Orientadora de Literatura do SESC. Da entidade, também estavam presentes a sua gerente, Profª Cleonice Vaz, e Profª Lilian Ferreira, supervisora de cultura da Unidade. Bom registrar que o extraordinário músico Aldecy Souza esteve lá, perfumando o ambiente com a sua arte.

Assim como tantos outros, eu tenho uma admiração e um carinho muito especial por Maviael Medeiros. Foi ele que, generosamente, avaliou o meu primeiro trabalho apresentado numa sessão do Grêmio Cultural Ruber van der Linden, para me tornar membro da entidade. Depois tive a alegria de tê-lo como colega de magistério, no Colégio Diocesano de Garanhuns. Bons tempos, tendo o privilégio de sua companhia agradável.

Fico feliz por tantos escritores, músicos e artistas cênicos continuarem produzindo seus trabalhos e realizando seus sonhos. Esses são merecedores dos fervorosos aplausos daqueles que realmente sabem de sua importância, na história de Garanhuns.

E pra finalizar, aqui vão alguns pensamentos para uma boa reflexão:

“A arte é o eterno desinfetante de toda a podridão em que toca.” (Ramalho Ortigão)

“Há duas maneiras de um homem alcançar a civilização: uma é pela cultura e a outra é pela corrupção.” (Oscar Wilde)

“Nenhum povo culto pode viver sem literatura.” (Latino Coelho)

(Na imagem uma Aquarela de Luís Jardim, o mais ilustre nome da cultura de Garanhuns, na literatura e na arte do desenho).