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CAZUZA - GRANDES NOMES DA MPB - 77º


CAZUZA

Agenor de Miranda Araújo Neto. Este o nome de um dos maiores artistas da música brasileira. Poeta, irreverente, rebelde. Cheio de vida e amor, incendiou o país com sua voz rouca e sua letras cortantes. O nome, registrado em cartório por sugestão de um dos avós, ficou esquecido no baú da memória até pelo cantor, que na chamada da escola esquecia de responder, pois não conhecia Agenor. Desde pequeno se fez Cazuza. Um mito, um símbolo, uma saudade, uma dor.

Morreu com apenas 32 anos de idade, levado pelo mal do século XX. Uma doença que se tornou conhecida pela sigla, por quatro letras: AIDS.

No final da década de 80, quando o cantor já tinha confessado ser soropositivo e estava a caminho do fim, a Revista Veja publicou uma reportagem com chamada de capa que causou polêmica e promoveu um estouro nas vendas. O título: “Cazuza – uma vítima da AIDS agoniza em Praça Pública”. E a foto do compositor magro, com poucos cabelos, usando óculos, um rosto sério e triste – como se estampasse: “Não há mais nada a fazer!”.

Antes de tudo isso, porém, Agenor iria fazer história como um dos melhores artistas do pop/rock e da música popular brasileira.

Nasceu no Rio de Janeiro, em abril de 1958 e disse adeus na mesma cidade, em julho de 1990. Estaria com 53 anos, se não o tivessem chamado tão cedo. Mas deve estar no céu, como um beija-flor, tendo encontrado sua ideologia e chegado a conclusão que um dia o tempo para.

Agenor (só começou a gostar do nome quando descobriu que assim também se chamava Cartola, um dos seus compositores favoritos) era filho de João Araújo, produtor fonográfico e Lucinha Araújo, dona de casa, cantora e heroína. Enfrentou a doença do filho com bravura, virou celebridade e criou uma Fundação para eternizar ainda mais o legado do seu menino.

Desde pequeno Cazuza foi influenciado pelos grandes artistas da música brasileira. Ouvia Dolores Duran, Maysa, Dalva de Oliveira. Gostava de Lupicínio Rodrigues, Cartola, Noel Rosa.

Por conta da profissão do pai, conviveu desde novo com um monte de gente boa. Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e João Gilberto, dentre outros artistas do primeiro time da MPB.

O voo de Agenor rumo ao estrelato aconteceu quando entrou numa “banda de garagem” do Rio de Janeiro. Com Roberto Frejat, Dé Palmeira, Maurício Barros e Guto Goffi integrou a Barão Vermelho, que renovou e ampliou nos anos 80 a qualidade do rock brasileiro.

Os primeiros discos venderam pouco, mas os rapazes chamaram a atenção dos colegas do meio musical e produziram alguns clássicos que ainda hoje são cantados por diferentes gerações. Como “Todo Amor que houver nesta Vida”, gravado posteriormente por Caetano Veloso, e “Pro Dia Nascer Feliz”, sucesso na voz de Ney Matogrosso e que deu grande impulso à banda.

Bete Balanço, que virou música e tema de um filme com o mesmo nome, veio na esteira do sucesso dos trabalhos anteriores e esteve entre as canções mais executadas nas rádios do país.

Em meados dos anos 80 Cazuza optou por fazer carreira solo. Quando lançou o seu primeiro disco, “Exagerado”, os sintomas da doença já vinham se manifestando. O disco de 1985 traz uma de suas obras primas, a música “Codinome Beija Flor”, ouvida por todo o Brasil em sua voz e na de outros intérpretes, como a cantora Simone.

Ao mesmo tempo que tratava da saúde, tendo ido inclusive com o pai aos Estados Unidos - que estava à frente na luta contra a AIDS -, Cazuza trabalhava. Lançou novo disco em 86, 87 e 88. Surgiram hits como “Só se for a dois”, “O Nosso Amor a Gente Inventa”, “Faz Parte do Meu Show”, “Ideologia” e “Brasil”. Este último, na voz de Gal Costa, se espalhou pelo país, pois foi tema da novela Vale Tudo, exibida pela Rede Globo.

