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OS DEZ MANDAMENTOS

Cecil B. DeMille, cineasta americano, foi um dos 36 fundadores da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Ele e outros pioneiros, portanto, tornaram possível a criação da Hoolywood que conhecemos hoje, a maior indústria de Cinema do planeta. No seu currículo, o diretor tem 70 filmes, muitos deles largamente conhecidos por diferentes gerações. São do diretor norte americano obras como Cleópatra, Reis dos Reis, Sansão e Dalila, O Maior Espetáculo da Terra e Os Dez Mandamentos.

Com “O Maior Espetáculo da Terra”, de 1952, DeMille ganhou o Oscar de Melhor Filme do Ano. Apesar do êxito com uma produção considerada moderna, na época, resolveu refilmar “Os Dez Mandamentos”, a partir de primeira versão que ele mesmo realizou em 1923.

O remake da história de Moisés de 1956 é uma super produção, um épico, que entrou para a História. Embora só tenha ficado com o Oscar de Efeitos Especiais, recebeu indicação para a categoria Melhor Filme daquele ano e se tornou um clássico, cultuado principalmente no Ocidente por milhões de pessoas ao longo do tempo.

Tudo no longa de Cecil B. DeMille é grandioso. Começa pelo tempo do filme, que dura praticamente quatro horas, em duas partes distintas. Na primeira metade do trabalho vemos Moisés ainda bebê correndo risco de morrer por conta de uma decisão do faraó, o garoto hebreu sendo criado no Egito como um Príncipe e a paixão que desperta na bela Nefretiri (Anne Baxter). Já homem feito, é admirado como guerreiro, conquistador de territórios e desperta a inveja do ambicioso Ramsés, este de olho na sucessão do pai.

Na segunda parte do filme, Moisés já tem optado por assumir a sua condição de hebreu e decidido lutar pela libertação do seu povo da escravidão. Além disso, o próprio Deus falara consigo e o personagem muda inteiramente seu comportamento. Passa da condição de príncipe - o preferido do faraó - para oprimido, trocando o perfil de conquistador pelo de líder messiânico.

Brilham, especialmente, neste trabalho do cineasta americano, os atores Yul Brynner (um dos melhores de Hoolywood nos anos 50 e 60), que faz o tirano Ramsés e Charlton Heston, o Moisés com jeito de galã da primeira metade do filme e o mesmo personagem com perfil de visionário no restante da obra.

“Os Dez Mandamentos” empolga em muitos momentos, pode levar os que têm visão mais crítica a questionar muita coisa, mas de todo modo é espetacular. Particularmente famosa é a cena em que Moisés divide o Mar Vermelho para dar passagem aos hebreus, em fuga para a Palestina e perseguidos pelos egipcíos. Mesmo passados 55 anos, com tantos avanços na tecnologia, ainda hoje esse momento causa impacto, agradando tanto os cinéfilos comuns quanto os religiosos que veem o filme por este retratar em parte uma história do Antigo Testamento. Explico porque em parte: DeMille na sua produção não se ateve ao livro sagrado e contou fatos de sua vida baseado em outras fontes.

No site História Net, consultado para esta resenha, o longa é situado mais no contexto histórico dos anos 1.250 A.C. No livro “1.000 Filmes para se ver antes de morrer” há uma nota interessante, esclarecendo que o cineasta produziu sua obra influenciado pela Guerra Fria, que estava no auge na década de 50 do século passado.

O diretor, segundo essa interpretação, pretendeu discutir o que seria melhor para a humanidade: Obedecer a um tirano como Ramsés ou seguir as Leis de Deus, este oferecendo a possibilidade de libertação já neste mundo. Yul Brynner, com seu rosto oriental, teria sido escolhido para o papel de déspota de propósito, por lembrar o ditador chinês Mao Tse Tung.

Apesar de algumas situações absurdas, beirando o rídiculo, mostrando ao mesmo tempo um Deus capaz de mandar pragas e matar até crianças, “Os Dez Mandamentos” é um filme indispensável. As qualidades superam os possíveis defeitos (tecnicamente é difícil fazer reparos), de modo que o longa envolve, emociona e deixa impressões na sua retina, na cabeça e no coração, capazes de perdurar para sempre.

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