LIÇÕES DA IMPRENSA MARROM

Continua o Vale Tudo da campanha eleitoral. Serra, os tucanos e grandes órgãos da imprensa estão histéricos. O candidato do PSDB acusa Dilma de fazer uma campanha suja, quando na verdade é a coligação oposicionista que manipula e baixa o sarrafo. A grande mídia - TV Globo, Folha, Veja, Estadão - ajuda como pode, mas por enquanto a petista permanece na liderança. Não será surpresa se eles arranjarem algum cadáver, mais na frente, para tentarem ganhar a eleição de qualaquer jeito. Abaixo, texto do Blog de Jodeval Duarte, desnudando de maneira objetiva a manipulação política do jornal paulista:

"A Folha, todo mundo sabe, apoia Serra. Até aí, tudo bem. Segue o modelo dos Estados Unidos, onde jornais apoiam declaramente candidato a ou b. Foi assim no apoio declarado a Obama, em editoriais do New York Times e no Washington Post. No entanto, isso não significa torcer fatos, distorcer declarações, dar manchetes como a de hoje da Folha. No tempo de Dilma ministra de Minas e Energia o governo federal implantou uma tarifa social, para os mais pobres, 99% por cento dos efetivamente abrangidos. Mas a Folha, agora fazendo eco ao desespero do tucanato, transforma isso num "escândalo" porque teria beneficiado, por exemplo, quem tem casa de veraneio e gastou pouca energia. Um detalhe que apenas acentua ainda mais a desigualdade social que o governo vem trabalhando para acabar e que Dilma vai continuar a combater: há uns poucos excessivamente ricos e muitos, ainda, em condição de pobreza. Claro que a preocupação da Folha não é com esses pobres, resultado de quatro séculos e meio de exploração da elite do café, os quatrocentões paulistas, principalmente. Essa forma de trabalhar os fatos, dando-lhes a conotação que interessa a pessoas ou grupos, é o que faz a imprensa marrom em que se transformou a Folha. Parece que nos estertores de um tempo muito difícil para jornais desse tipo.