A DEMOCRACIA NO BLOG

É bom exercer a democracia, mas temos de ter consciência de que existem limites, não se pode escrever tudo que se quer. Sempre vai ter alguma coisa que eu gostaria de revelar e algo me impede. Graciliano Ramos, o sábio escritor alagoano, disse uma vez uma frase genial: "liberdade completa não existe. A gente começa oprimido pela sintaxe e termina na Delegacia de Ordem Política e Social". O leitor também devia perceber que não pode fazer qualquer tipo de comentário, agredir as pessoas sem nenhuma razão lógica. Kitty Lopes, Vando Pontes, Pe.Aldo, Zé da Luz, Izaías, Sivlado, o prefeito Luiz Carlos... Esses são apenas alguns dos nomes citados em matérias do blog e alvo de inúmeras ofensas sem nenhuma justificativa. O próprio jornalista, depois que arranjou três ou quatro patrocínios para não trabalhar de graça, tem sido alvo da ira de uma porção de anônimos. Como se a gente vivesse de brisa e não precisasse de dinheiro para a escola do filho, a feira, os remédios, as contas que aparecem. Ora, se alguém não gosta de Luiz Carlos, de Zé da Luz ou de Judit Alapenha, resolva esse problema nas campanhas, na eleição, não queira transformar esse espaço numa briguinha de facções. Com os meus patrocinadores eu fiz um acordo claro, transparente: divulgo a logomarca e realizações que sejam verdadeiras. Isso não é babar ninguém, qualquer profissional ou veículo de imprensa faz isso. O que está errado nas administrações, cabe aos partidos, aos políticos de oposição apontar, esses também podem se manifestar através desse espaço. Agora, comentários maldosos de órfãos e viúvos de quem perdeu eleição eu não posso levar a sério. Se Judith de Bom Conselho é tão ruim, como insinuam alguns em mensagens pra cá, me expliquem como ela venceu em 2008 e 2010? Foi o dinheiro, foi isso? Então os ex-prefeitos e seus candidatos também não gastaram em campanha? Todo mundo gasta, a política na nossa região, infelizmente, ainda é muito clientelista. Mas os vencedores, normalmente, não chegam ao triunfo político somente por conta do capital. Basta qualquer governante ser educado, atender bem o povo, que já consegue arrebanhar um bocado de votos. Realizando favores, prestando serviço, fazendo funcionar setores como os de Obras, Saúde e Educação, também já capitalizam uma boa fatia de eleitores. É assim que a coisa funciona. Há que se ter grandeza para saber vencer e saber perder. Alguns não têm esse sentimento em nenhum dos dois casos. Outros não aceitam o resultado das urnas. O blog pretende levar aos leitores informação cultural, esportiva, política, econômica, social e até algum fato policial, quando é inevitável. Se eu puder ganhar dinheiro com meu trabalho, honestamente, sem precisar mentir ou ferir ninguém, melhor. Nada como ser reconhecido, seja com palavras de incentivo ou através de um retorno financeiro. Aqui, faço tudo para não falar mal de ninguém, não é a minha praia. Críticas às vezes são necessárias, indispensáveis. Mas tenho por norma nunca partir para o lado pessoal. Quando faço uma análise, uma avaliação, busco o critério político, público, pois afinal de contas interessa à população o trabalho, as ações, não as futricas ou os interesses desse ou daquele. Vamos exercer a democracia. Todos nós. Vamos fazê-lo, contudo, civilizadamente. Quem não tem argumento melhor ficar de fora desse debate, está só desperdiçando o meu e o seu tempo. Outra coisa: ninguém venha com essa conversa de imparcialidade. Isso foi um mito inventado pelos barões da mídia. Todo mundo tem um lado, toma uma posição. Só não fazem isso os covardes, os que vivem em cima do muro, os que não mostram o rosto nem o nome. Neste blog revelei com todas as letras que votava em Dilma Roussef, que admiro o presidente Lula. Nem por isso saí por aí agredindo ou inventando coisas contra Serra. Na minha opinião ele representava a direita e sempre fiquei com as esquerdas, com os progressistas. E assim vou continuar, já estou velho para mudar. Tenho minhas preferências em Capoeiras, onde voto, em Garanhuns, em outras cidades do Agreste. Mas respeito todas as correntes. Ninguém venha comprar meus serviços (minha consciência nunca, esta não está à venda) para falar mal de ninguém, fazer jogo sujo, que isso não aceito.  Se o trabalho for limpo, honesto, tendo como base a verdade, ele é sagrado. É assim que exerço o jornalismo há 30 anos e construí um nome em Recife, em Garanhuns e no Agreste. Esse patrimônio não vai ser destruído por pessoas sem formação e de mente poluída. Não estudei e li (e leio) tanto na minha vida para ser questionado por quem nunca abriu um livro na vida. Acredito em Deus, na democracia e sou capaz de perdoar - principalmente quem não sabe o que diz ou o que faz. Estamos no século XXI, na era da maior revolução tecnológica da História. Não custa muito tentar acompanhar esse tempo e ser minimamente civilizado.