BLOG ULTRAPASSA OS 25 MIL ACESSOS EM AGOSTO

Confesso aos leitores que antes de iniciar a trabalhar na internet não tinha a menor ideia do que era um blog. Este, como já revelei uma vez, só surgiu e foi à frente por incentivo do meu amigo Dr. Alcindo Menezes e porque meu irmão Júnior tomou a iniciativa de cria-lo. Quando comecei nem sabia postar uma fotografia. E imaginei que teria talvez uns mil acessos por mês. Cinco mil era para mim um número imaginável. Com pouco tempo tomei um choque de “realidade virtual”. Fui aprendendo, dando forma à “revista eletrônica” e tendo a preocupação de chegar ao coração do leitor. Como de há muito chegamos a Aldeia Global prevista pelo teórico da Comunicação navego por todos os lugares possíveis, tendo Garanhuns e o Agreste como epicentro. Política, filmes, música, literatura, televisão, saúde, educação, a própria imprensa, a cidade, a região... Tudo que sinto que pode interessar ao leitor – objeto primeiro deste trabalho – dá o mote para um texto.

Tem dado certo. Embora muitos discordem, critiquem, esculhambem, xinguem, elogiem, reconheçam, temos avançado. Mês a mês cresce o número de acessos. Com pouco tempo chegamos a 2 mil, depois 5 mil, 10 mil, 15 mil e neste mês de agosto ultrapassamos as 25. 500 visitas, até às 6h desta manhã de quinta-feira. Tenho consciência de que não são 25 mil pessoas diferentes. Muitos entram duas, três vezes por dia. E a maioria, creio, acessa diariamente. Mas que tem um bocado de gente lendo, disso não tenho a menor dúvida. Taí o google, com seus gráficos e seus números incontestáveis: foram mais de 65 mil visualizações de páginas nos últimos 30 dias. Pena que isso tudo ainda não possa ser revertido em ganhos financeiros. Os empresários ainda não despertaram para o enorme poder do anúncio através da internet. Então, por enquanto, continuamos fazendo a coisa por amor. Ter tantos acessos e receber uma média de 40/50 comentários por dia satisfaz pelo menos o ego.

Da última vez que escrevi algo assim vieram com quatro pedras na mão apontando a minha vaidade. Pobre de mim, que ando sempre de calças jeans, camisas modestas e sapatos rotos. Se não tivesse ego e um mínimo de vaidade não seria humano. A vaidade é normal, o que não pode é  deixar a dita cuja exacerbar, tomar conta de você, tirá-lo da realidade. “Só sei que nada sei”. Gosto demais desta frase de Sócrates (o filósofo, não o ex-jogador) e vivo a repeti-la há anos. Estou com 54 anos e aprendendo a cada dia, com o entusiasmo de um menino.

Ao meu lado ou do outro lado da tela, estou cercado de gênios. Como no poema de Fernando Pessoa “seres que nunca levaram porrada, sabem de tudo”. Esses certamente são felizes. Não ter conhecimento da própria ignorância tem efeito parecido com o da maconha ou do crack, talvez. Faz o indivíduo sentir-se gigante mesmo quando é nanico.

Obrigado por tantas visitas. Agradeço mesmo aos que acham o blog tendencioso (confundem tendência com posicionamento, coragem de sair de cima do muro), ruim de doer e mesmo assim estão sempre dando uma espiadinha. A maioria, estou certo, é de gente camarada, gente do bem, que acredita na franqueza do jornalista e reconhece os esforços  de quem está a serviço de sua cidade.

Embora não seja muito de Igreja, prezo muito pela mensagem cristã e acredito que teríamos um mundo melhor se as pessoas seguissem os seus ensinamentos. Acho, no entanto, que a maioria é do bem. Uma maioria silenciosa, enquanto a turma do mal faz muito barulho, gosta de ver sangue, tem prazer em ver a queda do seu irmão. Sempre foi assim. Difícil mudar. São Francisco de Assis, porém, deixou uma mensagem que nos dá força, nos empurra pra frente, consola contra a incompreensão, a inveja e a injustiça:

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. 
Onde houver ódio, que eu leve o amor, 
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão, 
Onde houver discórdia, que eu leve a união, 
Onde houver dúvida, que eu leve a fé, 
Onde houver erro, que eu leve a verdade, 
Onde houver desespero, que eu leve a esperança, 
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria, 
Onde houver trevas que eu leve a luz.