Em fevereiro de 1989 Cazuza confessou publicamente que era soropositivo. Um dos primeiros a ter essa coragem, provocando com seu gesto uma reflexão e a criação de uma consciência em relação à doença. Neste ano o artista compareceu à cerimônia do Prêmio Sharp numa cadeira de rodas , recebendo os prêmios de melhor canção para "Brasil" e melhor álbum para "Ideologia".

Em 1989 seu último trabalho em disco. Burguesia é um álbum duplo, com um lado mais pop e outro bem MPB. Um disco bonito e triste, mesclando poesia, criatividade e o sentimento de impotência, de revolta. “Cobaias de Deus”, que expressa a concepção do vinil melhor do que qualquer outra faixa deu a Cazuza, já postumamente, o prêmio Sharp de melhor canção.

Cazuza encantou-se em 1990. Virou Sociedade, Fundação, Livro, Filme. Foi ídolo da geração que foi às ruas pelas diretas. Começou a se despedir, em 1989, quando um grito ecoava pelo país pedindo Lula presidente.

Em 1997 Cássia Eller lançou o disco Veneno AntiMonotonia, com todas as composições de Cazuza.

O Tempo realmente não Para. Tudo muda. Tudo um dia acaba. Mas Cazuza virou estrela do céu, está por aí. Ainda está aqui. No MP3, na TV, no DVD, no cinema, na revista, no jornal, nas páginas da internet. 

Viva Cazuza!

NOMES JÁ PUBLICADOS NESTA SÉRIE:
1. Nelson Gonçalves
2. Simone
3. Ednardo
4. Fagner
5. Belchior
6. Nara Leão
7. Maria Rita
8. Milton Nascimento
9. Gilberto Gil
10. Vicente Celestino
11. Zeca Baleiro
12. Renata Arruda
13. Chico César
14. Marina Lima
15. Maysa
16. Elis Regina
17.Maria Betânia
18. Reginaldo Rossi e a Música Brega
19. Gal Costa
20. Alcione
21. Martinho da Vila
22. Noel Rosa
23. Adriana Calcanhoto
24. Renato Russo
25. Marisa Monte
26. Paulinho da Viola
27. Dolores Duran
28. Eliseth Cardoso
29. Luiz Gonzaga
30. Dominguinhos
31. Alceu Valença
32. Adoniram Barbosa
33. Gonzaguinha
34. Jessé
35. Ney Matogrosso
36. Marinês
37. Osvaldo Montenegro
38. Zélia Ducan
39. Rita Lee
40. Tim Maia
41. Wanderleia
42. Capiba
44. Ana Carolina
45. Ângela Maria
46. Zizi Possi
47.Cássia Eller
48. Raul Seixas
49. Chico Buarque
50. Dalva de Oliveira
51. Djavan
52. Elba Ramalho
53. Vanessa da Mata
 54. Renato Teixeira
55. Joana
56. Fafá de Belém
57. Dorival Caymi
58. Vander Lee
59. Ataulfo Alves
60. Nana Caymmi
61. Jorge Vercillo
62. Lenine
63. Clara Nunes
64. Zé Ramalho
65. Chico Sciense
66. Ivete Sangalo
67. Geraldo Azevedo
68. Leila Pinheiro
69. Augusto Calheiros
70. Flávio José
71. Quinteto Violado
72. Beth Carvalho
73. Nando Reis
74. João Bosco
75. Tetê Espíndola
76. Ademilde Fonseca
77. Cazuza

Extras:

1. Chico Buarque, o cantor

3 comentários:

  1. Não gostei do livro psciografado, achei ele incompleto, mas tem essa "verdadeira psicografia do cazuza" de 1996 que muito mais interessante que o livro: http://www.4shared.com/document/qvQupRbL/PSICOGRAFIA_-_CAZUZA.html

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  2. Gostei demais da matéria. Bem redigida e emocionante na medida certa.
    Parabéns

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  3. MUITO BOAA MATERIAL, BEM RESUMIDA E COM OS PONTOS PRINCIPAIS MUITO BOM!

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