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GRANDES NOMES DA MPB - 69º

AUGUSTO CALHEIROS

Cantor e compositor, Augusto Calheiros nasceu em Maceió, no dia cinco de junho de 1891. Este é o registro que está no site letras.com.br, com uma pequena biografia do artista. Poucos dias atrás, ao anunciar aqui a homenagem que seria feita a “Patativa do Norte” pelo radialista Marcos Cardoso, um leitor de Alagoas contestou esse dado e informou que o seresteiro nasceu no município de Pilar. Fica aí a dúvida e quem puder esclarecer o titular do blog e os garanhuenses e leitores em geral, agradecemos.

Augusto tinha descendência indígena e nasceu em boa situação financeira. Aos 9 anos, porém, com a família desestruturada, começou a passar por dificuldades financeiras. Quando se tornou rapaz veio morar em Garanhuns. Na Suíça Pernambucana trabalhou como fabricante de sapatos, foi dono de bar, hoteleiro, subdelegado e até carcereiro. Em meio a essas atividades, arranjava tempo para cantar, principalmente nos cinemas de sua época.

Em 1923 foi inaugurada no Recife a Rádio Clube de Pernambuco, que alguns consideram a primeira emissora da América Latina. No Sudeste os historiadores da área incluem a PRA-8 como a segunda, dando o título de primeiríssima a uma rádio do Rio de Janeiro.

Augusto Calheiros deixa Garanhuns, cidade pela qual se apaixonou e vai morar na capital do Estado, contratado pela Clube. Ainda no Recife o cantor faz parte da formação original do conjunto vocal Turunas da Maurícea. Com este grupo segue para o Rio de Janeiro em 1927 e dois anos depois começa sua carreira solo na região Sudeste.

Calheiros tinha um estilo de seresteiro, com músicas poéticas, às vezes tristes, que procuravam retratar principalmente o universo rural brasileiro. Chegou a ser um artista muito popular no país, dividindo as preferências do seu tempo com nomes como Jararaca e Ratinho, Dercy Gonçalves e Arthur Costa. No Rio se apresentava na Casa de Caboclo, um local de espetáculos que foi inaugurado em 1932 e ganhou fama.

O cantor e compositor de Alagoas foi contemporâneo de Almirante e convidado por este se apresentou em São Paulo no II Festival da Velha Guarda.

Segundo relato do ex-prefeito de Garanhuns Ivo Amaral, no programa de Marcos Cardoso, o apelido de “Patativa do Norte” foi dado a Augusto pelo ex-presidente Getúlio Varbas, após uma apresentação do seresteiro no Palácio do Catete.

Como Vicente Celestino, Calheiros já teve alguns dos seus sucessos resgatados por artistas contemporâneos. Caetano Veloso, no CD de 1998, gravou “Ave Maria”, um dos clássicos do repertório do cantor alagoano. Mais recentemente, Maria Betânia incluiu no seu novo CD a canção “Senhor da Floresta”, uma linda música em que o artista canta suas origens indígenas.

Augusto Calheiros morreu no Rio de Janeiro no dia 11 de janeiro de 1956. Doze anos depois, seus restos mortais vieram para Garanhuns e estão no cemitério de São Miguel, onde o então prefeito Amílcar da Mota Valença construiu um vistoso mausoléu, que tem no detalhe principal um violão.

Alagoano de nascimento e garanhuense de coração, Calheiros merece ter seu nome cravado na galeria dos Grandes Nomes da Música Popular Brasileira.

Abaixo, a letra de "Saudade do Meu Norte", onde Augusto canta as saudades de Garanhuns quando estava de partida para o Rio de Janeiro:

Adeus meu norte querido,
Maceió tão conhecido,
terra onde eu nasci.
Adeus Pernambuco tão guerreiro
Garanhuns hospitaleiro,
terra onde eu vivi.

Adeus cidade nortista
Garanhuns e Boa Vista
foi aonde me criei.
Recife, cidade da esperança
Guardo sempre essa lembrança,
não sei quando voltarei.

Ainda espero, 
quem espera sempre alcança,
tenho muita esperança
de ao meu Garanhuns voltar.
Quando me lembro do sertão
daquela terra
lá do Alto do Magano
Tenho vontade de chorar.

6 comentários:

  1. Roberto,
    Na hora de digitar voce colocou 1981, desacostumado a escrever que alguem nasceu em 1881. Não sei se é possivel a correção no texto...mas, se for.
    Um abraço,
    Paulinho Graviola

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  2. Roberto: por essa e outras eu disse, na semana passada, que o seu blog é o melhor da nossa região. - Augusto Calheiros foi um dos GRANDES da nossa música. Todas as homenagens que recebeu em vida, ou venha a receber pós-morte, são poucas. - Sem deixar de reconhecer, por óbvio, os/as outros/as GRANDES do passado e do presente da música brasileira./.

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  3. Que poema Belíssimo!
    Uma exortação ao meu, ao nosso Garanhuns tão belo e tão gostoso.
    Ontem, quantas saudades.
    Hoje, quantas alegrias e lutaS.
    Quanta esperança para o amanhã.
    Um poema belíssimo e muito atual.
    Augusto Calheiros, salve canto de senhor da floresta.

    Roberto Brito
    Paranatama-PE

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  4. As musicas de Augusto Calheiro são muito bonitas e saudosas lembro da minha juventude e do meu saudoso pai já falecido .Sou de Garanhuns .

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  5. Amigo tem como disponbilizar essa musica para baixar no seu blog ou algum site que você conheça?

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