Está aberta a funcionários e visitantes do Palácio do Planalto a exposição Compartilhando Rosas, em homenagem ao poeta, músico e cronista brasileiro Noel Rosa, conhecido como Poeta da Vila.
Em uma parceria entre a Coordenação de Relações Públicas da Presidência da República e o Ministério da Cultura, o grupo de artistas “Argumento Coletivo” foi convidado a criar ilustrações inspiradas no compositor. Os artistas interpretam visualmente as canções de Noel, com suportes e técnicas variadas, entre elas maquetes, esculturas, pinturas e desenhos.
O cenário da exposição é inspirado na música “Pierrô apaixonado” e revela o típico bar carioca dos anos 30. Nele passeiam personagens como o arlequim, a colombina, a dama do cabaré e o garçom. É o ponto de encontro de histórias e conversas que surgem embaladas pelo ritmo do samba. E assim Noel cantou o cotidiano do morro, o amor, as paixões, as separações, legitimando o samba e ajudando-o a fincar suas raízes na história da música popular brasileira.
Noel Rosa nasceu em 11 de dezembro de 1910, na Vila Isabel, Rio de Janeiro. Em um parto complicado, os médicos decidiram usar o fórceps, que resultou na fratura do maxilar inferior. O queixo retraído era a característica física mais marcante do artista.
Foi sua própria mãe, dona Martha Corrêa de Azevedo, quem o iniciou na música, ensinando-lhe a tocar bandolim.
Noel começou a ter visibilidade com o Bando de Tangarás do qual era um dos componentes. Sua primeira aparição em público foi em 27 de junho de 1929, no Tijuca Tênis Clube, aos 18 anos. Ainda neste ano, foi lançado no teatro como compositor. Nesta época, Noel já tinha 29 músicas compostas, inclusive a consagrada “Com que roupa?”, que retratava a pobreza e a exclusão social.
Com mais de 250 canções, entre elas “Palpite infeliz”, “Até amanhã”, e “Feitio de oração”, Noel Rosa morreu de tuberculose em 4 de maio de 1937, na mesma casa onde nasceu, aos 26 anos de idade. (Texto da Assessoria de Imprensa da Presidência da República).
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