O CINEMA HOMENAGEIA O CINEMA

Os dois grandes vencedores do Oscar 2012 foram filmes celebrando a sétima arte. O Artista, do francês Michel Hazanavicius, visita a Hollywood das produções mudas, mostra a transição para o cinema falado e as conseqüências da “nova tecnologia”. Um trabalho corajoso que conseguiu sensibilizar público e integrantes da Academia de Hollywood. O longa conta uma história relativamente simples de um ator em crise porque não se adapta a novidade. Acredito, porém, que deve ser visto mais de uma vez para se entender melhor porque o filme conquistou tantos prêmios importantes.

A Invenção de Hugo Cabret, do americano Martin Scorsese, que para muitos é superior a O Artista, e devia ter ficado com os prêmios de Melhor Filme e Melhor Diretor, também é uma declaração de amor ao cinema. A história se passa em Paris, onde o garoto Hugo, que vive escondido numa estação de trem termina por fazer uma viagem aos primórdios do cinema, fundado pelos irmãos Lumiere, que consideravam seu invento “uma arte sem futuro”. O longa mostra o contrário com magia, imagens belíssimas e interpretações acima da média tanto dos adultos quantos dos atores juvenis.

Para completar, na cerimônia do Oscar deste ano, em fevereiro passado,  ainda tivemos “Sete Dias com Marilyn”, uma produção homenageando uma das maiores divas do cinema de todos os tempos. Em 2012 completam 50 anos da morte da atriz e o filme para relembrar a grande estrela mostra suas inseguranças, seus medos, suas limitações, mas também a sensualidade, a beleza e a intuição para fazer seu trabalho. A artista era encantadora e um filme sobre ela traz inevitalmente parte desse encanto.

Enfim, com belas obras de arte, o cinema homenageou o cinema logo no segundo mês de 2012.