A boa
revista Piauí publica em sua última edição uma pequena reportagem muito
interessante. Revela que Paulo Silva, vendedor de CDs piratas em Niterói (RJ) tem
uma clientela toda especial de filmes cults ou de arte. Produções “cabeça” como
A Separação (iraniano), O Melhor de Eva (espanhol) e Cairo 678 (egípcio) podem
ser compradas ao trabalhador carioca por apenas R$ 5,00 em cópias de boa
qualidade.
Paulo
disse que vende 100 DVDs somente nos finais de semana, faturando uma boa grana.
Comercializa filmes populares também, mas o seu filão são as obras consideradas
cult. É um público fiel, que exige qualidade e faz pedidos até pelo telefone.
Niterói
é uma cidade grande que tem apenas dois cinemas localizados nos Shopping
Centers e as salas são dominadas pelas grandes produções americanas. Como em
outros centros do país, os cinemões do passado viraram supermercados ou igrejas
evangélicas.
Assim,
quem não se contenta em ver apenas os produtos comerciais americanos recorre a
Paulo Silva. Ele e seu pai baixam os filmes pela internet e através da
pirataria estão contribuindo com a cultura do país.
Certamente
não é só em Niterói que temos esses vendedores trabalhando com obras de arte do
cinema. Nas grandes cidades brasileiras devemos ter muitos Paulinhos com
atividades semelhantes.
Aqui
mesmo em Garanhuns adquiri o excelente A Separação, a produção iraniana citada
no início deste post.
Outra
opção para ver filmes cult em casa é ter TV por assinatura. Atualmente existem
pelo menos três canais especializados na exibição de obras de conteúdo artístico:
O Cult, da Rede Telecine, o Max e o HBO Signature.
Quem não
pode ter acesso a TV fechada e gosta de coisa boa tem a opção do DVD pirata. Apesar
da prática ser considerada criminosa os vendedores se multiplicam por todo o país.
Em Garanhuns mesmo estão por todo lugar, se bem que é difícil encontrar por aqui um
filme de arte e com boa qualidade na gravação. (Na ilustração a capa original do DVD com o filme A Separação).
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