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GENETON E O DOSSIÊ DRUMMOND

O jornalista pernambucano Geneton Moraes é um dos melhores repórteres da imprensa brasileira. Tanto se destacou nos jornais, onde começou pelo velho Diario de Pernambuco, quanto na televisão. Está na Rede Globo há 27 anos, produzindo reportagens diferenciadas para o Fantástico e a Globo News.

Repórter culto, de texto refinado, Geneton também tem publicado livros importantes e realizado entrevistas históricas, com personalidades notáveis da vida brasileira, como Luiz Gonzaga, Roberto Carlos, Gregório Bezerra, Carlos Drummond de Andrade...

Entre os livros do jornalista pernambucano estão O Dossiê Gabeira, Cartas ao Planeta Brasil, Hitler|Stalin - O Pacto Maldito (em parceria com Joel Silveira) e o Dossiê Drummond - A Última Entrevista do Poeta.

No instigante O Dossiê Drummond, Geneton Moraes Neto traz não apenas a última e grande entrevista do maior poeta brasileiro - Carlos Drummond de Andrade - como mergulha na vida e na obra do mineiro de Itabira.

O livro traça um amplo perfil da personalidade do autor da Rosa do Povo, revela muito de sua personalidade instrospectiva e de sua poesia. Drummond, um mestre, confessa numa boa que seus versos nasceram mais da emoção, da inspiração, do que da técnica. Modesto, não aceita o rótulo de "maior poeta do Brasil', acreditando que outros, como Manoel Bandeira e João Cabral de Melo Neto foram maiores. Com relação ao polêmico e consagrado poema No Meio do Caminho, disse singelamente que sua intenção foi fazer simplesmente "um poema monótono e repetitivo".

O Dossiê Drummond mergulha no melhor da cultura brasileira, ao recolher depoimentos de intelectuais  e escritores do porte de Paulo Francis, Nélson Rodrigues, Fernando Sabino, Ziraldo, Manoel Bandeira, Rubem Braga, Alceu Amoroso Lima,  Otto Maria Carpeaux e muito mais.

Quem ama Drummond passa a amá-lo ainda mais após a leitura do Dossiê. E sofre com o poeta quando ele, já com mais de 80 anos, perde a sua única filha, Maria Julieta, vítima de um câncer que a levou precocemente.

O escritor e poeta não resistiu muito à morte da filha e pouco tempo depois foi juntar-se a ela na parte mais desconhecida do universo. Antes de fazer sua viagem, Carlos Drummond conversou com o insistente Geneton e abriu seu coração. A seu ver a morte de Julieta foi um erro, porque os filhos é que devem enterrar os pais e não o contrário.

O Dossiê Drummond, publicado alguns anos atrás, só chegou às mãos desse matuto de Capoeiras graças à generosidade de Rafael Brasil, meu amigo de Caetés. Um abraço pra ele neste domingo e para todos os leitores capazes de se deliciar com o talento de Geneton Moraes e a poesia de Drummond.

Desejo a vocês...
Fruto do mato
cheiro de jardim
namoro no portão
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme de Carlitos
Ver a banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, ou jamais ou adeus... (Trecho do poema Desejos, de Carlos Drummond)


2 comentários:

  1. José Fernandes Costa20 de maio de 2012 às 14:54

    Mais um ponto para Drummond, por não aceitar o rótulo de "maior poeta do Brasil". - Todos os clichês desse tipo são perigosos, por situarem-se só no campo das emoções. - Não existe o maior nisso ou naquilo. - Existem grandes nomes nas artes em geral. E em tantas outras atividades. - Assim como, é de uma pobreza franciscana o sujeito escrever um artigo ou um livro e intitulá-lo: - "Toda a verdade sobre a morte de PC Farias etc." -
    Quem é que sabe de toda a verdade sobre determinado acontecimento?! - Então, "toda a verdade ou tudo o que você precisa saber sobre tal assunto", tornar-se lugar-comum, que deve ser evitado por quem escreve./.

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  2. José Fernandes Costa20 de maio de 2012 às 15:00

    Aproveito este espaço que trata de cultura e entro com generalidades. - Muito embora, essas generalidades tenham a ver com a arte de escrever. - Notem: - O poeta, ensaísta, biógrafo, memorialista etc. Ferreira Gullar dá esta lição: "A crase não foi feita para humilhar ninguém." - Mas, essa danada vez por outra humilha mesmo. - Leio num blog dito de Bom Conselho, estas pérolas: - "Parabéns À todos os componentes." – A outra: - "O padre Roberto percorreu À multidão." - Por essas e outras é que andam recomendando gramáticas e dicionários para alguns escritores de Bom Conselho. – 2. Entretanto, os bom-conselhenses NÃO devem pensar que essa praga só faz ponto em Bom Conselho. – Em nota pomposa, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco, sai-se com esta burrada: - “As entidades médicas abaixo vêm À público...” – E ainda escrevem “entidades médicas” com iniciais maiúsculas! – Por quê? - Vejam quanta asnice campeia no universo da escrita./.

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