RICARDO QUER DAR UM JEITO EM SALOÁ EM 180 DIAS

Secretária Josevalda e prefeito Ricardo Alves

Como outros prefeitos do Agreste Meridional que assumiram o mandato este ano, Ricardo Alves (PMDB) encontrou Saloá com dívidas e muitos problemas. Para uma cidade pequena, dependente do FPM, débitos que podem chegar a R$ 1 milhão dificultam muito o início da administração. Confiante, porém que uma gestão organizada dá resultados, o peemedebista acredita que em 180 dias terá equilibrado as finanças do município e a partir daí terá recursos destinados ao investimento, possibilitando melhores condições de vida à população.

Entre os principais problemas enumerados por Ricardo Alves, que recebeu a imprensa de Garanhuns, hoje, em seu gabinete, estão as dívidas com servidores, fornecedores, previdência municipal, Celpe e Compesa. Além disso, a cidade está sem água, obras importantes estão inacabadas, os veículos foram entregues sucateados e o número de funcionários contratados temporariamente era altamente desproporcional aos efetivos. “Nós tínhamos em dezembro 1.089 servidores recebendo e apenas 283 são efetivos”, revelou o gestor.

Na primeira portaria que assinou, o prefeito anulou todos os contratos e já faz um estudo da real necessidade do município para realizar um concurso público com urgência. “Se possível faremos esse concurso ainda no primeiro semestre, para atender as reais necessidades da população”, anunciou Ricardo, demonstrando querer agilidade na solução dos problemas.

O gestor prepara um relatório com as irregularidades encontradas em Saloá e um documento será encaminhado ao Ministério Público para que as providências necessárias sejam tomadas. “O instituto da reeleição devia ser acompanhada de alguns mecanismos para impedirem os prefeitos de praticar atos que prejudicam o sucessor e a própria população”, disse Alves, lamentando fatos ocorridos na sua cidade.

Segundo ele no hospital municipal não havia nem dipirona, o atendimento médico era precário, as escolas perderam o recurso federal do PDDE e depois da eleição sumiram equipamentos diversos da prefeitura e até o motor de alguns veículos foram arrancados. “Estamos para perder uma quadra de esportes e uma creche. Esta última teve a primeira parcela dos recursos, no valor de R$ 633 mil depositados desde 2011”, reclama o prefeito, considerando isso um descaso.

Apesar dessas questões, Ricardo já conseguiu melhorar a limpeza urbana que estava entregue ao Deus dará, abasteceu a farmácia do Hospital da medicação básica e consertou as ambulâncias que estavam quebradas. “E todos os PSF já estão em funcionamento”, completou.

Na área de educação, o prefeito e a secretária de Educação, Josevalda Cavalcanti, estão fazendo o planejamento para recuperar as escolas, todas em más condições, vão fortalecer o trabalho pedagógico e a merenda, investindo num setor que deixava a desejar. “Por falta de merenda e porque o transporte de estudantes não funcionava bem, Saloá perdeu alunos para os municípios vizinhos nos últimos tempos”, informou Ricardo Alves. A meta é valorizar os professores efetivos, com piso de R$ 1.564,00, fazer um novo plano de cargos e carreiras, investindo no jovem para que ele possa acreditar na sua terra e no seu potencial.

Ricardo foi vice-prefeito do município de 2008 a 2012, mas confessa que só veio a tomar conhecimento das reais condições de Saloá quando assumiu o mandato. “Ele não confiava em mim. Tanto que resolveu lançar um sobrinho como candidato”, salientou.

O peemedebista conseguiu canalizar as insatisfações dos moradores da cidade, na última eleição, reunindo no seu palanque 11 partidos políticos, sete vereadores e dois ex-prefeitos. Venceu com uma diferença de 1.099 votos e espera fazer uma gestão moderna, na linha do governador Eduardo Campos, para promover o desenvolvimento de Saloá.