O ex-governador paulista Egydio Martins disse em entrevista ao repórter pernambucano Geneton Moraes Neto, na Globo News, que o jornalista Vladimir Herzog (foto) foi morto
pelos militares no DOI-CODI.
“Maquiou-se um suicídio [de Herzog], não houve suicídio, ele
foi assassinado dentro das dependências do 2º Exército na rua Tutóia, em São
Paulo”, revelou Egydio.
Segundo ele, o profissional de imprensa foi assassinado,
como sustentam os familiares, e não é verdadeira a versão oficial dos
militares, segundo a qual o jornalista se enforcou na cela.
O ex-governador também se declarou apto a prestar depoimento à Comissão da
Verdade sobre o tema e ainda afirmou que a morte do jornalista tinha como
pano de fundo uma briga entre facções do Exército brasileiro à época.
Segundo Egydio, a questão com Herzog, então diretor do
"Jornal da TV Cultura" que já pertencia ao governo do Estado começou
quando o secretário paulista da Cultura José Mindlin pediu a ele que checasse
junto aos militares sobre a ficha do jornalista, suspeito de ser
comunista. Herzog foi chamado para depor no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) e de lá só saiu
morto.
Segundo o ex-governador, “esse negócio [a morte de Herzog] era uma
armação, não estavam atrás de comunista, estavam querendo criar um incidente de
natureza política. Era uma briga interna do Exército e nós civis não avaliamos.
Era um embate de duas facções do Exército que disputavam o poder”, disse. (Fonte: Portal Imprensa).
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